Canção Nova e o Reconhecimento Pontifício

Diácono Nelsinho Corrêa. Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com

Diácono Nelsinho Corrêa. Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com

Celebrar esse Reconhecimento Pontifício é uma grande alegria para aqueles que contribuíram para a construção da Canção Nova. Nós estamos nas mãos de Deus, vivemos da providência, um dia temos dinheiro, no outro não, e assim seguimos!

No início da obra Canção Nova, monsenhor Jonas Abib tocava violão, e eu me senti tocado por ele, pelas músicas dele. Então, meu pai me deu um violão e eu passei a seguir o padre para tocarmos juntos. Nossas celebrações começaram na Capela dos Santos Anjos. Lá, era um curral, os bancos eram troncos de madeiras. Muitas vezes, quando estávamos rezando, as vacas vinham mugir. Podemos até dizer que a Canção Nova era um presépio. Nos fins de semana, realizávamos encontros para as famílias que precisavam de nossa ajuda. Estávamos cheios de amor para dar, queríamos levar a Palavra de Deus para muitas pessoas.

Com o tempo, começamos a realizar grupos de jovens e maranatas na Casa de Maria. Para os jovens de nossa comunidade, monsenhor Jonas dava explicações sobre o Evangelho, e assim levávamos a Palavra de Deus pelas rádios.

Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração, na Canção Nova. Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com

Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração, na Canção Nova. Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com

Monsenhor tinha o costume de ler essa passagem encontrada em Salmo 101, 17-23: “Quando o Senhor tiver reconstruído Sião, e aparecido em sua glória, quando ele aceitar a oração dos desvalidos e não mais rejeitar as suas súplicas, escrevam-se estes fatos para a geração futura, e louve o Senhor o povo que há de vir, porque o Senhor olhou do alto de seu santuário, do céu ele contemplou a terra; para escutar os gemidos dos cativos, para livrar da morte os condenados; para que seja aclamado em Sião o nome do Senhor, e em Jerusalém o seu louvor, no dia em que se hão de reunir os povos, e os reinos para servir o Senhor” .

O fundador da Canção Nova sempre nos ressaltava que, um dia, uma grande multidão viria à cidade de Cachoeira Paulista (SP) para estar na comunidade. Nos lhe perguntávamos: “Como as pessoas virão em um lugar tão pequeno como este?”. Há mais de 30 anos, ele dizia isso, e hoje temos essa grande obra que recebe e acolhe tantas pessoas.

Graças a Deus, hoje temos o nosso Santuário do Pai das Misericórdias, que será um local de muitas graças, de muitas salvações. Nós chegamos aqui para evangelizar e Deus nos mandou o povo, que nos ajuda a evangelizar cada vez mais, nos ajuda a continuar essa missão. Viajamos por tantos lugares e nos deparamos com tantas pessoas e seus testemunhos de vida, dizendo que a Canção Nova os fez voltar a acreditar em Deus e mudar de vida.

Nascemos para formar homens novos para um mundo novo, e também para antecipar a vinda de Deus. Toda essa obra pertence ao Senhor, é graça d’Ele!

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

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