Foge do mal e faz o bem

Tiago Marcon

Confiemos em Deus e reconheçamos o mal para combatê-lo

Foge do mal e faze o bem

Tiago Marcon prega sobre o bem e o mal. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Salmo 36,27-28, “Aparta-te do mal e faze o bem, para que permaneças para sempre, porque o Senhor ama a justiça e não abandona os seus fiéis.”

Parece que os maus tiram vantagem de tudo e os bons vão de mal a pior. O salmista nos mostra, em todo o Salmo 36, que os fatos são esses, mas destaca que o tempo desse mau está contado.

Deus é bom e é bom sempre e em todos os momentos. O Senhor é a fonte de todo bem, a origem de tudo o que é bom. Ele é plenamente verdadeiro, plenamente bom, então, tudo que vem dele é bom. Na criação, tudo o que Ele fazia via que era bom, até que um acontecimento na história desviou esse caminho. É a história de Adão e Eva. É importante contextualizar para que entendamos que existe o mal e o bem.

O mal tem como meta destruir o ser criado, pois, no fundo, tudo nasce bom e belo, mas o mal distorce e o torna mau. O bem é a santidade e o mal é o pecado que quer nos destruir. O pecado entrou pela escolha e a liberdade, hoje temos essa escolha nas mãos, travando uma batalha entre o bem e o mal. Temos a liberdade de escolher entre o bem e mal, e Deus não nos tira essa escolha, porque nos respeita e não volta no que prometeu. Ele nos respeita, mas nos abre os olhos para que vejamos que o inimigo está ali. O mal quer que desacreditemos dele.

Parece que o mal vai dominar tudo que vemos, tudo que acontece no mundo, mas temos de confiar em Deus, pois Ele tudo pode. Em meio a todas as situações, sentimos que o mal vai nos derrotar, mas Ele nos fez elevar o olhar e disse: “Que tamanho essas situações têm comparado com a minha existência?”. Essa é a tomada de decisão entre o bem e o mal, ter esperança em Deus, pois o mínimo de esperança é suficiente para encher nosso coração de coragem e nos fazer passar por tudo.

O bem não é uma fraqueza

Não podemos nos enganar, pensar que, aparentemente, o bem e amor são fraquezas. Não podemos pensar que viver na santidade e no amor de Deus nos faz fracos e bobos. Nós sabemos que a cruz é um sinal de vitória, mas porque sabemos o que houve depois dela.
Se não soubéssemos o que aconteceu, pensaríamos que é um sinal de fracasso, mas não paramos aí.

Foge do mal e faze o bem

Não nos contentemos com as coisas deste mundo, porque elas passam. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Quando optamos pelo bem e pelo amor, podemos parecer fracassados para este mundo, mas não podemos temer, pois nossa vitória não é apenas para este mundo. Não baseemos nossa fé apenas nesta Terra, mas também na eternidade. Não nos contentemos com as coisas deste mundo, porque elas passam, mas lutemos pelas coisas que permanecem até a eternidade. Deus vê a nossa luta.

Por isso é tão importante que tenhamos consciência de que é preciso matar o mal pela raiz. “Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos,adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez” (Marcos 7,21-22).

Temos de lutar na raiz do pecado, com aquele pecado que é difícil de lidar. Não tenhamos medo de reconhecê-lo, porque é daí que começa a luta. Olhemos para nossa realidade e encaremos o mal para combatê-lo. O mal é assim: ele nos atrai, seduz e mata. Não nos iludamos em pensar que temos forças para vencer o mal. Somos chamados a combater o mal ao lado de Deus, porque longe d’Ele tendemos à derrota.

Passos para fugir do mal

1º passo: Não neguemos a existência do mal. Isso não significa ter medo dele, mas reconhecer que ele existe e saber que não é mais poderoso que Deus;
2º passo: Aprofundemo-nos em Deus, buscando-O para estarmos fortalecidos e firmados;
3º passo: Rezemos para que nossa fé aumente e não nos abalemos;
4º passo: Foquemos na luta. Nossa luta não é contra as pessoas, mas sim contra as realidades sobrenaturais;
5º passo: Usar as armas certas. Se nossa luta é espiritual, usemos armas também espirituais, não só as práticas;
6º passo: Saiamos da zona de risco. Reconheçamos o nosso limite;
7º e último passo: Fixemos o olhar e o coração no que é eterno. Vivamos aqui, mas fixemos nosso olhar no céu.

Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos

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