Você já disse para si mesmo que pertence a Deus?

Amados irmãos e irmãs, a Igreja celebra hoje São Martinho de Lima, um peruano que se consagrou a Deus, tornou-se um frade dominicano e viveu intensamente a sua pertença ao Senhor. Quem já leu algum trecho de sua biografia pode tomar conhecimento de que ele teve experiências místicas quando o Senhor lhe revelou o mistério de Seu amor por meio do crucifixo e da Eucaristia. Martinho de Lima era profundamente eucarístico e sua devoção ao crucifixo foi deixando seu coração se modelar por Deus em benefício aos pobres, aos pequenos, à bondade e misericórdia divina.

Hoje, a Igreja nos propõe esse modelo de santidade. São Martinho foi realizando um caminho de subida ao céu, com os pés na terra, pela via da humildade.

Você já disse para si mesmo que pertence a Deus? Olhe para suas misérias, para o seu coração, lá onde Deus habita e Seu Espírito marca, com força, a Sua presença. Olhe para seu coração e diga com alegria, como fazem os santos e santas do Senhor: “Eu pertenço a Deus”. Quando estiver convencido disso, experimentará uma alegria profunda.

Se você viver como pertença ao Senhor, certamente há de morrer n'Ele. Tenha essa certeza de fé.

Meus irmãos, é interessante que os santos de Deus testemunharam com a vida sua pertença. A vida de São Martinho traduziu-se numa oferta generosa aos pobres e pecadores, para que todos pudessem fazer a experiência do amor e da graça do Senhor, da salvação. Martinho não vivia para si mesmo; pelo contrário, o amor de Deus, derramado em seu coração, o motivava a romper contra todo e qualquer egoísmo para o bem dos outros. Ele vivia a graça de pertencer a Deus não vivendo para si mesmo, para seus sonhos e projetos pessoais, mas para os outros, fazendo de si um bem para os outros.

Quem vive para si mesmo e se deixa levar por ideais egoístas, de modo algum viverá como pertença ao Senhor. O segredo para tal é fazer de si um dom para o bem comum. Isso devemos começar a partir do seio de nossa família, dentro de nossa casa sem nos importarmos com os agradecimentos, os eventuais louvores que as pessoas hão de nos dirigir por causa dos nossos serviços. Mas vivê-lo no dia a dia, com simplicidade, fazendo valer a pertença ao Senhor.

O amor de Deus é gratuito, incondicional. Ele não exige que sejamos santos e perfeitos para que posamos experimentar o Seu amor. Ele ama gratuitamente. Deus manifestou plenamente o seu amor pela humanidade enviando-nos Seu Filho quando a humanidade inteira estava mergulhada no pecado. Tenha a certeza que, porque recebemos o dom do Espírito, somos capacitados a amar como Jesus amor, esse amor que se alegra simplesmente por amar, sem esperar gratificações, reconhecimentos. Mas, ao mesmo tempo, precisamos saber que é muito bom conviver com uma pessoa generosa, que nos ama gratuitamente, que faz da sua vida um dom para o bem dos outros. Todos nós nos sentimos tocados pelo exemplo dessas pessoas.

O Evangelho de hoje é precioso. Em Lucas 15,1-10, o evangelista dedica as parábolas da misericórdia. Na primeira parábola, Jesus conta sobre a ovelha perdida. A alegria do pastor que deixa no deserto as 99 ovelhas para ir em busca de uma que se perdeu. Ao encontrá-la, reúne os amigos e diz: “Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15,6-7).

Meus irmãos e irmãs, hoje, damos graças a Deus pelos 3 anos de Reconhecimento Pontifício da Comunidade Canção Nova. Nós estamos assistindo ao que o beato João Paulo II chamou de uma nova primavera da Igreja, justamente porque estamos assistindo ao sopro do Espírito nas novas comunidades. Estes novos carismas são suscitados para contribuir com a obra evangelizadora da Igreja, que é o corpo de Cristo. Pela evangelização, a Igreja é chamada a levar as pessoas à experiencia da fé em Jesus, pois é a fé que nos salva.

Nossa vida precisa testemunhar a pertença a Deus por meio de um amor generoso pelos pecadores. Assim como temos consciência de que lutamos contra o pecado, também precisamos ter consciência de que amamos os pecadores.

Nestes 3 anos do Reconhecimento Pontifício, peço ao Senhor que toda a família Canção Nova seja renovada nesse amor aos pobres, aos pequenos, aos pecadores. Um amor sem julgamento, incondicional, conforme nos testemunha São Martinho de Lima.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso


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