Esperar Jesus com esperança

Celebrando exatamente o sacrifício de Jesus no altar da cruz, queremos colocar profundamente toda a nossa vida diante dele mais uma vez.

E o tempo do Advento – palavra que significa “aquele que há de vir” – nos faz lembrar profundamente de um dos fundamentos extraordinários da fé católica, que é exatamente a segunda volta do Senhor. Alguns pregam que a segunda volta de Jesus é uma metáfora, e que ela se dá com a morte corporal de cada um, o que não é verdade. A sua morte corporal é uma realidade, como o julgamento da sua alma imortal é outra realidade. A volta do Senhor Jesus é outra realidade que será histórica como foi a primeira vinda d'Ele.

Olhando para a realidade do mundo, a qual nós chamamos de modernidade, vemos um mundo que vai excluindo os mais pobres, os pequeninos, um mundo onde as pessoas pensam que têm o direito de tirar a esperança do sofredor.

A grande realidade é esta: O Senhor vai voltar. Diante do tribunal de Cristo Jesus, nós todos, como lembrou o Santo Padre, estaremos como que nus diante do Senhor, exatamente para dizer que nada ficará escondido diante do Senhor no momento do Juízo Final ou no grande momento da Sua vinda gloriosa.

Está escrito no livro do Apocalipse: “Todos os olhos o verão, até aqueles que o transpassaram.”

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Ontem foi exibida uma reportagem afirmando que no próximo ano haverá nas escolas públicas máquinas de preservativos por ordem do governo federal.

E há outras leis que tramitam no Congresso, como a legalização da prostituição, o casamento de homossexuais, o aborto, a eutanásia, e tantas outras realidades que nos assustam profundamente, as quais têm como fundamento uma negação total e explícita do temor a Deus.

Como diz no Evangelho: “Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam e davam-se em casamento" (Mateus 24, 37-38). Ou seja, faziam tudo aquilo que lhes vinha à mente, ao coração, aos sentidos. A mesma coisa hoje está acontecendo de uma forma muito mais dura, mais latente e explicita porque não há mais vergonha nem temor a Deus. Esta é a desgraça maior de um país: não ter temor a Deus.

Há um estudo de um padre exorcista a respeito do aborto dizendo que o fundamento maior entre os que querem o aborto é poder oferecer todas as crianças que morrem abortadas a satanás. Veja aonde chega o não temor a Deus. Todas as crianças que são abortadas, entendam de forma desejada, são oferecidas a satanás. E tramita no Congresso a lei do aborto, que dará a liberdade para uma mãe abortar até o sétimo mês de gravidez. Então, a  pergunta que fica é: Onde está o temor a Deus?

Há muitos que acreditam somente naquilo que querem e zombam de Jesus e de nós. Dizem: "Quem vai obedecer ao Papa, quem vai obedecer a Igreja?"

Você pode entender o inferno com muita tranqüilidade. Inferno é quando um homem coloca toda a sua vida na riqueza, no matar, aniquilar, faz isso porque pensa que o Senhor Jesus não vai voltar, que o Cristianismo é apenas uma devoção de multidões. Eles não acreditam no Evangelho de Jesus, porque se acreditassem nele obedeceriam.

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Quando eu me importo somente com a minhas dores, isso não é cristianismo. Quando você conhece Jesus, e tem a sua vida mudada por Ele, a sua primeira atitude é entrar na Igreja, é dar a vida pelo outro.

Vejam filhos como Advento do Senhor não é uma espera sem esperança. Eu espero o Senhor que vai voltar. Ao mesmo tempo nós sabemos que a nossa esperança não é somente para a vida eterna, mas que é tocada já na minha vida, porque eu já O conheço e O adoro. Se você não for o que Deus quer, você está perdendo o seu tempo. Esperança não decepciona, mas ai do cristão que mata a esperança do outro.

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O Santo Padre disse, ontem, que a graça não exclui a justiça. Você tem a graça de ter, mas onde está a sua justiça, meu irmão, minha irmã? Por isso a Igreja sempre viu que a volta de Jesus é muito breve; os mártires e os santos diziam que o Senhor vai voltar. O sofrimento do pobre é clamor de esperança para nós. A esperança é a alma do Advento. O Senhor vai voltar e o que eu estou fazendo?

Não fiquem com inveja dos poderosos, como dizem os Salmos. Você que luta, que está suando, não fique com inveja dos poderosos, pois felizes daqueles que vivem a cada dia com alegria e escutam o clamor do outro. Você nunca será salvo sozinho, você precisa trazer a dor do outro em você.

Aceitar o outro que sofre significa de alguma forma assumir o sofrimento como seu. Sofrer com os que sofrem, chorar com os que choram é o que diz o apóstolo São Paulo. Então seus medos, seu egoísmo, depressão serão curados.

Filhos e filhas da Igreja, que este Advento possa mudar a nossa vida. Com alegria se revistam de Jesus Cristo, pois o Senhor vai voltar, sejam fiéis à Igreja e não tenham medo de amar.

Transcrição e aúdio: Célia Grego
Fotos: Renan Félix

 


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