Proclamar o Nome de Jesus sobre todo tipo de mal

Padre Vagner Baia. Foto: Arquivo Canção Nova.

Padre Vagner Baia. Foto: Arquivo Canção Nova.

O Nome de Jesus é poderoso na luta contra o mal

Um filho de Deus reza para que Deus aja na vida dos outros. Por isso, é de comum acordo que precisamos rezar uns pelos outros. Você que é pai, mãe, filho, você que trabalha, namora… rezar de comum acordo é dizer ao outro que você reza por ele ou até mesmo convidar o outro para rezar. Nossa casa precisa estar de comum acordo. “Meu filho, estou rezando por você, estou pedindo que Deus te toque e te cure”.

Eu preciso falar ao outro que estou rezando por ele para que ele entre em comum acordo comigo [nessa intenção]. Quantos milagres acontecem apenas quando um pai e uma mãe se sentam para rezar um Pai-nosso juntos com os filhos, principalmente por não ser uma oração qualquer, mas a que foi ensinada pelo próprio Jesus ao ser interpelado pelos apóstolos.

Em João 3, 16, Deus nos diz “de fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Nós não vamos morrer, pois quem come e bebe da Carne e do Sangue de Cristo tem a vida eterna. Nós vamos passar pela morte apenas, mas em Jesus teremos a vida eterna. É importante que tenhamos isso no coração.

Nós temos as virtudes de Deus em nós e nada pode destruir aquilo que recebemos de Deus. A dignidade que eu quero não está no outro, está em mim. A pureza e o respeito que quero do outro, não estão no outro, mas em mim. Os dons e virtudes que temos não são para nós, mas para servirmos ao outro, para darmos aos outros.

Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, da mesma forma, nós somos à imagem de Cristo! A única mulher, a quem todas as mulheres devem imitar, é a Virgem Maria. E todos os homem devem imitar Jesus Cristo. Você tem as virtudes que Deus lhe deu e Ele as deu para todos. Nós precisamos aprender a assumir a imagem que Deus tem de nós e essa imagem é a de Jesus e Maria.

Em 1 Tessalonicenses 5, 23 está escrito: “Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser – o espírito, a alma e o corpo – seja guardado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!”.

Nós somos espírito, alma e corpo. O meu corpo é a genética do meu pai e da minha mãe, mas meu espírito e minha alma são de Deus e aí está aquilo que é eterno. Dentro do centro da nossa alma está o sopro de Deus, a santidade de Deus. Anjo sempre será criatura e nunca filho; nós somos filhos de Deus e por causa do Filho de Deus, temos o perdão.

Certo demônio disse uma vez a um exorcista: “Meu maior ódio e minha vingança é que Deus ama todas as pessoas e é capaz de perdoar a todas as pessoas não importa qual pecado seja. O homem não sabe o tamanho do amor de Deus para com ele, por isso vou fazê-los chorar sangue”.

Se eu discuto com alguém, isso não é amor, é agressão. Então quando eu amo, eu amo! Não existe mais ou menos amor, porque Deus é amor. O amor com que você ama as pessoas é de Deus, sem Deus você não vai amar e não vai ser amado. É importante que saibamos que temos essas três dimensões: corpo, alma e espírito. Portanto, se abandonamos Deus, vamos nos tornar pessoas fracas e suscetíveis às adversidades deste mundo, incluindo as doenças.

É o meu espiritual que vai equilibrar o meu emocional. O meu espiritual vai abrir as virtudes de Deus em mim. É preciso, portanto, unir a fé à virtude! Deus colocou tudo em mim, todas as virtudes. Eu posso não usá-las, mas a justiça, bondade, temperança, etc., estão em mim. Nós precisamos trabalhar todas as virtudes em nós e colocá-las a serviço do outro. Aqui está a via para vencermos o maligno: pelo exercício e o esforço para vivermos as virtudes.

Deus não amaldiçoa

Às vezes, as pessoas confundem as coisas e acham que Deus amaldiçoa. Deus nunca amaldiçoa, pois Ele só sabe abençoar! Quem amaldiçoa é o demônio. Deus é inacessível ao mal, Ele não tenta nem amaldiçoa ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência. Nós somos aliciados pelo mal pela nossa fragilidade porque fazemos coisas erradas e compramos, muitas vezes, coisas desonestas… Com isso estamos amaldiçoando a nós mesmos e a nossa casa.

Eu parei de beber em 1986. Eu bebia litros de vodca e, quando eu passava perto de um boteco, meu pé começava a virar para entrar nele. E assim é a pessoa que está no consumismo, na droga, etc., sempre estará atraído por aquilo que é a sua perdição.

Unir o amor fraterno à caridade. A caridade é o amor ágape, incondicional. Se eu o tenho, começo a ver minha vida numa dimensão nova e, se eu não tenho essa visão de que sou corpo, alma e espírito, começo a me condenar, a me flagelar, a colocar a culpa nos outros pelas mazelas da vida.

Padre Vagner fala sobre as feridas emocionais como causa de problemas em nossa vida. Foto: Arquivo Canção Nova

Padre Vagner fala sobre as feridas emocionais como causa de problemas em nossa vida. Foto: Arquivo Canção Nova

Feridas emocionais que causam problemas na vida humana

A primeira grande ferida emocional que causa diversos problemas, inclusive o de eu não me sentir amado por Deus nem por ninguém, é a rejeição. E nós começamos a fazer comparações, denegrindo a nossa própria imagem. A nossa imagem verdadeira é a de Cristo.

A segunda ferida é a inferioridade: começamos a rejeitar nossos aspectos físicos e alimentamos a nossa inferioridade, o que nos leva a dois extremos: ser uma pessoa que aceita tudo, sem querer lutar, ou ser uma pessoa ditadora, autoritária.

A terceira ferida é a culpa: queremos arrumar culpados para as nossas infelicidades ou culpamos excessivamente a nós mesmos.

A quarta ferida é o medo: medo de estudar, de começar uma vida nova, de terminar um namoro e ficar solteiro, de arrumar um novo emprego.

A quinta ferida são os abusos: abuso de autoridade, de poder, abusos físicos de apanhar, de ser abusado sexualmente, abuso espiritual ao ouvir dizer que Deus vai castigar, vai mandar para o inferno. Outra coisa terrível que fazemos é misturar as religiões. Muitas vezes estamos com Jesus, mas de mãos dadas com o ocultismo, com outras práticas.

Aqui está o princípio da nossa cura e libertação: se eu não me libertar dessas práticas, se eu não buscar cuidar dessas feridas, eu não vou conseguir me livrar do mal. As feridas emocionais são a porta de entrada do mal nas nossas vidas.

Por isso, precisamos identificá-las e lutar para combatê-las. Às vezes, é preciso fazer uso da medicina e tomar um remédio, fazer uma terapia. Precisamos cuidar de todas as nossas feridas e procurar ajuda onde quer que seja, mas sobretudo, manter firme a nossa vida de oração.

Monsenhor Jonas, quando teve a sua noite escura, não deixou um só dia de adorar e rezar, mesmo não querendo. Ele também procurou cuidar do físico, buscou ajuda de psicólogo, priorizou uma vida saudável com exercícios físicos. Nós precisamos também fortalecer o nosso físico para enfrentar os problemas do dia a dia.

Transcrição e adaptação: Aline Carbonari

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