O amor humano como expressão do amor divino

O amor humano é expressão do amor divino

O livro ‘A beleza da mulher a ser revelada’ é fruto do meu relacionamento com meu noivo Guilherme. hoje, vamos pregar em cima da Carta do Papa Francisco para os noivos, um diálogo entre o Papa e os noivos, portanto vamos trabalhar três perguntas feitas ao Papa.

O medo do “para sempre”

Pergunta feita ao Papa: “Santidade, muitos pensam que prometer fidelidade para toda a vida é um compromisso muito difícil. Muitos sentem que o desafio de viver juntos para sempre é bonito, fascinante, mas muito exigente, quase impossível. Pedimos que sua palavra possa nos iluminar sobre esse aspecto.”

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Guilherme Zapparoli e Fernanda Soares – Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

 

Resposta do Papa: É importante perguntar se é possível amar “para sempre”. Hoje, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas, pois isso parece impossível. Hoje, tudo está mudando rapidamente, nada dura muito tempo. E essa mentalidade leva muitos, que estão se preparando para o matrimônio, a dizer: “Estamos juntos enquanto durar o amor”. Mas o que entendemos por “amor”? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Se é isso, você não pode construir seu relacionamento em algo sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e nós podemos ter como exemplo o modo como é construída uma casa.

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Guilherme: Tudo muda muito rápido, o mundo é acelerado, precisamos voltar ao que o Papa fala, não cairmos na cultura do provisório. Precisamos voltar ao que o Papa diz sobre o amor, pois ele não é apenas o sentimento.

O relacionamento é algo que cresce, não só por causa da idade e do tempo. Precisamos crescer e não parar na superficialidade.

Fernanda: Eu trazia em mim o medo de dar passos em um relacionamento por causa das decepções amorosas que vivi no passado. O que me ajudou a dar esses passos? A segurança e decisão do Guilherme.  No dia 03 de fevereiro de 2012, ele se declarou para mim e disse que estava me pedindo para fazer um “caminho de namoro, para namorar e também para se casar comigo.

Quando ele se declarou, não acreditei. Eu ri! Mas ele disse que não queria me convencer de uma vez, mas aos poucos. À medida que nosso relacionamento foi crescendo, percebi que era verdadeiro o que ele me dizia. A cada passo que dávamos, eu ia sendo curada pela constância do Guilherme, que era diferente dos outros relacionamentos que eu já havia vivido.

“No amor não há temor; antes, o perfeito amor lança fora o temor” (I Jo 4,18). Quando eu tive de encarar a realidade de que meus pais, possivelmente, não estarão no meu casamento, percebi que eu era presa à presença deles no meu matrimônio, então o amor não era livre! Mas eu tive a coragem de não querer atrasar mais o meu casamento somente para que meus pais estivessem. Por amor ao Guilherme, tomei a decisão de me casar com eles independente da presente dos meu pais.

“Uma casa se constrói junto, e não sozinho! Construir aqui significa favorecer e ajudar o crescimento. Caros noivos, vocês estão se preparando para crescer juntos, para construir esta casa, para viver juntos para sempre. Não queiram fundá-la sobre a areia dos sentimentos que vêm e vão, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus. A família nasce desse projeto de amor que quer crescer como se constrói uma casa, que seja lugar de afeto, ajuda, esperança e apoio. Como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também o amor que funda a família queremos que seja estável e para sempre. Não devemos nos deixar vencer pela ‘cultura do provisório’!

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Jovens acompanhando a pregação de Guilherme e Fernanda – Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como se cura esse medo do “para sempre”?

Portanto, como se cura esse medo do “para sempre”? Cura-se dia por dia, confiando-se ao Senhor Jesus em uma vida que se torna um caminho espiritual diário, composto por etapas, crescimento comum, o compromisso de se tornarem homens maduros e mulheres de fé. Porque,  o ‘para sempre’ não é apenas uma questão de tempo! Um matrimônio não é apenas bem sucedido se dura, mas é importante a sua qualidade. Estar juntos e saber amar para sempre é o desafio de esposos cristãos.

