O Pai procura adoradores

Eugênio Jorge

Eugênio Jorge. Foto: Bruno Marques/cancaonova.com

A Eucaristia é o centro da nossa fé. Jesus já não está mais morto, e sim ressuscitado diante dos nossos olhos. Jesus faz novas todas as coisas, Ele é a razão do nosso existir, do nosso seguir em frente sem nunca desistir. Ele é a nossa vitória.

Há muitos anos, fui convidado para um encontro numa cidade distante daqui. Chegando ao local, encontrei uma comunidade dividida, todo o povo estava muito sofrido. Em meio àquele caos, eu perguntava: “Meus Deus, e agora?”. Imediatamente, Deus me deu uma inspiração: uma canção. No final da oração daquele encontro, veio-me a canção. O próprio Espírito Santo soprava no meu coração, e a canção se chama ‘Um Deus apaixonado’.

O que presenciamos na Semana Santa, nada mais é do que a presença de um Deus apaixonado, que entrega o Seu Filho único por amor a nós. É maravilhosa a realidade de estarmos diante de um Deus apaixonado, além de ser o motivo de estarmos agradecidos.

Quando Nossa Senhora vê Jesus caindo com a cruz, Ela vai correndo ao encontro d’Ele, mas Cristo olha para Ela e diz: “Mãe, eis que faço novas todas as coisas”.

É verdade que nos emocionamos muito neste tempo da Quaresma e da Semana Santa, porque nos entristecemos com a dor de Jesus, porém, a tristeza dura só uma noite, porque, na manhã seguinte, vem a alegria.

Ser adorador é adotar um novo modo de vida, é estarmos prontos onde quer que estejamos

Jesus impera em todas as nossas realidades, Ele é capaz de agir nas situações de nossa vida. Cristo venceu e somos vencedores com Ele. São Paulo vai dizer: “Em Cristo somos mais do que vencedores” (cf. Romanos 8,37).

O Pai procura verdadeiros adoradores. E quem são esses adoradores? É o povo que compreende a grandeza da misericórdia e do amor d’Ele. O sangue que foi derramado na cruz por nós não é calculado, esse débito não podemos pagar, devemos apenas ser gratos. Sejamos gratos a Deus, porque Ele nos ama, e isso basta.

Se tem uma coisa que nos entristece é uma pessoa mal agradecida. É triste quando fazemos tudo o que podíamos e a pessoa diz: “Não serve. Não gostei. Não tem valor para mim”.

Deus enviou Seu Filho para que fôssemos salvos, não foi para condenar o mundo. E a grande tristeza do coração de Deus é quando desconfiamos do amor d’Ele. Tenhamos um coração agradecido por tudo que Ele é.

Os adoradores adoram Deus, porque O conhecem e O amam. Conhecer o mistério de Deus é o desafio para o tempo sombrio em que vivemos. Busquemos a face amorosa d’Ele e percebamos o quão grandioso é o Seu amor.

A razão de Jesus ter vindo ao mundo não foi pela imensidão do Universo, mas pelo nosso pequeno mundo, pelo mistério do Deus que se debruça sobre nós.

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Ser adorador é adotar um novo modo de vida. São Paulo vai dizer: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,21).

Jesus morreu por nós, e nós viveremos por Ele. A maior adoração é acreditar que Jesus morreu por nós e viver por Ele o resto da nossa vida, sempre cheios de gratidão. Ser adorador é adotar um novo modo de vida, é estar pronto onde quer que esteja. A adoração se faz nas coisas simples da vida.

Transcrição e adaptação: Karina Silva

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