Romper com o sistema do mundo

Jorge Aparecido
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

Muitas coisas do que fazemos e vivemos nos tempos atuais nos distanciam da realidade do fim dos tempos. Justamente, por isso, existe uma dificuldade em nós de compreendermos aquilo que o Senhor tem reservado para nós. Em Apocalipse 13, 16-18, podemos ver claramente os sinais [do fim do tempo e da Vinda de Jesus] que o evangelista João nos deixa, quando diz que aqueles sinais aconteceriam antes da Vinda de Jesus.

Nessa passagem, São João afirma que não seremos capazes de comprar ou vender, ou seja, nós seremos reféns de alguém ou de um sistema. Além disso, a passagem bíblica também nos alerta sobre o fato de que só poderão adquirir algo aqueles que tiverem uma marca na mão direita ou na sua fronte. Este momento que virá vai atingir a todos aqueles que não acreditam na Providência Divina e se tornaram dependentes do consumismo. Porém, aqueles que forem capazes de acreditar [nas promessas de Deus] e confiar que Jesus pode prover nossas necessidades serão capazes de enfrentar esses sinais.

No Brasil já existe um projeto para que, até o ano de 2019, todas as informações essenciais do cidadão estejam em um único cartão. No entanto, essa realidade vai mais longe e, nos Estados Unidos, já foi desenvolvido um microchip que pode ser implantado sob a pele do ser humano. Com ele todas as informações essenciais de uma pessoa estarão ali e, além disso, ele já pode substituir o cartão de crédito. No início da década de 1990, conhecemos o código de barras, cuja função é identificar produtos e suas características, como preço, entre outros. Esta tecnologia possui ligação direta com o sistema do mundo, pois o objetivo é padronizar e ter controle, primeiro de produtos e, futuramente, como vimos acima, dos seres humanos.

O que é importante entender de tudo isso e, a partir deste ponto, começar a entender a relação disso com o sistema do mundo? Precisamos estar atentos para compreendermos como ele funciona, para que não sejamos enganados por ele. Uma das premissas da Nova Era é “normalizar” [relativizar] as coisas, ou seja, fazer com que tudo, para nós, seja normal e não nos manifestemos mais diante de situações que antes eram ofensivas. Outro ponto fundamental, a esse respeito, é a questão dos alimentos transgênicos, que são alimentos manipulados para, em um primeiro momento, serem mais resistentes a determinadas pragas e condições climáticas das regiões.

Contudo, com esse tipo de controle [tecnologias de alimentos transgênicos] também é possível controlar a produção, tornando uma semente fértil ou infértil. Ou seja, é possível que haja o controle da produção de alimentos da forma que quiserem. Nós vivemos em um momento propício para que os sinais [relatados nos livros bíblicos] se cumpram, pois existem tecnologias capazes de nos impedir que compremos ou vendamos qualquer coisa sem que estejamos sob o controle de alguém. Além dos pontos ditos acima, podemos colocar também o grande nível de controle de informação existente por meio da internet.

"Não se torne refém do sistema do mundo", exorta Jorge Aparecido
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

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Atualmente, existem sistemas tecnológicos capazes de catalogar qualquer tipo de transação de informação que fazemos, isto é, é possível vigiar qualquer ação que praticamos na rede mundial de computadores. É importante estarmos cientes dessas coisas, porque, quando chegar o momento, vamos precisar escolher entre esse sistema e o sistema de Deus. Se não tivermos o conhecimento necessário, correremos o risco de fazer a escolha errada. A partir do momento em que isso nos for apresentado, isso será feito da seguinte forma: Aqui está o anticristo, que trouxe paz e prosperidade. Você opta por esta paz e prosperidade ou pelo seu Deus? Nesse referido momento, será proposta a inclusão da tal marca para que usufruamos desse sistema de forma melhor. Tudo isso, graças a um líder que será colocado no poder justamente para trazer esta realidade. Quando visto sob essa ótica, serão considerados loucos aqueles que rejeitarem essa paz e essa prosperidade.

Porém, a que custo teremos acesso a tudo isso em nossa vida? Deus, em Sua sabedoria, nos dá armas para lutarmos contra essa realidade. O exercício da partilha é uma delas, pois essa prática nos prepara para que estejamos aptos a dividir o que temos no momento em que chegar o fim dos tempos. Por isso, monsenhor Jonas nunca aceitou que publicidades pagas fossem veiculadas no Sistema Canção Nova de Comunicação, porque isso exercita em nós e em todos os sócios evangelizadores, que contribuem com essa obra, o desejo de partilhar.

Infelizmente, a sociedade foi conduzida a ter vergonha do seu Criador. Nós somos uma geração que precisa testemunhar Deus, porque se não fizermos isso, as palavras de nada adiantarão. Por isso que o chamado de Deus para cada um hoje é que testemunhemos sem medo da reação de outras pessoas. Com a proximidade do fim dos tempos, a sede de levar Cristo para o próximo deveria ser maior, mas é justamente o oposto que temos visto. Este é o desejo do sistema do mundo, pois quanto menos falarmos d'Ele, maior será o número de adeptos ao seu sistema [sistema do mundo].

Diante de tudo isso, não podemos nos esquecer nunca da nossa missão: anunciar Cristo ao mundo. Não podemos deixar que nossos irmãos sejam pegos despreparados; mas, pelo contrário, estejam prontos para compreender esses sinais e dar uma resposta de amor a Deus.

 

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza

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