Curando feridas no casamento
Fundador da Missão Louvor e Glória, Rodrigo Ferreira, pregou sobre a cura dos relacionamentos.
1 Pedro, capítulo 4. Leia comigo o versículo 7:
“O fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, prudentes e vigiai na oração. Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados. Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem murmuração.”
Essas palavras ecoam forte em nosso coração. Elas não são apenas um convite, mas uma convocação para vivermos o amor no presente. É como se Pedro estivesse dizendo: “Vocês só têm hoje para amar!”.
As feridas do passado não definem o futuro. Muitas vezes, carregamos feridas profundas, causadas por outros ou por nossas próprias escolhas erradas. Essas dores podem nos paralisar, criando barreiras que nos impedem de viver plenamente o chamado de Deus.
Mas pare e pense: essas feridas não podem ser o centro da nossa vida. Não podemos permitir que elas definam nosso destino ou conduzam nossas decisões. Precisamos romper com o peso do passado e nos abrir à cura que vem do Senhor.
Amor no hoje: uma escolha diária
Eu canto uma música que diz: “Só temos hoje para amar”. Essa frase nasceu de uma experiência dolorosa que vivi: a perda precoce da minha esposa. Aprendi, de forma dura, que a vida é breve e que cada dia é um presente. Não sabemos quanto tempo nos resta.
Essa reflexão me levou a perceber como, muitas vezes, vivemos “errado no tempo”. Quando brigamos com quem amamos, adiamos a reconciliação: “Amanhã a gente conversa”. Mas quem garante que teremos um amanhã? O tempo certo para amar, perdoar e se reconciliar é hoje.
A falta de cura no relacionamento
Você sabia que, no Brasil, cerca de 74% dos casais que perdem um filho adolescente acabam se separando? Ou que 8 em cada 10 mulheres que passam por uma mastectomia enfrentam dificuldades no casamento? Esses números assustam, mas mostram uma realidade: a dor, quando não é compartilhada e curada, pode afastar em vez de unir.
Por isso Pedro nos lembra da caridade ardente. Amar não é apenas um sentimento, mas uma decisão. É agir com generosidade e colocar-se no lugar do outro.
Pedro nos dá a chave: “Mantende entre vós uma ardente caridade.” O que isso significa? É amar com intensidade, mesmo quando o outro não merece.
Madre Teresa de Calcutá dizia: “Ame os bons porque merecem, e os ruins porque precisam.”
Jesus nos salvou colocando-se em nosso lugar, assumindo nossos pecados. Da mesma forma, somos chamados a nos colocar no lugar do outro. Faça ao próximo aquilo que gostaria que fizessem por você. Essa é a essência da caridade ardente.
Um dos grandes desafios dos casais é manter a admiração. Muitos terapeutas dizem que a raiz de muitas crises conjugais não é a traição, mas a falta de consideração e admiração. Quando deixamos de valorizar o outro, o amor se esfria.
Considere o que seu cônjuge significa para você. Lembre-se do começo, do que fez você se apaixonar. Cultive a gratidão e a admiração, pois elas são como a água que mantém viva a planta do amor.
O Tempo é Agora
A mensagem de Pedro é clara: o tempo é agora. Ame hoje. Reconcilie-se hoje. Viva hoje como se fosse a última oportunidade de demonstrar amor.
Assista à pregação completa:
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