Sim, sim. Não, não

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Padre Roger Luís – Foto: Arquivo cancaonova.com

Antes de qualquer coisa, quero convidar você a clamar o Espírito Santo. Porque ninguém pode dizer “Jesus é o Senhor” se não for pela ação do Espírito Santo. Portanto, clame: “Vem, Espírito Santo. Nossa alma tem clamado como Jesus nos ensinou a orar: livra-nos do mal! Quebra do meio de nós todo espírito de distração, de confusão”.

“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” (1 Cor 2, 10)

É bom lembrar que estamos na Igreja Católica, a Igreja que foi enviada em missão no Pentecostes. Esta Igreja em que a plenitude da salvação subsiste e fora da qual não há salvação.

O dom de línguas nos coloca no mistério de Deus e é tão sobrenatural quanto o dom de milagres. O dom de línguas nos coloca sob a ação do Espírito e se, você não o tem, peça e o Senhor lhe dará. O Catecismo nos diz que o grande intento de Satanás é se colocar contra as obras de Deus.

Na Palavra de Deus (Romanos 8, 26), diz que o Espírito ora em nós e entra em combate direto contra as forças do mal. O inimigo, por esta razão, se enfurece contra nós, por isso há tanta resistência quanto a este dom. A Igreja, nos inícios com os Apóstolos, já orava em línguas.

Veja o que Paulo diz na passagem de Coríntios: “o homem que não é espiritual não compreende os mistérios de Deus”. O Espírito Santo vai fazendo com tenhamos os pensamentos de Cristo, que tenhamos a maturidade Dele.

Quando você interceder por alguém, ore em português, mas não deixe de orar em línguas. A partir deste livro “Sim, sim. Não, não”, podemos entrar na temática do que disse Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

“Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém estas palavras – oráculo do Senhor: Lembro-me de tua afeição quando eras jovem, de teu amor de noivado, no tempo em que me seguias ao deserto, à terra sem sementeiras. Era, então, Israel propriedade sagrada do Senhor. As primícias de sua colheita, todos quantos dela comiam, carregavam-lhe a culpa, e o mal lhes advinha – oráculo do Senhor. Escutai a palavra do Senhor, casa de Jacó, e vós, famílias todas que sois da casa de Israel – oráculo do Senhor: Que injustiça em mim encontraram vossos pais para que de mim se afastassem correndo após o que é nada, e tornando-se a si mesmos vãos; por haverem cessado de dizer: Onde está o Senhor que nos fez sair do Egito, guiando-nos através do deserto, terra de desolação e de abismos, terra de aridez e de trevas, terra por onde nenhum homem atravessa, onde homem algum habita?

Encaminhei-vos a uma terra de vergéis, para lhe comerdes os frutos e saborear-lhe os bens; tão logo chegastes, maculastes-me a terra; e transformastes minha herança em lugar que me causa horror. Não haviam dito os sacerdotes: Onde está o Senhor? Os depositários da lei não me conheceram; revoltaram-se contra mim os pastores, e os profetas proferiram oráculos em nome de Baal. Puseram-se a seguir aqueles (deuses) que nenhum socorro lhes dão. Por isso – oráculo do Senhor -, entro agora em juízo contra vós e contra os filhos de vossos filhos. Passai, portanto, às ilhas de Cetim e olhai: enviai homens a Cedar e observai bem, vede se lá existe algo semelhante. Troca uma nação seus deuses? (Os quais nem são deuses!) Meu povo, contudo, trocou (aquele que é) sua glória por aquele que nada é. Ó céus, pasmai, tremei de espanto e horror – oráculo do Senhor. Porque meu povo cometeu uma dupla perversidade: abandonou-me, a mim, fonte de água viva, para cavar cisternas, cisternas fendidas que não retêm a água.” (Jeremias 2, 2 – 14)

No livro “Sim, sim. Não, não”, Monsenhor Jonas diz: “Nestes finais de tempos, satanás está usando as mais diferentes máscaras para nos enganar. Ele tem uma máscara especial, adaptada para cada pessoa, para cada gosto. Ele vem se apresentando de maneira muito sutil, para que as pessoas recebam seus ensinamentos e vivam as suas práticas, se desviando do caminho de Jesus e se deixando levar por atalhos. Jesus, porém, nos reafirma de maneira concreta: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (cf. Jo 14, 6). Portanto, não existe outro caminho. ´O caminho sou Eu. A verdade sou Eu. A vida sou Eu – diz Jesus – ninguém vai ao Pai senão por mim`. Mas satanás é mestre em atalhos bonitos e espaçosos. Por isso ele facilita os caminhos e assim facilmente nos desviamos por esses atalhos.

