Em Maria somos filhos da misericórdia

Me chamo Assis, membro consagrado da Obra de Maria em Brasília. Hoje, o Senhor nos confia essa Palavra, refletindo sobre Nossa Senhora e a misericórdia.

Peregrinos participam de pregação

Peregrinos participam de pregação

Cântico de Ana

1º Samuel 2:
Então Ana orou assim: Meu coração exulta no Senhor; no Senhor minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos, pois me alegro em tua libertação. Não há ninguém santo como o Senhor; não há outro além de ti; não há rocha alguma como o nosso Deus. Não falem tão orgulhosamente, nem saia de suas bocas tal arrogância, pois o Senhor é Deus sábio; é ele quem julga os atos dos homens.

O arco dos fortes é quebrado, mas os fracos são revestidos de força.
Os que tinham muito, agora trabalham por comida, mas os que estavam famintos, agora não passam fome. A que era estéril deu à luz sete filhos, mas a que tinha muitos filhos ficou sem vigor. O Senhor mata e preserva a vida; ele faz descer à sepultura e dela resgata. O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta.
Levanta do pó o necessitado e, do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de honra. “Pois os alicerces da terra são do Senhor; sobre eles estabeleceu o mundo.

Você saberia dizer quem é essa mulher? Ela era uma mulher feliz? Ana era esposa de um homem chamado Eucana. Ele tinha duas mulheres, Haná, Ana, e a outra Penina. Penina tinha muitos filhos, por isso, no contexto da época, era uma mulher feliz, abençoada.
Ana era estéril. E todos os dias Penina humilhava Ana. Passava com seus filhos para fazer inveja. Ana era triste, amargurada. Um dia ela faz uma oração tão forte, pede que o Senhor se lembre dela e diz que se tivesse um filho consagraria a Ele.

Ela faz um voto e reza de uma forma confusa, porque era uma oração misturada com choro, a ponto de o sacerdote olhar para ela e achar que estava bêbada.
Ele fala para ela: deixa passar o efeito do teu vinho. E ela responde: não é assim, eu sou uma mulher aflita, derramo a minha alma diante do Senhor. Não me julgue, é que está doendo demais.

Estou contando essa história de Ana porque foi nesse contexto, nessa inspiração que Nossa Senhora puxou a oração do Magnificat. E as primeiras palavras dela foram: “Minha alma glorifica ao Senhor, porque olhou para a humildade de sua serva”.
Quando ela se humilha, na verdade ela se enche da misericórdia de Deus. Se ela se enchesse de orgulho, talvez não alcançasse a misericórdia do Senhor. A misericórdia vem ao encontro daquele que mais precisa, daquele que está no chão, humilhado…
Nós nos envaidecemos muito fácil. Quem somos nós, pobres miseráveis? É muito fácil acharmos que somos alguma coisa, quando na verdade todos somos necessitados de misericórdia.

Nossa Senhora

Maria era uma mulher pobre, de um “resto” de Israel. A casa de Nossa Senhora era um lugar simples, humilde…
Quando veja essas notícias, de que milhões e milhões foram desviados, precisamos pedir misericórdia para o nosso país, porque quem sofre mais é o pobre.

Quando Nossa Senhora aparece em Fátima, a quem ela aparece? Aos 3 pastorinhos. Numa pequena aldeia de Portugal. Ela aparece para eles porque sabe se identificar com o pobre, o miserável, aquele que precisa.

A quem Nossa Senhora de Lurdes apareceu? A Santa Bernadete, pobre, humilde. É próprio do céu vir em socorro dos pobres, dos mais necessitados.
Se você não tem experimentado a misericórdia de Deus na sua vida, é porque você tem sido orgulhoso. Há muita gente querendo experimentar a misericórdia, mas só experimenta a misericórdia quem passa pelo caminho da humilhação.
Esse ano é o ano da misericórdia. É o ano de a gente rezar como gente pobre, como gente simples, como quem não tem nada. “O abismo da tua misericórdia se encontra no abismo da minha miséria”, dizia Santa Faustina.

Tiago 4,6: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.

Peçamos ao Senhor nesse dia que sejamos filhos da misericórdia!

Assis Rocha, membro consagrado da Obra de Maria em Brasília

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