O amor de Deus nos livra dos sentimentos de morte

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Padre Vagner Baia – Foto: Wesley Almeida

Na cidade de Cafarnaum, moravam muitos pecadores públicos que se sentiam desprezados e humilhados. Ali, pairava um ar de morte, havia uma tristeza contínua, porque eles se sentiam abandonados. Jesus, então, saiu de Jerusalém e foi morar naquela cidade. Por isso, Ele conta essa parábola aos discípulos, do mestre que deixou 99 ovelhas no aprisco e foi atrás daquela que se perdeu. Ele também relata a passagem da mulher que perdeu a moeda.

Essa moeda representa o amor de Deus, que está dentro de nós; e isso ninguém pode nos tirar. Há pessoas que estão longe do amor do Pai, por isso paira nelas um sentimento de morte. É preciso, porém, encontrar, em nosso interior, o amor de Deus que tira esses sentimentos de nosso coração. As virtudes do Senhor estão dentro de nós e elas vencem os sentimentos ruins.

Victor Franklin, psiquiatra austríaco, dizia que muitas pessoas, nos campos de concentração, conservavam a fé e iam para a fila da morte cantando. Os que haviam perdido sua fé, morriam antes mesmo de ir para a fila da morte. Quantos sobreviveram ao holocausto por causa de sua fé em Deus!

Quando Jesus diz que vai enviar o Espírito Santo ao nosso coração, não é apenas o tabernáculo do Espírito, mas também do Pai e do Filho; portanto, por onde quer que caminhemos, o Senhor estará conosco. Ele habita a nossa inteligência, os nossos sentimentos e todo nosso ser. Em nossa alma está a presença da eternidade, por isso somos tão atacados!

O demônio é inteligente e se utiliza disso para destruir a vida de muitas pessoas. Ele quer fundar falsas doutrinas e nos levar a abandonar o Deus verdadeiro. Não pensemos que só porque nos lavamos no Sangue de Jesus, o demônio não vai nos atacar. Ele quer nos tirar da presença do Deus verdadeiro.

Fiéis acompanham pregação do padre Vagner Baia durante o acampamento de Cura e Libertação - Foto: Wesley Almeida

Fiéis acompanham pregação do padre Vagner Baia durante o acampamento de Cura e Libertação – Foto: Wesley Almeida

Quando deixamos de dar ouvidos aos espíritos embusteiros e clamamos do céu a graça do Senhor, ele nos dá muitas bênçãos! Às vezes, as pessoas dizem para desistirmos do que queremos, porém não podemos. O espírito do mal vai fazer de tudo para desanimar você de rezar pelas pessoas.

Meu pai vivia no ocultismo, frequentava outras seitas, vivia uma vida toda errada com outras famílias. Mas eu não desisti! Pedia a Deus que ele se convertesse. Quando ele estava muito doente, fui para a casa dele, porém não deu tempo de encontrá-lo vivo. Mas, mesmo assim, eu confio que ele está na misericórdia de Deus.

Muitos de nós não vamos ver os nossos convertidos, mas não podemos desistir; temos de confiar em Deus.

Nossa genética vem de nossos pais, também nossos dons, nossa disposição, nosso empenho e dinamismo. Quando somos concebidos, Deus nos dá a alma; esta não é achada ou uma alma penada. Foi Deus quem nos deu uma alma limpa e pura.

Quando Deus fez o homem, quem estava ao lado d’Ele? Seu Filho. Portanto, o Senhor nos fez pensando em Seu Filho amado. Ele é o primogênito de toda a criação.

Não precisamos ter inveja das pessoas, porque não existe ninguém como nós no mundo. Não precisamos nos comparar a ninguém; a riqueza de Deus é saber que somos feitos à imagem e semelhança de Seu Filho.

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“O inferno não é lugar para nenhum de nós, pois nascemos para morar no céu”, afirma padre Vagner – Foto: Wesley Almeida

Jesus nos disse que poderíamos fazer obras ainda maiores que Ele. No dia do nosso batismo, a água não só nos purifica dos pecados, mas também do pecado original, dando-nos a conformidade e o caráter de Jesus. Por que Cristo não pecava? Porque ele tinha caráter. Quando o homem tem caráter, ele não faz certos tipos de coisas. Se houve pecado, é porque faltou caráter.

Deus quer que sejamos lavados em Seu Sangue para voltarmos a ser a imagem verdadeira de Seus filhos amados, para que sejamos resgatados para a vida nova que o Senhor quer nos dar. O inferno não é lugar para nenhum de nós, pois nascemos para morar no céu.

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair

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