Gratidão gera vida

Gabrielle Sanchotene. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Gabrielle Sanchotene. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Vivemos, há poucos dias, a Semana Santa. Nesse tempo, pudemos perceber a grandiosidade deste Homem que se fez humano e se entregou por nós. Agora, vivenciamos a chamada Oitava da Páscoa, ou seja, de um domingo a outro vivemos a Páscoa.

Qual é a verdade que não podemos perder nesta semana? Não podemos nos esquecer que Jesus se fez humano para nos salvar. Nós, como criaturas, não merecíamos nada, mas o amor de Deus é tão grande que se dobrou por nós.

Celebraremos, neste fim de semana, a Festa da Misericórdia a pedido de Jesus. Ele quis que nós percebêssemos que a Sua misericórdia é também nossa. Você pode estar se perguntando: “De onde veio a ideia da Festa da Divina Misericórdia? Quem é Santa Faustina?”.

No dia 22 de fevereiro de 1931, Jesus disse a Santa Faustina: “Pinta uma imagem de acordo com o modelo que vês com a inscrição embaixo: ‘Jesus, eu confio em Vós!’. Desejo que essa imagem seja venerada primeiro na vossa capela e depois no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar essa imagem não perecerá. Prometo também a vitória sobre os inimigos já nesta terra, mas especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei com a minha própria glória. Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia, quero que essa imagem que pintarás com o pincel seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa.”

Santa Faustina era uma irmã simples, uma freia que tinha o costume de ir à capela todos os dias. Um dia, ela foi se recolher na capela por um minuto e teve o seu encontro com o Senhor.  Por causa dessa experiência do encontro, Jesus pediu a Santa Faustina que pintasse a imagem.

Por meio do seu diário, Santa Faustina descrevia suas experiências com Jesus misericordioso. A santa era tida no convento como uma alucinada, como uma doida e ninguém acreditava nela.

Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Já estava na hora de instituir a Festa da Divina Misericórdia entre nós, pois essa era a vontade de Deus: que a Sua misericórdia chegasse até nós. A misericórdia de Deus para conosco é de sempre para sempre!

No ano 2000, o Papa João Paulo II institui a Festa da Divina Misericórdia e canonizou Santa Faustina como a “santa dos altares”. Ela era considerada uma mulher simples, mas que podia escrever coisas grandiosas.

Essa festa quer mostrar que não devemos perder esse amor que foi capaz de dar a vida por nós; e se, por alguma razão, Ele ficou no esquecimento, cabe ao nosso coração fazer memória dessa generosidade por amor a cada um de nós!

Lendo um pouco mais sobre a Divina Misericórdia, encontrei no Diário de Santa Faustina nº 299:  “Os raios que saem do Coração de Jesus têm um significado maravilhoso revelado pelo próprio Senhor. Eles relembram o sangue e a água que jorraram de Seu coração quando este foi perfurado pela lança. Os raios vermelhos simbolizam o sangue de Jesus, que salva o homem. O raio azul claro simboliza a Água Viva, o Espírito Santo, que brota do Coração de Jesus e nos purifica de todo pecado. Segundo as palavras do próprio Jesus, “Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da minha misericórdia, quando na Cruz, o meu coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira do meu Pai. Feliz aquele que viver à Sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia.”

Jesus nos fala por meio dessa simples serva, considerada a secretária da Divina Misericórdia. Nós nos esquecemos muito fácil de tudo, mas não nos esqueçamos dessa verdade: o Senhor se deu por nós, pela nossa salvação!

Na terra do seu coração foi jogada a semente do amor que quer gerar em você uma vida nova. O Espírito Santo quer lhe mostrar onde você pode ser melhor para Deus, porque a experiência desse amor não pode nos deixar no mesmo lugar.

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a mim, por toda a eternidade, todo o meu amor e a minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha misericórdia.” (Diário de Santa Faustina nº 699).

Que possamos, em nosso dia a dia, experimentar a misericórdia de Deus!

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

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