Eu e minha família serviremos ao Senhor

Marcos Jolbert
Foto: Maria Andrea
Hoje, 7 de abril, o Papa Bento XVI disse aos bispos indianos de tradição siro-malankareses, em visita ad Limina: "A Igreja não pode mais contar com a sociedade para uma compreensão do matrimônio no sentido cristão". Bento XVI enfatizou que é preciso pensar no casamento como um vínculo duradouro, estável, aberto à geração dos filhos, porque a família se tornou frágil diante de valores que colocam os filhos apenas como um direito e não como um dom.

O Santo Padre faz essa afirmação não apenas aos bispos, mas ao mundo inteiro. Meus irmãos, quando li isso, vi que era preciso também ler um documento que o saudoso Papa João Paulo II escreveu às famílias, no qual ele revela que a situação das famílias apresenta dois aspectos. No positivo, a família está como um sinal e mostra a salvação operante de Cristo no mundo. No lado negativo, mostra a recusa do homem ao amor de Deus.

João Paulo II também fala sobre a qualidade matrimonial que se dá no diálogo, no respeito entre o homem e a mulher. Uma qualidade de diálogo que não é somente de um homem e de uma mulher, mas de grandes amigos que decidem juntos viver o amor e a amizade.

Há também, dentro deste contexto positivo, a dignidade da mulher, que é companheira, amiga, a ajuda adequada como lemos em Gênesis: "Não é bom que o homem permaneça só" (Gênesis 2,18). Também há a preocupação com a procriação responsável, a paternidade responsável, que faz bem aos pais e à comunidade. A sociedade espera de nós, casais cristãos, um testemunho de vida, como a educação dos filhos.

Vivemos numa sociedade individualista, sem partilha. Muitas vezes, não sabemos o nome do vizinho do lado. Às vezes, ele espera de nós uma mensagem de apoio, uma palavra de acolhimento, mas talvez ele também espere pela ajuda com um pouco de açúcar ou café. Não sabemos pelo que nosso irmão do lado está passando; ele pode estar precisando de ajuda e não lhes estamos estendendo nossas mãos. É responsabilidade da nossa família relacionar-se com outras famílias com um apoio espiritual e material.

"A Igreja não pode mais contar com a ajuda da sociedade para promover o matrimônio"
Foto: Maria Andrea

A sociedade espera de nós uma resposta. O Papa Bento XVI foi muito claro no dia de hoje, dizendo que a Igreja não pode mais contar com a ajuda da sociedade para promover o matrimônio. Isso me provoca e me faz pensar: Como estou promovendo a imagem de uma família cristã?

A sociedade está se afunilando de tal forma, que estamos nos deixando levar por ela. Esse é o aspecto negativo da falta de amor do homem por Deus. A concepção errônea dos cônjuges entre si, pois não se vive mais a amizade, a comunhão. O Pontífice fala sobre a concepção errônea da independência dos cônjuges, pois há a liberdade de cada um para que se acertem.

Com relação à autoridade dos pais e filhos, percebemos uma inversão de valores. Há filhos mandando no pai e na mãe. Digo a vocês: em casa é preciso que haja regras; há quem manda e há quem obedece. Os pais precisam saber onde seus filhos estão; enquanto ele está sob seu bolso, quem tem responsabilidade sobre eles é você. Qual valor você está dando para seu filho? Como você o orienta?

Outra questão é o aumento do número de divórcios. Você precisa começar a pronunciar na sua casa: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Meus irmãos, precisamos fazer alguma coisa, por isso quero fazer um apelo a você: o de levantar uma bandeira de famílias cristãs. Isso peço a todas as igrejas cristãs, a todos irmãos adventistas, anglicanos, presbiterianos, para que levantemos uma bandeira de famílias saradas, de famílias cristãs.

Precisamos fazer algo na nossa Igreja. Movimente a sua paróquia, o seu vizinho, faça uma ajuda comunitária. É preciso que nos posicionemos como uma família cristã. É uma responsabilidade dos pais saber conversar, dialogar.

“Somente o amor, erradicado na fé, pode levar a adquirir a capacidade de interpretar os sinais dos tempos”. Só assim vamos discernir em qual trilha estamos.

Escolha, hoje, a quem você quer servir: a Deus ou ao demônio? Guiados pelo Espírito Santo, precisamos tomar uma decisão concreta. Quanto a mim, eu e minha família serviremos ao Senhor. Monsenhor Jonas Abib nos diz que a partir do momento em que assumimos essa responsabilidade, tudo começa a mudar.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

 



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