Sem censura: convidados falam sobre afetividade e sexualidade

Padres Paulo Ricardo e Demétrio, e a ginecologista Roberta Castro esclarecem dúvidas sobre afetividade e sexualidade

Letícia Barbosa
Cobertura

Temas que envolvem sexualidade e afetividade foram debatidos, em quase uma hora de conversa, pelos padres Paulo Ricardo e Demétrio, e também a ginecologista Roberta Castro, na tarde deste sábado, 16, às 14h20, durante o Acampamento Revolução Jesus.

Métodos contraceptivos
Segundo padre Paulo, o Brasil já está começando a viver um inverno demográfico como a Europa. Ele afirmou que a taxa de natalidade no país é inferior à Suécia, Itália, Dinamarca, Bélgica e França.

“O Brasil será uma sociedade de velhos. Aí jogo a pergunta de volta: É você que não pode ter filhos ou seu egoismo?”, questionou padre Paulo.

Padre Demétrio completou ao afirmar que “a mulher não está fértil a todo momento, pois Deus desenhou isso no corpo da mulher, mas existem motivos justos para, momentaneamente, ela não ter filhos, por isso a Igreja permite que a pessoa recorra ao ciclo natural feminino”.


Síndrome do ovário policístico

Segundo Roberta Castro essa doença é caracterizada pela irregularidade na menstruação e a pílula não sana a doença.

“O anticoncepcional coloca o ovário para “dormir”. A mudança alimentar, a diminuição de doces e a prática de exercícios ajudam no combate da doença”, disse a ginecologista.

Homossexualidade

Padre Paulo Ricardo explica que falar sobre “cura gay” seria o mesmo o que falar sobre “cura hétero”.

“O nome da cura gay e cura hétero chama-se santidade. Vamos nos amar e parar de nos jogarmos fora. Vamos aceitar o desafio do amor. É humilhante você dizer para alguém, seja ela gay ou heterossexual: se você não dá conta de amar, use e jogue fora”, frisou o sacerdote.

Carícias sexuais

Sobre as carícias, padre Paulo afirmou que a Igreja se detém diante da sacralidade e intimidade do casal. O que é importante no ato sexual é ele ter a finalidade de gerar vida.

“Não é só uma questão de posição sexual. No ato conjugal, dentro do matrimônio, tudo isso pode ser fonte de egoísmo. O sacramento não é um alvará que dá direito a você usar o marido ou a mulher. Não é uma questão de eu colocar os detalhes, não existe um ‘kama sutra católico’. O que não pode ser feito: usar o outro e fazer dele o seu parque de diversões”, ressaltou o presbítero.

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