Clamar ao Senhor para nos livrar das ciladas do mal

Padre Roger Luís

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Padre Roger Luis. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Confie no Senhor e seja firme na fé diante das ciladas do demônio

Oremos com perseverança! Somos convidados a clamar ao Senhor para que nos liberte das ciladas do maligno. Padre Duarte Lara falou, em sua pregação, sobre os setes erros e enganos que a Nova Era tem espalhado pelo mundo e que estão semeando falsas doutrinas de uma maneira sutil.

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Não estamos ilesos diante do maligno, principalmente quando, na sutileza, ele muda nosso comportamento diante das realidades que vivemos. Vamos adentrar em nossa caminhada espiritual para aprendermos o caminho da liberdade interior, da consciência e também dos passos que nós temos de dar para nos livrarmos dessas ciladas.

A Bíblia é um grande instrumento de formação para nós cristãos. O Antigo Testamento nos revela o novo e aquele que veio, Jesus Cristo, para nos libertar de todo mal. Ele nos mostra as atitudes, os posicionamentos e as posturas que se repetem na história e na caminhada.

Se fôssemos estudar o livro de Números, nos capítulos 13 e 14, veríamos uma das ciladas do demônio na nossa caminhada. Moisés já havia libertado o povo do Egito e estava caminhando há muito tempo no deserto. Esse povo já havia experimentado muitos sinais da parte de Deus, a começar pela libertação do Egito, da escravidão, de tudo aquilo que eles viveram pelo poder e manifestação de Deus para libertá-los do julgo do faraó, cuja figura do mal escraviza, amarra, humilha e prende.

Moisés já havia passado pelo mar vermelho. Ali, às portas da terra prometida, instruído por Deus, ele enviou 12 homens para fazerem uma espionagem, explorar a terra e trazer para a comunidade a informação de como era a terra prometida por Deus.

Moisés, na sabedoria, pegou um líder de cada tribo e mandou os 12 homens para o local. Esses homens se impressionaram com a terra, porque lá corria leite e mel, frutos e água;  a terra era fecunda. Eles se depararam com homens que já habitavam aquela terra, com cidades fortificadas e pessoas que, na linguagem deles, diziam ser gigantes, homens muito grandes. Moisés reuniu uma assembleia, e os 12 trouxeram as informações daquela terra, disseram que, realmente, Deus prometeu que lá correria leite e mel.

Se o Senhor prometeu aquela terra, Ele é poderoso para nos dá-la, porque Ele está conosco.

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Peregrinos acompanham atentamente as palavras do padre Roger Luis neste primeiro dia do “Acampamento de Cura e Libertação”. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

 

O discernimento para vencer o demônio

Umas das maiores ciladas que o demônio nos propõe é a capacidade de sermos negativos, de perdermos nossa fé em Deus. Por isso, eu digo aos fiéis que não cedam ao pessimismo e ao negativismo, pois, dessa forma, nossa fé em Jesus vai enfraquecendo.

Diga: “Senhor, eu não quero ceder a essa cilada, porque o Senhor é o meu libertador”.

A Nova Era tem semeado esse espírito que mina a fé em Nosso Senhor. No entanto, nenhum outro é mais poderoso que Deus, por isso não podemos deixar de acreditar n’Ele.

Você é cristão ou pagão? Nós estamos nos aproximando do fim dos tempos, e o Espírito Santo tem trabalhado, a fim de que, no fim, haverá a separação do joio e do trigo. O joio tem se manifestado e o Espírito Santo vai trabalhando!

Nós precisamos entender que o poder de Deus faz com que as criaturas pequenas vençam as grandes, pois o Senhor precisa de homens e mulheres que confiem em Deus. Quando vencemos o inimigo? Quando esperamos e confiamos no Senhor.

