É preciso rezar e pedir com perseverança

Com perseverança vamos alcançar tudo que pedirmos

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Dom Alfredo Schaffler. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Meus queridos irmãos e irmãs, a liturgia deste sábado nos apresenta um Deus amoroso, infinitamente misericordioso, que sempre ouve as súplicas, as preces, e tudo que estamos apresentando, porque Ele nos ama. Você precisa acreditar e esperar! Acender a luz de uma vela é fácil, mas para mantê-la acesa é preciso perseverança. Muitas vezes, não conseguimos, porque desistimos antes de alcançar, fraquejamos, desanimamos diante dos obstáculos. Se formos perseverantes, vamos alcançar tudo que pedimos.

A parábola de hoje nos mostra que devemos rezar sempre e nunca desistir. Quando nos dirigimos a Deus carregamos os irmãos nos nossos pedidos. Há muitas maneiras de pedir, a Palavra diz: “Pedi e recebereis, batei e será aberto”, a oração do Pai Nosso é também uma maneira de pedir.

Em nenhum trecho do Evangelho encontramos alguém que diz: “Senhor, ensina-me a falar e a pregar!”. Foram atrás de Jesus e pediram, “Ensina-nos a rezar!”. Precisamos aprender a rezar, na oração entramos na intimidade de Deus, tocamos a eternidade de Deus.

Muitas vezes, ocorre que não sabemos rezar e pedir. Quando rezamos esquecemos que ainda não é o tempo de Deus, porque o tempo Dele é diferente do nosso. Queremos as coisas para ontem e se Deus não dança conforme toca a nossa música dizemos: “Deus se esqueceu de mim!”. Deus não se esquece de ninguém.

Vivemos em um mundo onde se valoriza a aparência, mas Deus enxerga por trás das aparências e sabe a vontade que está no seu coração. Quando entramos na intimidade de Deus, através da oração, precisamos ter uma profunda confiança, porque Deus nos conhece, antes de formularmos nossos pedidos Ele já conhece. Temos que rezar e pedir com perseverança e não desistir diante de recusas e outras dificuldades.

A viúva do Evangelho resistiu às humilhações e o juíz a atendeu. Deus que é misericordioso vai nos atender, basta confiar e não desistir. O Seu amor é tão grande que é capaz de recriar o mundo por nós. E no Salmo cantamos, “Lembrai sempre as maravailhas do Senhor!”.

As bancas na feira que têm mais gente são aquelas que têm novidade. A novidade atrai e vocês se chamam Novas Comunidades, por isso estão atraindo. Mas, às vezes, corremos o perigo de olhar no espelho e enxergar a nós mesmos. Precisamos olhar o horizonte, olhar mais longe, para não pensarmos somente em nós mesmos. Na frente, o Senhor nos espera como missão, por isso precisamos olhar para frente e não para trás. Precisamos ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo e se temos os mesmos sentimentos de Jesus, a novidade da nossa Comunidade vai continuar a brilhar e vamos atrair mais pessoas para essa caminhada.

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“A Igreja espera de todos nós, especialmente das Novas Comunidades, frutos maduros de comunhão e empenho.” (Dom Alfredo). Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O Espírito nos deixa maravilhados e suscita novidades que causam admiração

O Espírito Santo muda a história de pessoas. Isso aconteceu no Concílio Vaticano II, a Igreja descobriu a dimensão carismática. O Espírito conduz a Igreja por meio dos sacramentos e distrui os dons a cada um como Lhe apraz. Nas Comunidades de vocês Ele distribuiu as qualidades e talentos, dons e virtudes, não para serem enterrados, mas para servirem a Igreja.

Temos que nos abrir à ação do Espírito e a Igreja espera de todos nós, especialmente das Novas Comunidades, frutos maduros de comunhão e empenho. Vocês são uma resposta suscitada pelo Espírito Santo, vós sois a resposta providencial para este mundo onde existem tantos desequilíbrios, e quem disse isso foi São João Paulo II. Como exemplo de desequilíbrio há a ideologia de gênero. Na formação cristã, jamais falte o discernimento e a confiante obediência aos bispos.

Temos que dizer: “Vinde Espírito Santo e renove a face da terra! Vinde Espírito da vida, da verdade, da comunhão e do amor!” A Igreja e o mundo têm necessidade de vocês como Novas Comunidades. Sejam perseverantes na oração, na partilha. Nossa Igreja começou através de uma Nova Comunidade que também causou diversas reações. Quando Pedro saiu nas praças e ruas não faltaram pessoas ordenando que ele se calasse. A resposta de Jesus era: “Não podemos nos calar!”, e a Igreja chegou até os nossos dias.

Somos convidados a buscar os mesmos sentimentos de Jesus. Façamos um constante exame de consciência! Deixemo-nos guiar pelos sentimentos de Jesus Cristo na busca pela santidade!Nós somos capazes de alcançar a santidade, ela não é algo reservado, todos nós temos a missão de procurar a santidade, pois através dela vamos transformar este mundo.

Os pontos da responsabilidade de professar a fé cristã

Primeiro, temos que professar a fé cristã com seu conteúdo integral sobre Jesus Cristo, a Igreja e a pessoa humana. Segundo ponto, o testemunho de uma Comunidade sólida, convicta com o Papa, com os bispos e uma estima recíproca de todas as formas de apostolado. Uma estima recíproca, também, às outras Comunidades. No mundo de hoje, as pessoas olham umas para as outras como concorrentes e assim não deve ser. Devemos fazer da nossa caminhada aquilo que Jesus nos ensina na quinta-feira santa, o lava pés. Deus deve estar em primeiro lugar, em segundo o povo de Deus e eu em terceiro lugar. Não devemos procurar a nossa pessoa. Outro ponto é o empenho de uma presença na sociedade humana, o testemunho de vida. O último ponto é a participação e solidariedade para construírem condições mais justas e fraternas na nossa sociedade.

O Papa Francisco, essa semana, disse: “Vocês, como leigos, não são a segunda categoria na Igreja, foram batizados tal como nós e têm que inscrever a lei divina na realidade do mundo.” Aí está a missão de vocês que fazem parte destas Novas Comunidades. Por isso, assim como a viúva, pobre, perseverou através da insistência, nós também precisamos ser perseverantes na oração, na comunhão, na partilha, na meditação da Palavra de Deus.

Tantos conseguiram, vocês também podem conseguir!

Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes

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