Decisão, desejos e propostas

O homem precisa ter sua segurança somente em Deus. Precisamos ser administradores fiéis da graça de Deus, e a quem muito foi dado, muito será cobrado, como ensina a Palavra.
Todo o Evangelho caminha para chegar neste ponto de hoje. Torna-se urgente a tomada de decisão, pois quando somos colocados na obra salvífica de Deus, só existem duas opções: rejeitar ou acolher a graça.

A decisão precisa acontecer, por isso brotam as divisões. Infelizmente, quando olhamos este Evangelho, muitas coisas podem passar despercebidas. A minha posição precisa ser de alguém que realmente quer e deseja, pois os anos vão passando e nós mais uma vez podemos cair na tentação, da insensibilidade. O fogo do Espírito Santo vem sobre nós para nos purificar e restaurar, quando a nossa decisão foi incompleta.

Com o passar dos anos, vamos cedendo e o desejo pelo primeiro amor vai enfraquecendo. O Senhor deve ser o centro da minha vida e do meu coração em todos os sentidos. Falta abertura e docilidade porque este é o Jesus verdadeiro, que traz a divisão por causa da decisão. Ele revela em nosso coração a verdade da nossa alma, para que possamos caminhar e não rastejar, de modo que possamos suportar a prova de fogo. 

Ouça: "O fogo da provação precisa nos ajudar a buscar cada vez mais a água viva da fonte"

O fogo da provação precisa nos ajudar a buscar a água da fonte. Mas, se a vida inteira eu permanecer na superficialidade, acontece o mesmo que aconteceu nesta parábola, pois as raízes não podem se aprofundar.

Eu preciso colocar a mão no “arado” de forma definitiva para que a minha resposta seja total, autêntica e precisa. Caso contrário, aquilo que deveria conduzir à salvação, leva à autocondenação.

A pregação do Senhor acende este fogo em nós, para que tomemos uma decisão a favor ou contra Jesus. O Messias é o príncipe da Paz, da verdadeira paz, fruto de uma escolha que provoca oposições e conflitos em mim. Ela precisa me inquietar, mexer comigo para que eu possa responder quais passos eu tenho dado, de modo que eu não caminhe às cegas. 

Ouça: "Os santos quanto mais se aproximavam de Deus, tanto mais viam suas trevas"

Ao olhar para a vida dos santos, vemos que quanto mais se aproximavam de Deus, tanto mais contemplavam suas próprias trevas. E por isso, buscavam estar cada vez mais próximos de Deus. Quando nos acomodamos, nos distanciamos de Deus, porque vamos cada vez mais adentrando na escuridão, e tudo vai parecendo normal para nós. Precisamos aprofundar as “raízes” para a cada dia dar o nosso testemunho.

“Que vos conceda, segundo seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior.” (Efésios 3,16)

Para que a maturidade possa brotar em nós, precisamos estar fortalecidos pelo Espírito Santo e nos decidir pelo amor. O amor dá raiz e alicerce para a vida. Como está o seu coração que é chamado a amar?
Só no amor somos plenificados, para que tudo, que foi prometido por Deus, seja realizado em nossas vidas. O Senhor deseja concretizar tudo isso, mas a partir da nossa decisão.

“Muitos começam bem, mas são poucos que perseveram.” (São Jerônimo)
Só serão “coroados” aqueles que lutarem até o final. O desejo e a resolução vão se tornar para nós fonte de santidade e de vitória.
“Os desejos do preguiçoso o matam porque suas mãos recusam o trabalho” (Provérbios 21,25)

Precisamos levantar os nossos braços, mas também elevar nosso coração com uma proposta, com uma vontade decidida. Tornar-nos católicos mais concretos, com propostas de fazer algo para que realmente possamos nos tornar melhores. O desejo e a resolução nos fazem práticos e concretos.

Não desfaleça na primeira prova, mas peça a Deus a graça de aprofundar as “raízes”. A prova vem para nos purificar, para que construamos nosso alicerce sobre Jesus Cristo.


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