Temos de vencer as ciladas da desconfiança e da falta de fé. Temos de confiar e esperar em Deus. Precisamos nos aproximar d’Ele e depositar toda a nossa confiança n’Ele, assim não sucumbiremos diante das ciladas do inimigo, porque o mal nos afasta das doutrinas e da fé da Igreja.

Discernimento é graça do poder de Deus para que não nos deixemos ser seduzidos pelo maligno. Esse discernimento só vem pelo conhecimento da Palavra, da Doutrina e da intimidade com o Senhor.

Quanto tempo temos dedicado à oração em línguas? Precisamos dessa experiência, precisamos aprender a discernir o que é bom e ruim. Tenha a certeza do discernimento em Deus!

O discernimento vem da oração e do entendimento da Palavra, pois existem tantas vozes e ensinamentos espalhados pela internet, que vão entrando no nosso coração! Mas se não conhecermos a Palavra de Deus e a Doutrina, vamos nos afastando do Senhor. Cuidado com as verdades mascaradas! É tempo de vivermos no Espírito Santo, porque mais forte é o Deus.

No livro de Neemias 6,1-16, podemos compreender esse discernimento:

“Sanabalat, Tobias, Gossem o árabe, e outros inimigos nossos, souberam que eu havia reconstruído a muralha e que não havia mais brechas; entretanto, até aquele momento eu não havia ainda colocado os batentes nas portas. Mandaram solicitar-me uma entrevista com eles numa das aldeias do vale de Ono. Projetavam fazer-me mal. Enviei-lhes mensageiros para dizer-lhes: Estou em vias de executar um trabalho importante; não posso descer. Não tenho desculpa para interromper meu trabalho e não posso deixar a obra para descer a vós. Quatro vezes eles me endereçaram a mesma mensagem, e eu cada vez enviava-lhes a mesma resposta. Pela quinta vez Sanabalat fez-me a mesma proposta por um seu servo, o qual, desta vez, trazia na mão uma carta aberta que continha o seguinte: Foi divulgado entre as gentes, e Gossem afirma que, se tu reconstróis a muralha, é porque tu e os judeus estais projetando uma revolta. E, pelo que se diz, desejas tornar-te o rei deles, e terias mesmo enviado profetas para proclamar-te rei de Judá em Jerusalém. Todos esses boatos chegarão aos ouvidos do rei. Vem, pois, e entendamo-nos. Eu lhes respondi: Nada existe de verdadeiro no que dizes: foste tu que inventaste tudo isso. Todos procuravam intimidar-nos. Diziam entre si: Fatigar-se-ão de tal modo que abandonarão o trabalho; este jamais será terminado. Agora, pois, ó meu Deus, sustentai os meus braços! Fui depois à casa de Semaías, filho de Dalaías, filho de Metabeel, que se tinha fechado em sua residência. Vamos juntos, disse-me ele, à casa de Deus, ao interior do templo, e fechemos as portas do santuário, porque procuram matar-te; nesta mesma noite virão liquidar-te. Respondi-lhe: Como! Então um homem como eu há de fugir? Por outra parte, como pode um homem como eu entrar no templo sem perder a vida? Ali não entrarei. Eu compreendera, com efeito, que não fora Deus quem o enviara; se ele tinha pronunciado sobre mim tal predição, era porque Tobias e Sanabalat o haviam subornado. Eles o faziam para intimidar-me e fazer-me pecar segundo o seu desejo; isto lhes permitiria cobrir-me de opróbrios e lançar-me em má reputação. Lembrai-vos, ó meu Deus, das maldades de Tobias e de Sanabalat; e também do profeta Noadias, bem como dos outros profetas que procuravam atemorizar-me. Terminou-se a muralha no vigésimo quinto dia do mês de Elul, em cinqüenta e dois dias. Quando nossos inimigos souberam disso, encheram-se de temor todas as nações vizinhas: pois seu ânimo arrefeceu e reconheceram que, se aquela empresa fora levada a bom termo, era graças ao nosso Deus.”

Transcrição e adaptação: Alessandra Borges

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