Aliança de Deus

Ouça proclamação do Evangelho João 8, 51-59

Caros irmãos, próximos a Semana Santa, a Palavra de Deus nos vem lembrar de um Deus que faz alianças.

Aqui a proposta é de Deus, e Ele que não tem nada a ganhar fazendo aliança conosco, porque Ele é Deus. O que nós  damos a Ele em troca é problemas, desobediência, ofensas… Mas ainda assim Ele insiste, porque Deus é amor, e o amor se expande, o amor olha para o necessitado. Ele não nos olha de longe. Ele é aquele Bom Samaritano que se debruça sobre a nossa situação, as nossas misérias, para nos reerguer, nos levantar.

Deus toma decisões definitivas, mas nós nos esquecemos daquilo que nos comprometemos com uma determinada ação, e nos esquecemos na primeira esquina.

A palavra de Deus é sempre a mesma. Ele quer uma aliança para sempre: “Eu serei o seu Deus”. Essa é a proposta de Deus para nós, de ser Deus para nós, o absoluto. Depois Jesus vem revelar a nós, um Deus que tem o rosto de Pai, de Pai misericordioso e compassivo, atento sim, ao pecado dos seus filhos, não para nos condenar, mas para nos levantar. Ele sabe de que matéria somos feitos, que somos de barro e conhece as fragilidades do nosso coração. Deus, nunca se decepciona conosco, porque Ele conhece o nosso coração, e sabe da nossa boa vontade, mas sabe que nossas limitações são maiores que a nossa boa vontade. E não nos condena, porque é um amigo e quando Ele quer fazer aliança conosco, é porque sabe que nós precisamos d'Ele.

Assim como aquele homem que estava largado lá todo machucado e sozinho e se não fosse o Bom Samaritano o ter colocado no cavalo, e levado para a hospedaria, ele teria morrido. Por isso Deus quer cuidar de nós. Ele quer que nos esforcemos para cumprir a aliança, a decisão de sermos fiéis, de guardar a aliança, Ele sabe que somos fracos, mas o Senhor, nos conhece, Ele não gosta que sejamos medíocres, em pensar: "eu sou fraco mesmo", e deixo me levar pelo pecado. Ele não se agrada com aqueles que são mornos.

Ele deseja que guardemos a Palavra no coração, e a coloquemos em prática. É certo que muitas vezes não entendemos os apelos de Deus, mas devemos fazer como Maria, que guardava tudo no seu coração, como diz no evangelho de São Lucas.

Jesus quer que entremos na intimidade do Pai. Jesus deseja que conheçamos o Pai, para amá-Lo. Deus através de seu Filho continua querendo fazer uma aliança conosco. E o que devemos fazer é ouvir a Igreja que recebeu a Palavra para guardá-la, e para nos ajudar a entendê-la. Muita gente se surpreende, e diz que a interpretação não é livre, mas nós temos que olhar o sentido da Igreja, aquilo que a Igreja vai nos dizer, para evitar que dez pessoas diferentes, tirem dez conclusões diferentes e opostas entre si. Se é Palavra de Deus, ou quer dizer sim, ou quer dizer não.

A Igreja que recebeu a Palavra quer nos transmitir a verdade, porque a verdade vos libertará. Por isso ninguém pode sair falando o que quer, mas sim o que a Igreja diz.

A Igreja quer nos ensinar da água fonte que possui e que saiu do lado de Jesus. Esta água, é o Batismo. Aproximar do sacramento é beber desta fonte de água viva que a Igreja nos oferece. Entrar na Igreja e fazer um pacto com Deus, é comprometer-se com os irmãos. Na Igreja não existe o salva-te a ti mesmo, mas sim quando se salva, se arrasta uma multidão. Como fazer isso? Amando aqueles que estão mais próximos.

A caridade deve ser organizada. Não é conveniente, que saiamos por aí, mas nos reunirmos em mutirões, para ajudar os mais necessitados. A necessidade urgente é conhecer as riquezas doutrinais da nossa Igreja.

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica é uma riqueza deixada por João Paulo II, e todos deveriam ter, para ser usado junto com a Bíblia. Este Compêndio nos apresenta a verdade de fé. Aproveite este presente que o Papa João Paulo II nos deixou.

Eu penso que o grande problema da nossa Igreja é o desconhecimento das riquezas que ela possui. Tempo é questão de preferência, se nos aplicarmos, grandes serão os frutos.

Transcrição: Célia Grego
Fotos: Natalino Ueda
Áudio: Renan Félix

↑ topo