Um dos atalhos que vem se propagando e iludindo a muitos cristãos são as chamadas “filosofias orientais”. O que existe em comum entre essas varias filosofias orientais é o fato de não conhecerem o Deus vivo e verdadeiro e por isso não terem Jesus como seu Senhor e Salvador. Não resta dúvida, como afirma o Concílio Vaticano II, que nessas filosofias e práticas orientais existem “sementes do Verbo”. Pessoas bem intencionadas procuram a Deus da maneira que podiam. Por isso o Espírito Santo, diante dessa boa vontade e dessa busca, foi derramando “sementes do Verbo” nessas culturas. Mas não devemos desconhecer que eles não chegaram ao conhecimento da verdade que nos foi revelada. Eles precisam conhecer Jesus Cristo e o Seu Evangelho.

Precisam ser resgatados pela única redenção que vem da cruz e da ressurreição de Jesus, o Filho de Deus. Infelizmente, há cristãos que estão deixando a verdade que é Jesus, o caminho que é Jesus, a vida que é Jesus, para buscar “migalhas da verdade” que se encontram espalhadas nas doutrinas e filosofias pagãs que vieram do Oriente. Más é justamente o contrário que é preciso acontecer. É a Igreja que precisa resgatar os nossos irmãos que ainda estão nessas religiões orientais. As migalhas da verdade que existem no meio deles, Deus as permitiu para que, seguindo por elas, eles encontrassem Jesus. Não foi para que saíssemos da verdade em busca dessas migalhas e ficássemos por lá.

A ioga é uma dessas práticas que muitos cristãos acham que não tem nada de mal. ´Pelo contrário` dizem eles, ´traz muita paz, harmonia, ajuda a pessoa a se concentrar, se conhecer… Enfim, é uma coisa boa`. Aparentemente sim. Tudo isso é real. Mas não podemos deixar de denunciar que essa é uma das práticas que o inimigo está usando hoje em larga escala para atrair a muitos e principalmente para retirar cristãos do caminho, da verdade e da vida que é Jesus.

É importante destacar aqui aquilo que Pedro afirmou com ousadia diante dos chefes do povo judeu: ´Esse Jesus, pedra angular que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos.` (At 4, 11-12) Veja, isto é bíblico. Isto é verdade de fé: ´Em nenhum outro há salvação`. Por quê? Isso não é intolerância? Isso não é discriminação? Não. Não é intolerância, nem discriminação. Isso é coerência com a verdade revelada.

A Salvação não vem dos homens. A Salvação vem de Deus. Homens de boa vontade procuraram um caminho para chegar a Deus. Mas quando o Filho de Deus desceu do Céu e nos trouxe a verdade, esses caminhos perderam a razão de ser: aquele que veio do Céu nos trouxe a verdade e nos trouxe o único caminho.

A ioga não é apenas um exercício de relaxamento muscular. Inicia-se com relaxamento, mas é só o começo. Primeiramente a ioga é toda baseada numa filosofia pagã. Segundo, todos os exercícios levam a pessoa, pouco a pouco, à prática de uma filosofia de reencarnacionista.

Muitas pessoas dizem que absorvem apenas o que é bom dessas filosofias. Mas você conseguira retirar de um prato apetitoso apenas o que não está envenenado? Claro que não. O que está acontecendo é justamente isso. O veneno dessas doutrinas é introduzido pouco a pouco , por isso envenena, sem que a pessoa perceba. Quantos cristãos, depois que entraram no chamado relaxamento muscular, fizeram da filosofia hindu a sua prática e se esfriaram na prática da fé cristã, na participação do santo sacrifício da Missa e dos sacramentos! Uma das práticas da ioga é o uso de ´mantras`. A pessoa repete certas sílabas, por ela totalmente desconhecidas, mas que, na verdade, são a maneira de, na cultura hindu, entrarem em contacto com ´os espíritos`.”

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“Que o seu sim, seja sim e o seu não seja não!”, exortou o sacerdote. Foto: Arquivo cancaonova.com

Existem práticas que estão sendo aplicadas até dentro da Igreja e não são aprovadas pela doutrina da Igreja. Será que paramos de rezar? Porque hoje em dia não sabemos mais discernir entre o bem e o mal; engolimos, mastigamos tudo o que nos é apresentado. Quando temos intimidade com Deus, sabemos que o que é de Deus não é daquela maneira.
Não devemos trazer para a Igreja as ideologias e filosofias orientais, devemos levar a eles Jesus Cristo e não ir buscar lá as práticas que não são ensinadas por Nosso Senhor. A Ioga é uma das práticas que os cristãos acham que não tem nada demais. É o que nos diz a palavra que está em Jeremias, daqueles que deixaram o Senhor para buscá-Lo em lugares onde Ele não está.

