Católicos romanos, greco-católicos, evangélicos e anglicanos lavaram e ungiram os pés uns dos outros, neste domingo, dia 5, em Cachoeira Paulista (SP). Todos participaram de uma celebração ecumênica no 12º Congresso Mundial da Fraternidade Católica Internacional. Escuta e testemunho da Palavra de Deus foram os pontos centrais deste momento que emocionou a todos os presentes.
"Queremos dar a vida por vocês. Perdão pelas vezes que nos julgamos e nos condenamos", disse o arcebispo de Palmas (TO), Dom Alberto Taveira, ao lavar os pés do arcebispo da Igreja Anglicana Tradicional, Dom Sean Larkin. O gesto foi retribuído com um caloroso abraço de reconciliação mútua.
O bispo italiano, Dom Mario Paciello, foi um dos que mais se emocionaram. Ele chorou durante o momento de oração e também após a celebração, quando abraçava os membros de outras Igrejas, na sacristia do Centro de Evangelização da Canção Nova.
.: Ouça testemunho de Dom Archimandrite Sergius Gajek
.: Ouça testemunho de Julia Torres, missionária católica
Os membros das diversas denominações cristãs rezaram em torno de uma cruz, que entrou carregada por bispos das diferentes igrejas. A procissão de entrada foi ao som da música Emmanuel, tema da Jornada Mundial da Juventude do ano 2000, cantada pelo Padre Delton Filho em português, francês, espanhol, italiano e inglês.
O representante da Igreja Greco-católica da Bielorrúsia, Dom Archimandrite Sergius Gajek, disse que o testemunho comum dos cristãos é a condição para que o mundo acolha o Evangelho. Ressaltou que a Igreja é una em sua natureza e não pode está dividida. "É preciso apressar a comunhão entre as igrejas cristãs de culto oriental e ocidental", disse. Em sua palestra, o bispo greco-católico pediu a oração de todos diante das perseguições que os cristãos vivem no mundo inteiro.
O reverendo da Igreja Anglicana Tradicional, Antony Palmer, ressaltou a individualidade de cada um que é criado por Deus com DNA e impressões digitais únicas. "A nossa diversidade é divina, a nossa divisão é diabólica. Não simplesmente me respeitem, mas celebrem comigo a diversidade que eu trago. Ela existe como um presente para vocês", exclamou.
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