Para um cristão não pode haver diferença entre felicidade e santidade

Padre Rodrigo
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
O esforço de ajudar o outro começa pela nossa própria conversão. O que podemos fazer para colaborar com um mundo melhor é lutarmos pela nossa salvação.

Nós nos vemos em tempos catastróficos, por isso, necessitamos que surjam homens e mulheres, jovens e crianças dispostos a serem presença de Deus nos lugares em que convivem com os demais. Não se trata de pessoas que caiam do céu ou façam coisas retumbantes, mas católicos que acreditem em Deus. Precisamos de famílias santas.

O Papa João Paulo II, quando veio ao Brasil pela segunda vez, disse: "O Brasil precisa de santos, de muitos santos". Os santos são as únicas pessoas que podem contribuir para um mundo melhor, porque eles levam a sério a Palavra de Deus. Neles, a ação do Senhor não é interrompida pelo medo ou pelo pecado, pois estão totalmente abertos ao Espírito Santo.

O que é difícil e raramente encontramos, nos dias de hoje, são pessoas que vivam a santidade e cheguem à verdadeira compreensão do Evangelho. Em nossos dias, temos visto poucos ouvintes e poucos leitores da Palavra de Deus.

Chegamos a um tempo em que nem tudo o que é pregado é verdade. Nós perdemos muito daquilo que o Senhor plantou em nossos corações. Até 50 anos atrás, 70% das famílias iam à Santa Missa, acreditavam naquilo que os sacerdotes pregavam. Hoje, a situação é muito diferente, pois entramos numa era em que há uma indiferença muito grande em relação à Palavra de Deus. A culpa, em grande parte, é de nós sacerdotes, porque muitos nos deixamos conduzir por falsas ideias, falsas conclusões, muitas vezes, somos levados por más influências e conclusões erradas.

"Temos de retornar à verdade e à simplicidade de Deus"
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como podemos chamar de Cristianismo e de Evangelho aquilo que muitas pessoas têm vivido? Muito do que temos chamado de Cristianismo não o é de fato. Precisamos viver a Palavra do Senhor, principalmente quando olhamos a catequese dos Santos Padres, a insistência contínua deles para que as pessoas tomem consciência do que é ser um cristão ativo.

Temos de retornar à verdade e à simplicidade de Deus, pois o povo tem necessidade de saber qual é a verdade d'Ele, para que, assim, não vivam uma farsa, pensando que estão vivendo o Cristianismo.

Quantos jovens, e também adultos, passaram a achar normal as atividades sexuais pré-matrimoniais. Temos visto famílias doentes que sofrem a desagregação, manchadas pela falta de amor, falta de diálogo. Muitas vezes, tudo isso é causado pelas novelas que levam as pessoas a buscar os falsos valores. Quantos se destroem pela falta de moral, por aventuras falsas, por uma vida desregrada!

Em busca de conforto, as pessoas vão atrás de seitas que estão "vendendo" um Evangelho falsificado, no qual facilidades são apresentadas às pessoas. Mas precisamos retornar à verdade da Palavra se quisermos salvar nossas pobres almas e fazer resplandecer, de novo, o Cristianismo, como nos tem gritado profetas como João Paulo II, Bento XVI, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce e grandes santos que têm se esforçado para mostrar ao mundo a verdadeira face do Evangelho.

O problema do mundo é a compreensão errada da felicidade. Todos querem ser felizes, pois este anseio foi plantado no coração do ser humano por Deus. Nós aspiramos à felicidade, mas muitos a buscam na aparência, no dinheiro e perdem a consciência do céu; assim, são facilmente iludidos por satanás. Tudo isso tem levado muitas pessoas à depressão, ao vazio. Nunca houve tanta gente deprimida, tantas pessoas infelizes, angustiadas e que fizessem tantas loucuras. O índice de suicídios nunca foi tão alto como no nosso tempo; nunca o ser humano foi tão dominado por instintos malignos; nunca ele fez tanta guerra. Nunca houve tanta fome, embora seja produzido tanto alimento. Nunca tivemos tanta carência de paz, embora haja tanta diplomacia entre os países.

" O problema do mundo é a compreensão errada da felicidade"
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Irmãos, para um cristão, não pode haver diferença entre felicidade e santidade. Essa é a razão pela qual os santos eram pessoas felizes. Embora tivessem passado por embates e sofrimentos, viviam para Deus e eram preenchidos por Seu Espírito e conduzidos por Ele.

A maioria das pessoas busca por Deus apenas quando precisa de algum bem, alguma cura, mas depois O deixam na periferia de suas vidas. Essas pessoas são beneficiadas pelo amor do Pai, mas não vivem para Ele, por isso, mesmo recebendo de Deus o que precisam, não se sentem felizes.

O amor que se deve ter a Deus consiste na obediência. Isso é amor e é o que torna o homem verdadeiramente feliz. Não é um “sentimentalismo”, mas algo concreto. Temos de conservar a amizade com Deus Pai, porque Ele é a nossa felicidade. Perder a comunhão com Cristo é deixar a felicidade escapar por nossos dedos.

A devoção a Santíssima Virgem também é caminho de felicidade para o cristão. A devoção a Nossa Senhora não é um ato opcional, mas uma exigência de Jesus Cristo, porque se Deus a escolheu, quem somos nós para dizer o contrário?!

O cristão deve fazer como São João, que acolheu a Virgem Maria. O autêntico cristão é aquele que obedece ao Senhor e acolhe o Seu ensinamento. Qual a missão de uma mãe? É gerar seu filho, nutri-lo, acompanhar as etapas de seu desenvolvimento. Cristo nos deu Maria, como Mãe, com esse propósito. Nós também somos educados por ela quando permitimos. Jesus nos deu Maria, por Mãe, para que a obedeçamos. A Virgem Santíssima não é um obstáculo para nossa relação com Cristo; ao contrário, ela é aquela que nos une a Jesus.

Quando em 1917, aparecendo aos Três Pastorinhos, Nossa Senhora pediu que rezássemos o terço todos os dias, foi para que, se fizéssemos isso, nossa vida fosse diferente! Se, em vez de assistirmos às novelas das 19h, rezássemos o terço, as famílias seriam restauradas.

Os casais, em sua maioria, precisam ter fé em Nossa Senhora para resgatar sua família, restabelecer o amor entre os dois. Outro pedido que Maria nos fez foi: “Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Assim, as famílias aprenderão a rejeitar o pecado e amar a Deus sobre todas as coisas.

Meus amados irmãos, gostaria de incentivá-los a tornar conhecida a consagração a Nossa Senhora.

Deus abençoe a cada um de vocês e lhes dê a graça de amar a Jesus Cristo de maneira incondicional, de forma a darmos nossa vida por Ele.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

 



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