Devemos ser vigilantes e romper com o ceticismo

Padre Adriano Zandoná, missionário da Canção Nova, é um dos pregadores do Acampamento de Cura e Libertação, que acontece na sede da comunidade de 11 a 15 de novembro, em Cachoeira Paulista (SP).

O sacerdote, que dividirá o palco do Centro de Evangelização com o exorcista padre Rufus Pereira durante as pregações, fala sobre exorcismo e como os cristãos devem agir para se prevenir da ação do demônio em suas vidas.

Padre Adriano Zandoná
Foto: Robson Siqueira

cancaonova.com: Padre, como o senhor analisa a descrença de algumas pessoas em relação à existência do demônio?

Padre Zandoná: A descrença em relação ao maligno deixa as pessoas extremamente vulneráveis à ação dele. É importante termos em mente que a Constituição Dogmática 'Dei Verbum', do Concílio Vaticano Segundo, diz que existem três vias de revelação para nós cristãos católicos: a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério. Todas elas nos advertem da existência do demônio. O Sagrado Magistério nos fala sobre a existência desse mal, em especial o Papa Paulo VI, que chegou a chamar o demônio de "o mal personificado", dizendo que quando ignoramos a sua presença, nos tornamos presas fáceis dele. É importante ressaltar que não podemos supervalorizar a ação do mal em nossas vidas, pois muitos dos nossos problemas são causados pelos nossos próprios erros. Por isso, precisamos romper com todo e qualquer ceticismo, pois quem não acredita na existência do mal torna-se um alvo fácil dele.

cancaonova.com: O Brasil é um país predominantemente católico. Como o senhor avalia o trabalho dos ministros de exorcismo?

Padre Zandoná: Dentro de uma diocese, o exorcista, por excelência, é o bispo ou o arcebispo no caso de uma arquidiocese. Um padre só pode atender um caso de exorcismo caso seja delegado pelo bispo, e mesmo assim, não é qualquer sacerdote que está preparado para esse ministério. No Brasil, existe uma necessidade muito grande de padres exorcistas, até mesmo pela miscigenação do nosso povo, pela entrada de outras culturas que trazem a marca de religiões de invocam espíritos, práticas essas condenadas pela Sagrada Escritura. O Livro de Deuteronômio 19, 8 nos fala que Deus não quer que invoquemos espíritos, pois essas são práticas abomináveis, ou seja, são anticristãs. Então, quando a pessoa busca soluções para seus problemas invocando os mortos ou no contato com espíritos, ela está se consagrando ao mal. Se você já procurou algumas dessas realidades, procure a confissão e faça uma oração de renúncia.

cancaonova.com: Além da oração, quais fatores o senhor apontaria como determinante para aqueles que desejam se prevenir da ação do malígno em suas vidas?

Padre Zandoná: Precisamos conhecer de quais meios o maligno se utiliza para agir em nossas vidas, porque é importante termos em mente que há três realidades que ele busca em nós: a tentação, para que busquemos uma vida só de prazer e contentamento momentâneo; a opressão, quando a pessoa não está possessa, mas está oprimida a ponto de necessitar de uma oração de libertação; e, por fim, existe a realidade da possessão, quando a pessoa perde controle total sobre suas ações.
Quando buscamos auxílio em falsas religiões, estamos abrindo a primeira brecha para que o mal entre na nossa vida. Outra realidade que possibilita essa ação é a ausência de vida de oração, falta de confissão e comunhão. Devemos entender que a oração é a maior arma contra o mal e é nela que devemos nos sustentar.

cancaonova.com: O senhor poderia deixar um recado para as pessoas que estão se preparando para vir ao Acampamento de Cura e Libertação?

Padre Zandoná: Gostaria de dar as boas-vindas aos irmãos que vão chegar e que venham com o coração aberto, bem descansados, para que possam realmente se aprofundar e participar como se deve. Participem das Santas Missas, estejam atentos a todas as pregações e venham sem medo. Saibam que Jesus é o Senhor e Ele é o vencedor por excelência, pois venceu na cruz por nós. Olhem mais para Jesus do que para o mal, mas não ignorem a ação deste.  Outra coisa que gostaria de dizer a todos, para que consigamos alcançar nossa libertação, é que devemos investir na nossa cura interior, pois, primeiramente, precisamos resolver todas as coisas em nossas vidas. Peça a alguém da sua paróquia que reze por você, fazendo uma oração de cura interior. Busque ler sobre cura interior e até mesmo faça um retiro, desatando os nós no seu coração para que você não fique vulnerável diante da ação do mal. Não existe libertação sem cura interior, pois ela é essencial para que, de fato, sejamos libertos e conservemos essa libertação em nossas vidas.

Se você vem para o Acampamento de Cura e Libertação na Canção Nova, saiba que a Comunidade está empenhada em acolher com carinho todos os peregrinos que passam por sua sede. Para isso, a obra conta com uma ampla infraestrutura em um ambiente alegre, acolhedor e cheio de paz.

Se você mora no Vale do Paraíba, região de São Paulo; no sul de Minas Gerais ou no sul do Estado do Rio de Janeiro (RJ), regiões próximas à sede da Canção Nova, reúna sua família, traga seus amigos e venha passar momentos de intimidade com Deus neste Território Eucarístico. 

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Para mais informações entre em contato pelo telefone (12) 3186-2600.

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