A devoção ao coração de Jesus

Foto: Robson Siqueira

É muito bom estarmos celebrando este final de semana do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra depois da Páscoa duas festas importantes, Corpus Christi e do Sagrado Coração de Jesus. A Igreja ensina que a gente celebra aquilo que gente acredita, aquilo que a gente reza e celebra.

A nossa vida religiosa é feita daquilo que acreditamos e celebramos. Este tempo forte passando pela Páscoa, Pentecostes, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, a Igreja termina com essas duas festas para dizer que todas as festas são fruto do amor de Deus.

O coração de Jesus é o símbolo deste amor. Jesus nos mostra um coração humano, um coração que nos ama. Jesus fez a Santa Margarida Maria Alacoque muitas promessas, e quem correspondesse ao seu amor seria muito abençoado.

E hoje eu quero falar um pouco sobre esta devoção, Padre Cláudio assumiu diante de Santa Margarida Maria, o compromisso de espalhar esta devoção ao mundo inteiro. Essa devoção é chuva de graças. Quando Jesus conversou com Santa Margarida, Ele disse “meu coração está tão apaixonado pelos homens e especialmente por ti” , que queria derramar Seu amor pelos homens.

Não deixamos o pecado por medo, deixamos o pecado por amor. Como vamos descobrir, experimentar o amor de Deus? Jesus quer apresentá-lo a nós, então, amaremos sem medos.

Todas as devoções a Jesus são apresentadas assim, temos também Santa Faustina, e a mensagem é de amor, a confiança na misericórdia. Jesus fez com que ela tivesse a imagem daquele quadro maravilhoso (água e sangue jorrando do seu coração), para saber que além de nossas faltas, “Jesus eu confio em vós”.

Santa Terezinha do Menino Jesus também passava essa mensagem, para ir para o céu basta se abandonar nas mãos de Deus. Ela encontrou o caminho da infância espiritual, ela encontrou o coração de Jesus.

Todas estas santas viveram o amor ao coração de Jesus. E Jesus quis que fosse celebrado uma festa ao seu Sagrado Coração, para que todos atraídos ao seu coração pudessem beber com perene alegria na sua fonte salvadora.

Na cruz Jesus mostrou para nós seu amor. Jesus foi na cruz por nós, para Deus se fazer homem, é um rebaixamento enorme, porque o homem é uma criatura de Deus, Ele assumiu nossa natureza humana para nos salvar. E quando Jesus subiu ao céu, na festa da ascensão, Ele elevou o homem ao céu. Ele fez o caminho contrário de Adão, o caminho da obediência, da humildade. São paulo diz que “Ele se fez obediente, obediente até a morte de cruz”, a pior morte daquela época. Jesus ficou pendurado por três pregos, cravados no punho e nos pés, e naquela posição o corpo não conseguia respirar.

Podemos nos perguntar, será que não havia outro jeito da humanidade ser salva, além desta tragédia tão grande? O catecismo nos responde, primeiro para mostrar a nós seu amor, até que ponto Deus é capaz de chegar no Seu amor por nós. E também o amor de Jesus, pois foi Ele que quis morrer para nos salvar. Deus deu a maior prova de amor por nós. O catecismo nos ensina que Deus poderia ter escolhido outra forma, mas Ele na Sua sapiência, quis desta forma, para que ninguém duvidasse de Seu amor por nós.

Foto: Robson Siqueira

A segunda coisa que o catecismo diz: é que a cruz foi a maneira que Ele usou para dar sentido ao sofrimento do mundo. O sofrimento, a morte não é criação de Deus, “foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo”, foi pelo pecado que o sofrimento entrou no mundo. “O salário do pecado é a morte” (Rom6,23). Se formos procurar a raiz de todo sofrimento vamos encontrar o pecado. Não que você sofra somente por causa do seu pecado, nem sempre a gente sofre por causa de nosso pecado, mas do pecado da humanidade. Quando o pecado entrou na humanidade, ele feriu a todos. O pecado é a raiz de todo mal, por isso Jesus veio para tirar o pecado do mundo. Ele não veio para outra coisa, pois o pecado é a raiz de todo mal.

