Identidade e missão da família

Marcos Azambuja
Foto: Robson Siqueira/CN

Em I Tessalonicenses capitulo 4, versículo 3 diz: “A vontade de Deus é a vossa santificação.” Se olharmos na Palavra, vemos que a vontade de Deus é que sejamos santos, perfeitos, porque dentro de nós existe esta essência divina, pois somos imagem e semelhança do Pai.

Há uns anos atrás tivemos uma Campanha da Fraternidade com o tema: “E a família como vai?” E nós precisamos dar a resposta desta pergunta que nos foi feita. Nós não podemos deixar de levar nossos filhos à Igreja, com receio de que atrapalhe o padre durante a Missa. Eu, desde pequeno acompanhei meus pais nos encontros em que iam, e brincava no pátio da Igreja enquanto meus pais estavam participando da Missa e dos encontros que iam. Em um determinado momento eu senti o desejo de tocar violão e perguntei a eles: "será que posso tocar violão na Missa, como aqueles que eu já vi tocando?" Isso só aconteceu porque meus pais não tinham o receio de me levar à Igreja.

Como responderemos à pergunta "e a família como vai?", se nós estamos sendo levados pela onda da sociedade e não pelo Evangelho? Em um documento do Papa João Paulo II, a carta apostólica para as famílias, “Familiaris consortium”, na terceira parte deste documento temos o título “Os deveres da família cristã". E o Papa não diz os deveres dos esposos ou dos filhos, mas sim os deveres da família cristã.
E quais são estes deveres? Primeiro, a formação de uma comunidade de pessoas. Segundo, o serviço à vida. Terceiro, a participação no desenvolvimento da sociedade, e quarto dever, a participação na vida e na missão da Igreja.

E nós vamos falar sobre a identidade e missão da família à luz do documento “Familiaris consortium” escrito por João Paulo II. A família propicia vivermos a realidade da comunhão. Nós devemos sair da realidade individualista da sociedade, que diz, "isso é meu", "isso é seu" e assim a família forma uma realidade da comunhão e ela também dá testemunho por si só. É engraçado ver que as crianças quando se juntam trocam entre si os carrinhos, mas sabem discernir qual é o seu próprio carrinho. Devemos nos questionar com quem andamos com quem nossos filhos nos vêem andando, como nossos filhos vêem que estamos nos portando diante das pessoas, pois implica em testemunho, a minha responsabilidade como família é formar um ser humano bom, porque a nossa essência é divina.

'A família propicia vivermos a realidade da comunhão', diz Marcos
Foto: Robson Siqueira/CN

Na Canção Nova a gente trabalha muito, mas nos preocupamos em estarmos juntos durante as refeições, aprendemos que ali na mesa é hora de a gente se escutar, de educar os filhos. Mas a sociedade imediatista não propõe mais esse tipo de coisa, nem mesmo as TVs seculares propõe um horário para as crianças, em suas novelas, em seus jornais só vemos violência. Mas nós precisamos ser como sais na massa e precisamos dar testemunho de que a família forma uma comunidade de pessoas.

Casais os momentos de tensões que vocês estão vivendo no relacionamento, estão sendo diante das crianças? Eles não precisam conhecer o que é briga entre vocês, ele precisam sim conhecer pais que são diferentes, mas se acertam, são diferentes, mas se amam, os filhos precisam ter um testemunho de pais que se entendem. Os nossos filhos precisam aprender a dizer desculpa, de que forma? Vendo seus pais fazerem isso! Precisamos dar respostas diferentes, respostas de conversão em nossas famílias.

É responsabilidade do homem cuidar das pessoas que estão sob o seu teto. A sociedade diz que a mulher tem que ser independente e tem que ter os mesmos direitos do homem e nisso tem mulher hoje querendo fazer papel de homem, e assim estão desconfigurando aquilo que é matéria prima do Senhor que é o homem e a mulher e o fruto disso que é a família.

O pai na família é importante, único e insubstituível, e nós vemos por nossa experiência de família o quanto o pai equilibra a casa, muitas vezes a mãe tem uma docilidade e o pai vem equilibrar isso, equilibra também afetivamente tanto filha como filho. Nós sabemos disso, porém nos deixamos ludibriar pela sociedade e acabamos esquecendo disso. É função dos pais educarem os filhos, todo mundo tem limite, pois quando não se tem limite tudo vira uma desordem, as desordens ocorrem porque não existem limites. Na sua família, você pai e você mãe, na sua casa existem limites?

A sua família esta sendo uma escola de amor? O Papa em um dos textos inicia dizendo: Família torna-te aquilo que tu és! É função da família orientar os filhos para que sejam boas pessoas.

Transcrição: Flávio Pinheiro


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