Programa de Vida Nova

Padre João Ceconelo
Foto: Clarissa Oliveira

Programa de vida nova Sobriedade e paz, só por hoje. E só por hoje Graças a Deus, Sobriedade e Paz. Estamos aqui para apresentar o programa de vida nova que norteia a pastoral da sobriedade, e foi se consolidando nas paróquias, ajudando a resgatar vidas através de uma proposta, não somente de abstinência mas de mudança de vida, de conversão.

Nós sabemos que cada dependente de nossa comunidade é um filho da Igreja e sendo nosso filho, não podemos deixá-lo de lado. Temos que fazer algo de concreto aqui e agora.

A pastoral da sobriedade só dá certo se primeiro eu viver o programa dos doze passos. O Senhor vai nos ajudando, e vamos admitindo que precisamos melhorar sempre algo em nossa vida. O programa de vida nova, norteia as famílias que não tiveram o encontro pessoal com Jesus, e a Igreja vai apresentando esta proposta, do evangelho de Jesus para que as pessoas encontrem o caminho da vida, o caminho da libertação.

'Nada muda, se eu não mudar”, então precisamos para entender o flagelo da dependência química, é necessário mudar nossa atitudes. Eu preciso mudar primeiro, não adianta os pais ficar acusando o filho, se eles não mudarem.

Muda o seu jeito de ser, e primeiramente o seu jeito de pensar, quem está no mundo da droga, está sempre pensando em se drogar novamente, se centrarmos nossa vida em Jesus, tudo muda na nossa casa. A mudança precisa começar por mim.

O programa não é somente para o dependente, mas para toda família. O programa não quer trabalhar somente com o dependente, mas com a família (codependentes). Pois quando os filhos usam drogas, toda a família está desestruturada. É muito mais difícil, ter um filho drogado numa família que frequenta a Igreja, pois esta é uma família cristã, que não se deixa levar pelas coisas do mundo e os casos de drogas normalmente existem em famílias desestruturadas, que não estão engajadas na comunidade.

Primeiro passo: admitir. Admitir que precisamos de ajuda, da ajuda da igreja e dos irmãos. Admitir que eu tenho vícios e sozinho não consigo me libertar. O programa propõe um caminho, onde eu quero me transformar, é preciso admitir que preciso mudar.

Segundo passo:
confiar. Nós vemos famílias que não conseguem sair dos vícios, pois confiam apenas em suas forças, mas é em Jesus que devemos colocar nossa confiança. Precisamos clamar para que nossa família encontre a alegria por causa da dependência química perdeu-a. O problema é que nossos jovens ficam um tempo na comunidade e quando se recuperam, acham que podem caminhar sozinhos e esquecem do programa, e cai novamente. A pastoral da sobriedade, diz que o milagre se dá na perseverança, para não recair, pois recair significa sofrimento. Quem admite, confia em Jesus Cristo que pode nos curar.

Terceiro passo:
Entregar. Me entregar a Jesus libertar, que restaura a minha vida, até então estava entregue a outras mãos. Quem admite, confia e se entrega. A solução está na família que começará a se converter.

Padre João Ceconelo
Foto: Clarissa Oliveira

Todo dependente enquanto não disser basta, não tem solução, não tem tratamento que dará certo. Muitos quererão experimentar as coisas do mundo, mas nós da pastoral levamos a prevenção, para que os jovens não caiam na dependência do mundo, mas mantê-los nos caminhos de Jesus. Quem sabe lidar com a vida, não entrará nas drogas, quem está com Jesus não necessita experimentá-las.

Quarto passo: arrepender. Arrependido, voltar para a casa do Pai, para a benção, pois é o Pai que me acolhe incondicionalmente. A pastoral tem essa missão de acolher a todos incondicionalmente, a todos que nos procuram, ir ao encontro das famílias que sofrem e levar a esperança e propor o programa de vida, mas sabendo que é Jesus que vai curar e libertar.

Quinto passo: Confessar. Quem está arrependido, confessa. Confessa os seus pecados. O dependente depois de ter o encontro com Jesus, ele conta o dia em que ele voltou para a casa do Pai. Quem se arrepende, se confessa irá renascer.

Sexto passo: Renascer. Renascer do Espírito, e o homem se torna uma criatura nova, e se torna realmente seguidor de Jesus. Renasce na sobriedade. A pastoral tem a proposta de fazer com que a pessoas se tenha uma vida nova, que não fique apenas na abstinência, mas que renasça, tenha um vida nova. Se eu renasço eu pago os meus erros, então preciso reparar.

Sétimo passo: Reparar. Reparar os meus erros, devolver para mãe e para o pai alegria que ele roubou, pois quando há um dependente toda a família fica doente e é necessário reparar. Temos que reparar a pena, os males que eu causei.

Oitavo passo:
Professar a fé. O dependente químico em sobriedade dá seu depoimento, é necessário professar a fé, o que Jesus está fazendo na sua vida.

Padre João Ceconelo
Foto: Clarissa Oliveira


Nono passo:
Orar e vigiar. É preciso orar e vigiar todos os dias, e orar em família. Se você ama seus filhos, você precisa conduzi-los a vida eterna, através da oração, dar a benção antes de eles irem para escolha, e não somente a benção de palavras, mas a benção afetiva, abraçar os filhos, pois assim se conhece os cheiros, pois quando seu filho usar a drogas, perceberá o cheiro diferente. Se você não abraça o s seus filhos todos os dias, as drogas irão abraçar. É necessário essa afetividade, ente pais e mãe, mãe e filhos.

Décimo passo:
Servir a igreja só serve para servir, servir ao modo de Maria. Se a Igreja não servir, e para a realidade de dependentes, senão servimos, não servimos para nada. Precisamos olhar o dependente com o olhar de Jesus cristo, fazer dos excluídos nossos preferidos.

Décimo primeiro passo: Celebrar.
Celebrar todos os dias a eucaristia para que sejamos alimentados e também alimentados com a Palavra de Deus, não somente eu, mas toda a família. Para um dependente, ele celebra o dia da sobriedade a cada dia. Celebrar não somente com palavras, mas com a vida.

Décimo segundo
passo:
Festejar, festejar que é possível crer e acreditar em Jesus, eu preciso fazer da minha vida uma festa. Eu não preciso de drogas para celebrar e festejar, eu preciso acreditar e professar o nome de Jesus.

É isto que a pastoral apresenta como proposta de vida, quer que as igrejas aceitem como proposta de libertação. De Anunciar o Evangelho que já é uma proposta de vida plena que transformará nossa comunidade.

Transcrição e adaptação: Regiane Calixto

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