A essência da Pastoral da Música

Luiz Carvalho – Comunidade Recado
Foto: Arquivo/Cancaonova.com
A música tem o poder de tocar e abrir o coração dos fiéis para a Palavra de Deus, fato que revela a importância dos ministérios de música nas paróquias e comunidades. É fundamental que a Pastoral da Música conheça a liturgia e as canções adequadas para cada momento litúrgico para ajudar nessa missão.

O papel das pastorais é instruir os ministérios de música da paróquia com formações sobre como prepararem as canções da Celebração Eucarística e de outros eventos eclesiais. Segundo Luiz Carvalho, fundador da Comunidade Recado, a pastoral precisa conhecer muito bem a liturgia para que possa auxiliar o sacerdote durante a celebração da Santa Missa.

“A Pastoral da Música, na paróquia, é essencial para alegria dos paroquianos e também para muitas pessoas é motivação, pois quantas vezes ouvimos os fiéis testemunharem que é através da canção que eles se abrem e se soltam para o novo de Deus e para a vida na comunidade paroquial. A pastoral tem esta capacidade e a graça de facilitar a experiência de Deus, ou seja, transformar o povo coletivo em uma comunidade”, afirma o missionário e músico.

O fundador da Comunidade Recado recorda que hoje a realidade dos ministérios de música das paróquias é bem diferente de alguns anos atrás, pois antes as comunidades não estavam tão abertas para a evangelização com as artes e a música e também faltavam instrumentos e bons equipamentos. Hoje, a Pastoral da Música conta com o apoio dos sacerdotes e de pessoas que auxiliam na formação destes cantores de Deus.

A música contribui com a espiritualidade
Foto: Arquivo/Cancaonova.com
“Os próprios integrantes da Pastoral da Música, muitas vezes, não tinham consciência do trabalho ao qual eles eram chamados a exercer em sua comunidade e faziam muita coisa de improviso. Hoje, graças a Deus, as coisas mudaram para melhor, pois tanto os sacerdotes acolhem e auxiliam muito a equipe de música, orientando-a e apoiando-a com bons instrumentos, como os músicos têm se preparado muito mais com o estudo da liturgia, da técnica, sabendo utilizar os instrumentos na medida certa e contribuindo com a ação litúrgica e não competindo com ela”, ressaltou Luiz.

Outro ponto recordado pelo missionário é o cuidado que os ministérios precisam ter com relação às canções e à forma de cantar, reforçando que é preciso haver uma postura diferente deles ao serem convidados para animar um retiro e ao tocarem durante a Eucaristia.

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“Na celebração Eucarística os ministérios de música são chamados a contribuir com sua música, sendo parte integrante da liturgia, que tem normas e regras próprias para que a assembleia possa viver aquele momento como uma comunidade cristã. A missão do ministério é levar todo o povo de Deus a um momento de oração litúrgica”, afirmou o ministro de música. Já durante os encontros, eventos, momentos de louvor e nos grupos de oração é preciso que o ministério de música saiba conduzir a oração pelo canto, para que as pessoas se sintam bem e com o coração repleto de felicidade para louvar a Deus.

“No momento de animação do encontro, do retiro ou até no grupo de oração o ministério de música tem uma liberdade muito maior para agir com o povo e também para levá-lo a Deus. Nos momentos de espiritualidade carismática, de oração e encontro, é quando mostramos para o povo que, com a ajuda da música, chegamos mais perto de Deus, para juntos vivermos a oração, o arrependimento do pecado, do perdão e da cura interior”, explicou o consagrado.

O mais importante é que tanto os leigos como os consagrados que fazem parte da Pastoral da Música sejam instrumento de Deus para a salvação, formação e conversão dos fiéis.

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