Vem-me à mente o milagre da multiplicação dos pães: também para vocês, o Senhor pode multiplicar o vosso amor e dá-lo fresco e bom todos os dias. Ele tem uma fonte infinita! Ele vos dá o amor que é o fundamento de vossa união e cada dia o renova, o fortalece. E o torna ainda maior quando a família cresce com os filhos. Neste caminho, é importante e necessária a oração. Peçam a Jesus para multiplicar o vosso amor. Na oração do Pai-Nosso nós dizemos: ‘Dá-nos, hoje, o nosso pão cotidiano’. Os esposos podem aprender a rezar assim: ‘Senhor, dá-nos hoje o nosso amor cotidiano’, ensina-nos a amar, a querer bem um ao outro! Quanto mais vocês se confiarem a Ele, mais o amor de vocês será ‘para sempre’, capaz de se renovar-se e vencer todas as dificuldades” (trecho da Carta do Papa Francisco para nos noivos).

Guilherme: O Papa não nos deixa caminhar de qualquer jeito, ele aconselha os noivos a cultivarem a vida de oração.

Fernanda: É bom que cultivem juntos a oração. Nós vamos à Missa juntos todos os dias, frequentemente rezamos o terço. Homem e mulher precisam ser íntimos do Espírito Santo.

Confira testemunho do casal:

 

Guilherme: O fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas, diz: “A ‘casa’ nos fala de lar, família, aconchego, calor humano, responsabilidade uns pelos outros. E isso depende de nós. Não pré-existe. Somos nós que criamos esse ambiente favorável a uma sadia recuperação”.

O estilo da celebração do matrimônio

Pergunta feita pelos noivos ao Papa na carta: “Nestes próximos meses, estamos nos preparando para nosso casamento. O senhor pode nos dar algum conselho para celebrar bem o nosso matrimônio?”. Disse-lhes o Santo Padre: “Façam de um modo que seja uma verdadeira festa, uma festa cristã, não uma festa social. A razão mais profunda da alegria desse dia nos indica o Evangelho de João: vocês se recordam do milagre nas bodas de Caná? Em um certo momento, o vinho faltou e a festa parecia arruinada. Por sugestão de Maria, naquele momento, Jesus se revela pela primeira vez e realiza um sinal: transforma a água em vinho e, assim, salva a festa de núpcias. O que aconteceu em Caná, há dois mil anos, acontece, na realidade, em cada festa de núpcias: o que fará pleno e profundamente verdadeiro o matrimônio de vocês será a presença do Senhor que se revela e dá a sua graça. É a sua presença que oferece o ‘vinho bom’, é Ele o segredo da alegria plena, que realmente aquece o coração.

Ao mesmo tempo, no entanto, é bom que o matrimônio de vocês seja sóbrio e faça sobressair o que é realmente importante. Alguns estão mais preocupados com os sinais exteriores, com banquetes, fotografias, roupas e flores… São coisas importantes em uma festa, mas somente se forem capazes de apontar o verdadeiro motivo da alegria de vocês: a bênção do Senhor sobre o amor de vocês. Façam de modo que, como o vinho em Caná, os sinais exteriores da festa revelem a presença do Senhor e recorde a vocês e a todos os presentes a origem e o motivo de vossa alegria.

Fernanda: A preparação para o casamento precisa partir do casal. O que mais o irrita no outro? Você tem a capacidade de aguentar essa pessoa pelo resto de sua vida? O que faz meus pais se manterem casados até os dias de hoje? O amor. Mas é preciso dizer que o amor passa pela cruz. Onde há tribulação, prova, ali está o amor de Deus.

O amor que passa por sofrimentos e lutas, é o que verdadeiramente faz com que naquele altar possamos declarar verdadeiramente nosso amor.

Guilherme: Não são as coisas, a realidade material que levamos no casamento, mas o que construímos um com o outro. Gaste tempo querendo encontrar com seu noivo, sua noiva, porque é isso que vamos levar para nossa vida inteira.

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Estamos na expectativa do nosso matrimônio. Rezem por nós!

Ouça monsenhor Jonas falando sobre o livro de Fernanda Soares:

 

 

Adquira esta pregação pelo telefone: (12) 3186 – 2600

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