Chamados à ousadia da fé

Padre Jorge Bispo
Foto: Wesley Almeida/ Cançãonova.com

Nessa celebração de hoje, irmãos, vou falar com vocês sobre aqueles que guardam a Palavra de Deus.

Você sabe quanto é precioso o seu “sim” para o Senhor? De fato, a Palavra tem de ser guardada em seu coração, pois se for apenas uma palavra, não terá importância.

Muitos homens e mulheres foram ousados, pois foram além. Viver em Deus é uma ousadia da fé, pois você vai até os confins da Terra.

Disse-lhes Jesus: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados. Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam" (cf. Marcos 16- 15,20).

Nós somos como o boi, pois não sabemos a força que temos. Nós cristãos esquecemos que temos a força de Deus, e, muitas vezes, estamos como a Samaritana, estamos no poço, mas passando sede.

Enquanto eles falavam ao povo, vieram os sacerdotes, o chefe do templo e os saduceus, todos contrariados, porque ensinavam ao povo e anunciavam, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos. Prenderam-nos e os meteram no cárcere até o outro dia, pois já era tarde. Muitos, porém, dos que tinham ouvido a pregação creram, e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil. No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém os chefes do povo, os anciãos e os escribas com Anás, sumo sacerdote, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem pontifical. Colocando-os no meio, perguntaram: "Com que poder ou em que nome fizestes isso?". Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: "Chefes do povo e anciãos, ouvi-me: se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós" (Atos 4).

Nós estamos com muitos covardes por aí, pois questionam a fé das pessoas. Pedro teve coragem, foi ousado, e nós precisamos ser como ele. Se a Igreja incomoda muitas pessoas, se muitos se incomodaram pela visita do nosso Papa, é porque a Igreja é de Deus.

Se existe algum culpado pelas pessoas saírem da Igreja, somos nós, pois não a apresentamos bem aos outros. Elas não se sentem atraídas. Não adianta querer que as pessoas se apaixonem por Deus se continuam distantes; elas precisam ter um encontro pessoal com Jesus. Há pessoas que abandonam a fé por pouca coisa.

Se queremos viver uma fé autêntica, nesse Ano da Fé, precisamos viver, a cada dia, com ousadia nas dificuldades, pois nada é fácil. Quantas quedas temos em nossa caminhada! Nós temos uma meta: o céu.

"Não desista, seja ousado!"
Foto: Wesley Almeida/ Cançaonova.com

Quando me refiro à ousadia, não digo para você sair pelas ruas com um microfone gritando a todos que você é católico, estou dizendo para você não ter vergonha de ser o que é. Afinal de contas, será que a nossa fé não é valiosa?

Temos que aprender a ser ousados, aprender a assumir a nossa fé. Por Deus nós temos de ter coragem de anunciar a verdade que nós cremos.

O Senhor nos conquista para conquistarmos os outros. Não desista, seja ousado, pois as palavras comovem, mas os testemunhos arrastam. Você pode fazer grandes mudanças com suas palavras. Faça bem feito, capriche, não seja relaxado nas coisas do Senhor, pois quem ama cuida. Faça o melhor!
  
Seja santo nas pequenas coisas, em coisas simples, não tenha vergonha de ser aquilo que você é: católico, apostólico. Deixe sua preguiça de lado e vá fortalecer a sua fé, seja inteiro de Deus.

Que o Senhor suscite em você o seu amor para com ele.

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

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