Ser cristão é seguir Jesus até o fim

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Padre Arlon Cristian – Foto: Daniel Mafra

A carta de São Paulo aos Filipenses é um ensinamento muito duro. Nela, Paulo fala dos fiéis e dos infiéis. Papa Francisco, fazendo um comentário sobre essa leitura, diz que ainda há dois tipos de cristãos como os da carta de São Paulo nos dias de hoje. Segundo ele, a diferença é que há um grupo fiel a Deus, de amigos da cruz; outro grupo, porém, de inimigos dela. O Papa diz que esses são pagãos com “verniz” de cristãos.

Quem está procurando cura e libertação? Quem está buscando Jesus Cristo? Não resolve você buscar a cura e a libertação e depois voltar à vida velha; você não pode buscar as coisas de Deus com interesses, porque se a sua cura, a sua libertação não vierem como fruto de uma experiência divina, de nada valerão.

No mundo de hoje, queremos o Deus dos milagres, prodígios e sinais; porém, nós nos esquecemos de que este Deus é Aquele que deu a vida por nós.

Vamos imaginar que estamos em uma caravana com vários carros, um seguindo o outro. O chefe da caravana está sempre à frente e os demais acompanham uns aos outros. Os que estão mais atrás nem sempre conseguem ver o chefe, por isso acabam seguindo o carro que está à frente. Seguir Jesus é andar atrás d’Ele; porém, em nossa vida, o pecado nos cega e faz com que fiquemos perdidos. O pecado o cegou. Uma pessoa que está no pecado acha que está no caminho certo, mas, na verdade, ela está cega, surda e muda.

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Peregrinos participam da pregação de Padre Arlon Cristian – Foto: Daniel Mafra

De quem você tem indo atrás? Da ganância, do ter e do poder? Você é um cristão autêntico ou é um cristão de verniz, um sepulcro caiado?

Ainda nesta caravana, imaginemos que o último carro se perdeu. Se você estava seguindo Jesus na caravana e se perdeu d’Ele por causa de seus pecados, pare e peça ajuda para o Chefe da caravana e volte. Ele está esperando por você!

Essa pessoa que não parou, não pediu ajuda, pode não conseguir voltar à caravana. Talvez, essa pessoa seja você. Então, não tenha vergonha de pedir ajuda, vá ao confessionário, confesse-se. Se é um de seus amigos, traga-o de volta para Deus, ajude-o, porque ele pode não ter forças para voltar sozinho.

Muitas vezes, jogamos tudo em cima de Deus como se Ele fosse um objeto e você uma criança mimada. Que tipo de cristão você está sendo? O cristão do censo, que foi batizado e nunca mais voltou à Igreja, ou o cristão fiel, que assumiu o Senhor com todas as consequências?

Algumas vezes, pensamos que seguir Jesus é não ter sofrimentos, mas Ele nos permite ser humilhados, abandonados e insultados como Ele foi. E nós, em vez de percebermos que o Senhor está nos dando a oportunidade de nos assemelharmos a Ele na cruz, preferimos fugir. Quero que você entenda que eu não estou dizendo para você ser masoquista, mas o estou convidando a perceber que não está sozinho, que o próprio Deus viveu o mesmo que você.

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“Temos de apresentar ao nosso problema o tamanho de nosso Deus”, afirma padre Arlon. Foto: Daniel Mafra

Apresentamos a Deus o tamanho do nosso problema, como se eles fossem até maiores que o Senhor. Porém, não podemos mais rezar assim. Temos de apresentar ao nosso problema o tamanho de nosso Deus. O Senhor só poderá fazer algo se você abrir as portas do seu coração para Ele.

Com o Evangelho de hoje, o Senhor nos pede que utilizemos os nossos dons para fugir do pecado, das ocasiões de mentira, e que utilizemos da esperteza para conquistar o céu. Somos peregrinos neste mundo, estamos de passagem. Lutemos contra o ciúme, a inveja e as carências. Lutemos contra as palavras que nos destroem.

Peçamos ao Espírito Santo para nos ajudar a salvar almas e fazer de nós um exército que luta e não desiste. Mulheres, maridos, pais e filhos, não desistam uns dos outros. Nós já abrimos as portas do nosso coração; agora, façamos o que o Senhor quiser de nós.

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair

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