"Opção radical pelos pobres", exorta padre Alexandre Nahass

“Caridade como força da evangelização”. este foi o lema da 23ª edição do Avivamento Vicentino que aconteceu neste domingo (26) na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). O evento, foi voltado aos vicentinos de todo o Brasil e contou com o seu tradicional Festival de Musica Vicentina (Femuvi) no sábado (25), reunindo bandas de espiritualidade vicentina de todo o país, além de testemunhos, pregações e animações.

::Veja o banda ganhadora do (Femuvi)

São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac
Foto: Célia Grego

Neste ano, os vicentinos prestaram uma homenagem a São Vicente de Paulo por ocasião dos 350 anos de sua morte e de Santa Luísa Marillac (Co-fundadora junto com São Vicente das Filhas da caridade de São Vicente de Paulo) onde tiveram presente as relíquias dos santos.

"Como que nós podemos reviver esse espírito vicentino da caridade e da missão após 350 anos? A resposta está no fato de que nós seguimos Jesus Cristo, evangelizador, servidor e libertador dos pobres". Disse padre Alexandre Nahass, assessor espiritual do Conselho dos Vicentinos, durante a sua pregação.

Na parte da tarde, testemunhos sobre a obra e a vocação vicentina, e na Santa Missa de encerramento, padre Alexandre Nahass convocou os vicentinos a fazerem a sua opção radical pelos pobres.

"Hoje é o ultimo domingo do mês de setembro, dia da Bíblia. A Palavra de Deus nos convida de maneira muito especial, a nós Família Vicentina – a fazer uma opção radical pelos pobres.

Jesus na parábola do Rico e de Lázaro, que ouvimos na liturgia deste domingo, Ele não está preocupado com o que o rico fez, ele vê que o rico não tinha o seu coração em Deus, mas na sua riqueza. O único que tem nome na parábola é o pobre Lázaro, e o rico não. Porque o pobre tem a sua dignidade diante de Deus.

O profeta Amós vem provocar os poderosos deste mundo, vem provocar aqueles que não olham para os pobre, os oprimidos. E nós vemos que esta palavra também é para nós brasileiros, onde 70 % da riqueza do Brasil está nas mãos dos ricos, sendo que apenas 30% da riqueza do nosso país está dividida entre uma multidão de pobres.

Se nós não escutarmos esta parábola vamos ser cobrados por ela, porque a Palavra diz que havia um grande abismo entre o rico e o pobre, e nós vemos que este abismo é real, mas a medida que o abismo entre o rico e pobre aumenta, aumenta também o abismo entre o homem e Deus, porque não há a partilha." Disse o sacerdote em sua homilia.

Padre Alexandre Nahass
Foto: Carlos Eduardo/CN

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