Chamados a uma autenticidade de vida

Dom Alberto Taveira. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Nosso chamado hoje é termos uma autenticidade de vida

Caríssimos irmãos e irmãs, toda Missa de que participamos ouvimos repetida e atualizada a Palavra do Senhor: “Fazei isto em memória de mim”.

Cristão é um povo de memória, capaz de reconhecer as maravilhas de Deus e proclamá-las. Somos um povo de memória cheia de gratidão e responsabilidade, que olha para o presente e reconhece a força da ação do Espírito, Aquele que conduz a Igreja. Os cristãos olham para frente e se perguntam: “Para onde o Espírito quer nos conduzir?”.

Celebramos, nestes dias, os 50 anos da Renovação Carismática Católica (RCC). Celebramos a memória cheia de gratidão, tomando posse do presente e olhando para o futuro.

Durante estes dias, a liturgia tem nos colocado trechos da história de Abraão. O que me impressiona, na Sagrada Escritura, é que ela não tem receio de contar feitos e fatos, coisas bonitas e menos bonitas.

A primeira leitura nos revela uma situação de conflito entre Sara e Agar. Mesmo entre as brigas, Deus não se cansa de realizar Sua obra, porque Ele é um Pai misericordioso.

O Evangelho de hoje é o fim do Sermão da Montanha, o qual nos diz que não basta dizermos “Senhor, Senhor”. A RCC é conhecida por proclamar o Senhorio de Jesus e testemunhar a obra d’Ele no povo de Deus.

Ai de você se não proclamar o Senhorio de Jesus! Ai da RCC se ficar parada, se não for fiel às suas raízes, se não fizer o apostolado do batismo no Espírito Santo! No entanto, cada um de nós é chamado, hoje, a fazer uma séria revisão de vida.

Algumas pessoas podem nos ver apenas como pessoas de devoção, mas o chamado que quero fazer, nesta Santa Missa, é para termos uma autenticidade de vida, escolher Jesus como Senhor e acolher Seu Evangelho, tomando a nossa cruz, estando solidamente na Palavra e na Doutrina da Igreja.

Quem está há muito tempo na RCC deve ter apanhado muito, não dos outros, mas de si mesmo, das suas misérias, da sua falta de constância. Precisamos, no entanto, confiar nesta certeza: “Não temais, eu venci o mundo”, diz o Senhor.

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Transcrição e adaptação: Renata Santiago

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