A terceira coisa que o catecismo diz: A humanidade feriu o coração de Deus com o pecado e somente um sacrifício infinito poderia reparar esta ofensa. Foi preciso a oferta, a oblação, de uma vida divina (mas também humana) para satisfazer a justiça divina. O pecado fere a majestade infinita de Deus, e só pode ser reparado pelo sacrifício da vida do próprio Deus.

Jesus não quer perder nenhum de nós, ele se desdobrou para mostrar isso. Quanto ele conta a parábola do pastor que deixa as 99 no aprisco e vai buscar uma que está perdida, Ele diz há mais alegria no céu por um pecador que se converta do que 99 justos, com isso Ele quer dizer que não quer que nenhum se perca.

Uma das sete palavras de Jesus na cruz, é “Tenho sede”, o soldado quis dar vinagre para Jesus, mas a sua sede era de almas, de que a sua morte fosse suficiente para conquistar todas as almas. Se quisermos dar a nossa resposta a devoção do Sagrado Coração de Jesus é preciso trabalharmos para a salvação das almas. Jesus não quer perder nenhum dos seus, pois fomos feito Sua imagem e semelhança, para vivermos eternamente com Ele.

A grande mensagem do coração de Jesus é essa, não há pecado que não possa ser perdoado. O tentador diz que se você pecou, você tem que sumir da Igreja, mas não. Jesus nos mostra a sua misericórdia. Muitos se afastam da Igreja, de Deus pois pensam que seu pecado não há mais jeito. Mas o catecismo afirma, que não há pecado que a Igreja não possa perdoar, se a pessoa estiver realmente arrependido. Não há limite para o perdão de Deus.

Uma só gota do sangue de Jesus perdoaria todos os pecados, mas Ele quis mostrar seu amor se entregando totalmente.

Muitos tem medo do inferno, mas Jesus apareceu a Irmã Consolata e disse que só vai para o inferno quem quer. Ninguém pode arrancar ninguém das mãos de Jesus, mas cada pessoa tem a liberdade de querer sair. Que nenhum de nós tenha medo de ir para o inferno, claro que nenhum de nós abusaremos da misericórdia de Deus.

Jesus disse para Consolata, que Ele tem necessidade de vítimas, pessoas que ofereçam sua vida a Deus, vidas consagradas, pessoas que tem coragem de se entregar a Deus.

E Jesus disse para ela o porquê dos sofrimentos do mundo, “quantas orações sobem ao céu pela falta de dinheiro”. Jesus salva muitas pessoas pelo sofrimento, Ele permite porque existem pessoas que somente no sofrimento O procuram. Na abundância as pessoas O esquecem, mas quando estão na miséria se voltam para Ele. Jesus deu um sentido ao sofrimento, Ele fez com que o sofrimento abrisse a porta da salvação. Ele recicla todo sofrimento humano.

Infelizmente muito de nós fazemos de Deus um pronto-socorro, mas quando está tudo bem esquecemos das orações, das novenas.

Fui numa delegacia e lá estava escrito “na hora do perigo as pessoas se lembram de Deus e chamam a polícia, passou o perigo esquecem de Deus e amaldiçoa a polícia.” Precisamos ser cristãos maduros, que mesmo na abundância não esquecemos de Deus, nosso relacionamento com Deus precisa ser de filhos, não de escravos ou de mercenário.

Jesus diz a Consolata, lança seus pecados na fornalha ardente do meu coração. Talvez você não possa salvar muitas almas, mas você pode salvar uma, e isso já vai ser uma festa no céu. O mundo está atolado nas mentiras, nas seitas, e a mentira é o caminho da perdição, das trevas. O coração de Jesus está sangrando por causa disto e nos pedindo: “vamos salvar essas almas”, “Dai-me almas”.

Não é a toa que Monsenhor colocou o nome do projeto mais importante da Canção Nova, de “dai-me almas”, que é o grito do coração de Deus. Só pararemos de trabalhar para o Senhor na hora da nossa morte.

Vamos satisfazer o coração de Jesus, que tanto nos ama.

 

 Transcrição e adaptação: Regiane Calixto


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