O Encontro Pessoal com Jesus Cristo

Thiago Tomé

Tiago Tomé prega na Quinta de Adoração no Santuário Pai das Misericórdias

Thiago Tomé

Foto: Andreia Britta/cancaonova.com

Muitas pessoas deixam de experimentar um verdadeiro encontro com Jesus por esperarem um evento cataclísmico, hollywoodiano para entender que suas vidas foram tocadas pelo Cristo. Contudo, quero trazer a ciência de que não é o tamanho da manifestação visível da ação de Deus em nossa vida que valida ou não a experiência do encontro, e sim o amor d’Ele e salvação alcançada na Cruz, pois é em nosso coração que se dá a verdadeira transformação.

O exemplo dos santos

Vários dos apóstolos têm registradas grandiosas histórias de transformação pelo Evangelho. Um exemplo disso é o apóstolo Paulo, pois de radical judaizante, passou a ser um difusor do Evangelho. Somente o Espírito Santo pode proporcionar tal tipo de mudança.

Quero, contudo, focar-me no exemplo de João Batista, primo carnal de Jesus, nascido debaixo de uma profecia, incumbido de ser o arauto do Messias. Esse chamado é tão nítido que, antes mesmo de nascer, no ventre de Isabel, ele já se agitava diante da presença de Cristo.

Que Ele cresça e eu diminua 

Quando João Batista, já tendo o ministério reconhecido e sendo seguido por seus próprios discípulos, encontrou-se com Jesus, ele não exitou em reconhecer Aquele que era superior a ele. O mais interessante é que, não se prendendo ao orgulho, ele desprendeu-se dos seus discípulos e deixou-os seguir a Jesus. Mas como? Ele tinha clara a sua missão: preparar o caminho. O caminho não era para a glória dele, e sim para a glória do Cristo a quem ele servia.

O exemplo de João Batista nos mostra que o encontro com Cristo nos leva a não nos apegarmos às situações, posições e a pessoas. Portanto, ele não perdeu discípulos, pois esses nunca foram dele; nem foi ofuscado e deixado de lado, porque o destaque e o brilho nunca foram dele.

Quando nos encontramos com Cristo, somos transformados

A transformação proporcionada pelo encontro com Cristo nos leva à consciência do nosso propósito, a viver para a glória de Deus. Este viver não se baseia numa autoexaltação, mas no apoio ao próximo, numa genuína imitação de Cristo que, com Seu viver, nos ensinou a servir.

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É curioso olharmos para as vidas transformadas, como por exemplo, a de Santo Agostinho, homem que se converteu aos trinta e poucos anos, depois de uma vida devassa e, também, a de Santa Tereza D’Ávila, que desde cedo encontrou-se na vida religiosa, e nessa perspectiva, acabamos achando que um foi superior ao outro. Porém, não existe realmente essa vaidade, na qual se mede a conversão e a obra de Deus na vida de uma pessoa. O amor de Deus manifestou-se na vida de ambos; e eles puderam experimentar um encontro genuíno com Ele.

O autêntico exemplo do cristão

Na vida de João Batista vemos o autêntico comportamento de um cristão transformado pelo encontro com Deus, reconhecendo sua pequenez diante da santidade de Cristo. Com isso fica claro que, reconhecer o talento do outro, o esforço, a necessidade, tudo é transparecer a imitação a Jesus.

Quando temos e transparecemos uma experiência real com Cristo, essa proporciona que outras pessoas também possam encontrar-se com Ele. Este é nosso maior propósito e missão, sermos o meio pelo qual outras pessoas possam se encontrar com Jesus. Deus tem encontrado espaço em você para te transformar e usar? É tempo de refletir se temos nos permitido verdadeiramente encontrar o Cristo e passar por uma significativa transformação em nossa vida.

Transcrito e adaptado por Jonatas Passos

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