Quero que você saiba que nenhum outro nome foi dado aos homens para que sejamos salvos. Nosso salvador chama-se: Jesus Cristo. Não é intolerância, nem discriminação é coerência com a verdade revelada. Aquele que veio do céu nos trouxe a verdade, o caminho. Depois de tudo o que Cristo fez por nós, precisamos buscar estes lugares? Não. O espírito malígno já anda por aí procurando a quem devorar, imagine quem os invoca?

“A pergunta é: que espíritos são esses? É claro que não são os espíritos de Deus. Mais uma vez, aqui também, sem saber, as pessoas estão entrando em contato com espíritos malignos. Em vez de invocar o nome de Jesus, invocam espíritos malignos. Os espíritos malignos estão nos rodeando, constantemente, procurando a quem devorar. Sem chamá-los, eles já nos atormentam. Agora imagine o que acontece quando as pessoas os invocam? Esse veneno é muito sutil. Sem perceber, pensando que estão na maior paz, na melhor solução dos próprios problemas, na realidade essas pessoas estão ficando a quilômetros de distância de Jesus. Entendeu a grande jogada de satanás? Se não consegue levar a pessoa por meio do espiritismo, lança mão de uma filosofia oriental. Estamos numa época em que o nosso povo brasileiro, que era noventa por cento católico, está entrando por todos os tipos de filosofias e religiões que não são cristãs. O que existe de jovens, de cantores, artistas, universitários, médicos, engenheiros, advogados, químicos… pessoas de todos os tipos e classes entrando por essas seitas orientais, não dá para contar. O Senhor, vosso Deus, quer de nós uma decisão: a quem quereis servir? Quereis servir ao único Deus vivo e verdadeiro? Ou quereis servir a esses “espíritos”? A que Deus você está servindo? Decida-se! “Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24, 15)”

O Senhor está nos falando claramente e perguntando: “A quem você quer seguir?”. Eu decidi seguir a Jesus Cristo e pagar pelo preço. O Senhor não admite que estejamos “com um pé aqui e outro lá”. Agora que você sabe a verdade, rompa com os atalhos ´seicho no ie`, meditação transcendental… Você só pode entrar no céu se passar por Jesus Cristo. Ele é a porta para a eternidade. Ainda que tenham sido aparentemente boas essas práticas, rompa com elas! Porque o Senhor o quer inteiramente.

Estou falando algo muito sério, portanto vou falar para vocês o que o cardeal Hatszinger, o Papa Emérito Bento XVI, diz. Ele fala do erro que cometemos ao trazer para a Igreja essas orações que não têm raiz em Deus:

“Para responder a esta questão, é preciso esclarecer, em primeiro lugar, mesmo que seja só nas suas grandes linhas, em que consiste a natureza íntima da oração cristã, examinando em seguida, se e como possa ser melhorada por métodos desenvolvidos no contexto de religiões e culturas diversas. Para tal fim, é necessário formular uma premissa decisiva. A oração cristã é sempre determinada pela estrutura da fé cristã, na qual resplandece a verdade mesma de Deus e da criatura. Por isso mesmo, falando com propriedade, a oração assume a forma dum diálogo pessoal, íntimo e profundo, entre o homem e Deus. A oração exprime, por conseguinte, a comunhão das criaturas redimidas com a Vida íntima das Pessoas Trinitárias. Nesta comunhão que se funda sobre o batismo e sobre a eucaristia, fonte e cume da vida da Igreja, encontra-se implícita uma atitude de conversão, um êxodo do eu para o Tu de Deus. A oração cristã, portanto, é sempre ao mesmo tempo autenticamente pessoal e comunitária. Por esta razão, recusa técnicas impessoais ou centradas sobre o eu, as quais tendem a produzir automatismos nos quais o orante cai prisioneiro dum espiritualismo intimista, incapaz duma livre abertura para o Deus transcendente. Na Igreja, a legítima busca de novos métodos de meditação deverá ter sempre em conta que, numa oração autenticamente cristã, é essencial o encontro de duas liberdades: a infinita, de Deus, e a finita, do homem.” (Carta aos bispos da Igreja Católica acerca de alguns aspectos da meditação cristã)

Quer vencer o mal e ser um Cristão invulnerável? “Comportemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeira; nada de desonestidades nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes. Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais aos apetites. (Rm13,13-14)”

Se você quer ser invulnerável assuma os frutos do Espírito. Se você não é casado e pode casar, case-se; Se ainda não crismou, não fez a primeira comunhão, se não está nem aí para a Eucaristia, comece a importar-se. Não deixe se vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem!

Queira ser da estirpe da Virgem Maria, dar o seu sim a Deus e o não às obras das trevas. Viva com humildade, oração, inocência e pureza para que nenhum mal se aproxime de você!

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair 

Adquira esta pregação pelo telefone: (12) 3186 – 2600

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