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Provoque a festa na sua casa

Dunga. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Dunga. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Vamos deixar Deus fazer da nossa casa um lugar de festa

Hoje, vamos falar do retorno do filho para o pai. Vamos partilhar a Palavra que está em Lucas 15,11-12:

“Disse também: Um homem tinha dois filhos.O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres.”

O Pai quer o melhor para os seus filhos

Vemos aqui a história de um pai, assim como o pai de vocês, que trabalhou e se esforçou para criar os filhos, para lhes deixar uma herança; mas não apenas bens materiais. Essa é a história de um filho que queria sua herança para aproveitar os prazeres do mundo.

Aquele pai queria ensinar a seus filhos mais do que o uso responsável dos bens materiais, mas, na vida, tudo tem um momento certo para acontecer, seja em relação aos bens ou à vida sexual. Mas tudo o que o filho mais novo daquele homem queria era, imediatamente, desfrutar de tudo o que o pai possuía. Imagine um filho saindo de casa com tudo aquilo que o pai havia conquistado com tanto esforço!

O pai, não podendo negar o pedido do filho, chamou o irmão dele e, provavelmente, perguntou se ele também queria sair, se queria a parte dele, mas o filho mais velho teve uma atitude nobre e escolheu honrar o pai – interessante perceber que honrar pai e mãe é o primeiro mandamento como promessa. Então, o pai dividiu a herança e o filho mais novo foi embora com a parte que lhe cabia.

A felicidade longe do Pai não dura para sempre

Vamos ler a continuação desta história em Lucas 15,13-14:

“Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente. Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria”

Tudo são fases na nossa vida, e quem vive as experimenta. Hoje, eu tenho mais de 50 anos e passei por várias fases, e vocês também as viverão. Aquele rapaz passou por um momento de esbanjar dinheiro, de alegrias, de farra, mas essa fase não durou para sempre. Quando veio a fase difícil, ele acabou ficando sem herança, sem alegria para gastar. Vejamos o que aconteceu com ele em Lucas 15,15:

“Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.”

Para os judeus, era uma função terrível cuidar de porcos, porque estes eram animais imundos! As pessoas, naquela época, não comiam porcos.

Eu já tive um chiqueiro em casa quando era criança. Era uma experiência ruim ir à casa dos vizinhos para conseguir restos de comida azeda, daquele lixo, para lançar aos porcos. Aquele animal não olha para cima, porco está sempre cabisbaixo, sempre enfiado na sujeira. Pessoas que se submetem a trabalhar para traficantes, muitas vezes, até se prostituindo para sustentar seu vício, estão no meio dos porcos.

Aquele jovem teve de cair em si e perceber que estava se assemelhando àquelas criaturas das quais ele tomava conta. Vejamos em Lucas 15,16-17:

“Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância… e eu, aqui, estou a morrer de fome!”

Retornar à casa do Pai é o mais importante

"Nossa vida pode estar um caos, mas o Espírito Santo está pronto para dar ordem à nossa vida ". Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

“Nossa vida pode estar um caos, mas o Espírito Santo está pronto para dar ordem à nossa vida “. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

É aqui que a história fica interessante. Aquele jovem toma uma atitude de contrição, de arrependimento e humildade; ele reconhece que precisa do pai e quer reencontrá-lo, como está escrito em Lucas 15,18-19:

“Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados.”

Agora, imaginemos essa cena: o filho voltando para casa, indo de encontro ao pai, em Lucas 15:19:

“Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.”

Imaginem a emoção daquele pai que esperava pelo filho! O pai se emocionou, abraçou o filho e disse tudo aquilo que o filho havia imaginado. Percebam a diferença, a maneira como ele havia saído de casa, não se importando com o cuidado do pai. Mas, naquele reencontro, o filho reconheceu seu pecado, humilhou-se diante do pai e admitiu que precisava dele. Temos coragem de fazer isso com nossos pais? Será que, muitas vezes, não negligenciamos o cuidado, o carinho e tudo aquilo que eles fazem por nós?

Nossa vida pode estar um caos, mas o Espírito Santo está pronto para dar ordem à nossa vida. Humilhemo-nos diante do Pai e deixemos que Ele trabalhe em nós. É dia de reconhecermos nossos pecados e deixarmos Deus trabalhar em nós, em nossas casa, em nossa família.

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