Fazer a vontade de Deus diante da cruz

Gilberto Barbosa

É preciso fazer a vontade de Deus quando a dor, a morte, o desemprego batem à nossa porta

No dia de Pentecostes, Pedro estava falando e, de repente, as pessoas que estavam ali ouviram falar em sua própria língua. Então, eu quero que você escute do Espírito o que Ele tem para você. Que a voz do Espírito Santo comunique a mensagem d’Ele ao seu coração.

Muitas vezes nos chocamos com a mensagem da cruz. É preciso fazer a vontade de Deus quando a dor, a morte, o desemprego batem à nossa porta. O homem é criado à imagem de Deus e Ele jamais faria mal ao homem, Ele não quer o sofrimento. Nós queremos assumir a dor daqueles que amamos e Jesus quer assumir a nossa dor.

No cristianismo, na fé, encontramos respostas para o sofrimento. A origem do sofrimento está no pecado que, depois de consumado, gera a morte. O pecado incomoda e tem um preço muito alto. A ausência de Deus é um preço alto que pagamos por causa do pecado.

A primeira coisa que Deus falou para Adão e Eva foi que eles não valorizaram a amizade com Ele. Adão e Eva, portanto, escolheram o caminho da vida dura, de sacrifício, de luta. Vivemos em um mundo que sem Deus não tem saída, o que o mundo vive hoje Adão e Eva viveram quando seus filhos brigaram por inveja e por ciúme, quando um irmão matou o outro, Caim matou Abel.

E quando matou o irmão, Caim não tinha mais descanso, não tinha mais repouso e isso é o que o pecado faz, nos tira da presença de Deus. A ausência de Deus é terrível! Você tem uma dor, um fardo que não pode carregar? A saída se chama cruz, temos que abraçar a cruz.

O povo de Israel é um povo que passou pela prova. Temos também Jó como exemplo de fidelidade a Deus! Ele é uma pessoa para admirarmos. Jó era um homem rico, reto, justo, temente a Deus, mas passou pela cruz e sofreu tanto que disse que seus dias estavam sem esperança, sem vida. Jó perdeu os animais, os amigos e perdeu os dez filhos de uma só vez. Além de tudo isso, a esposa de Jó renegou a Deus, mas ele se recusou a renegar o Senhor.

Deus tem que estar em primeiro lugar na sua vida, porque só Ele é a resposta. Nós rezamos mais, nós somos mais de Deus quando a dificuldade bate à nossa porta, a partir de uma experiência de dor.

“Jó respondeu ao Senhor nestes termos: Sei que podes tudo, que nada te é muito difícil… Meus ouvidos tinham escutado falar de ti, mas agora meus olhos te viram.” (Jo 42, 1-2; 5). Olhe para sua casa e diga: “muitas são as provações de um justo, mas de todas me livrará o Senhor. Ainda que eu caia, não ficarei prostrado.”

Porém, quando eu chegar no céu eu quero algumas explicações, quero entrar no mistério do sofrimento. Aqui na terra eu faço a leitura do sofrimento com os olhos da fé. Santa Teresinha pedia a Deus o sofrimento. Como é possível alguém pedir a Deus o sofrimento? Ela nos ensina que o sofrimento é uma porta aberta para nos santificarmos. Não há uma pessoa que não passe pelo sofrimento.

Monsenhor Jonas também tem suas noites escuras, tem as lutas para travar. Jesus também teve suas lutas e falou que quem quiser segui-Lo renuncie a si mesmo, tome a cruz e o siga. A mim, a você Deus está dando a cruz. São Paulo tinha muita coisa para se gloriar, mas ele disse que só se gloriava da cruz de Cristo, o bem maior.

Queridos irmãos, não há vitória, ressurreição sem cruz. Não há vitória se eu não passar, primeiramente, pelo vale de lágrimas. E a resposta vem do louvor, na hora que a prova chega eu louvo.

Paulo e Silas foram caluniados, colocados na prisão, mas à meia noite rezaram, fizeram um louvor. Você está se sentindo preso, flagelado? Reze! Quando rezamos, há um terremoto que abala a estrutura do inferno. Satanás tem medo de um homem adorador. Muitas vezes, estamos na escuridão, a cruz nos deixa na escuridão, mas o socorro vem de Deus. Creia no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa!

O Senhor quer te levantar! Levanta-te e vai! Dias melhores virão, porque há um tempo para cada coisa. Há um tempo para chorar, mas há um tempo para sorrir. Há um tempo da cruz, mas um tempo da ressurreição que é confiança, é o tempo da promessa cumprida. E sem o Espírito Santo não abraçamos, verdadeiramente, a cruz.

Transcrição e adaptação: Míriam Santos Bernardes

 

 

↑ topo