“Sempre quando pratico o meu esporte, faço-o em oração."

Diversas atividades estão sendo preparadas para o início do 'Encontro para os Esportistas', o qual acontecerá, no próximo domingo, dia 21, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

Um dos participantes deste evento é padre Ademir Costa, missionário da Comunidade Canção Nova. Ele, que participa desde o primeiro encontro e celebrará a Santa Missa de encerramento, diz que, neste ano, espera mais de duas mil pessoas, entre esportistas e amadores de esportes em geral.

“Toda atividade humana, que contribui para o crescimento do homem, está ligada à religião. O principal objetivo de qualquer uma delas, especialmente a Igreja Católica, é promover a dignidade humana”, afirma o sacerdote. Ele ainda acrescenta:

“Quando o esporte é autêntico e verdadeiro, tendo como base os princípios de fraternidade, generosidade, honestidade e respeito pelo corpo. Como nos ensinou o Papa emérito Bento XVI, é uma atividade fundamentada nos princípios religiosos. Pela própria natureza de objetivos, a religião e o esporte dialogam. Este deve, cada vez mais, buscar, na Igreja, os valores fundamentais da dignidade humana para que, de fato, torne-se uma atividade que plenifique o homem. Por sua vez, a Religião deve buscar, no Esporte, o empenho, a disciplina, a determinação na busca de um prêmio eterno, da coroa incorruptível, como nos diz o apóstolo Paulo em 1Cor 9,25.”


O padre partilhou conosco sua experiência com o esporte: “Sempre quando pratico o meu esporte, faço-o em oração. Em umas das minhas atividades esportivas, sabendo que seria muito dificultosa, coloquei-me em oração. Dizia para Deus que aquela atividade exigiria de mim um grande sacrifício, mas que eu a oferecia em intenção dos sacerdotes; pelas lutas diárias que nós padres temos todos os dias. Eu rezava a Deus, dizendo: “Aqui, estou me sacrificando no esporte, mas que todo este empenho e dedicação seja também na minha vida espiritual, na minha busca pelo Senhor, pelas cosas do céu”.

Um das grandes dúvidas, quando o assunto é esporte e religião, é a competitividade que ele nos leva a ter. Como lidar com ela? Primeiramente, façamos a diferenciação entre rival e competidor. Rival vem do latim rivus, que quer dizer “curso d'água, riacho”. Na Roma Antiga, os cursos d'água eram canalizados e divididos entre os vizinhos agricultores. Muitas vezes, isso foi ocasião de tentar prejudicar o outro, buscando o benefício próprio, gerando inimizades. Isso já demonstra que essa palavra não serve para o esporte. 'Competidor' também vem do latim competere. Essa palavra é formada por outra palavra em latim  – petere -, que significa 'tender para o mesmo objetivo', unida ao radical “com”, dando a ideia de 'junto', 'em companhia de'.

Competidores são aqueles que correm juntos, visando o mesmo objetivo. Esta palavra nos dá a ideia de colegialidade, companhia, unidade. É um 'estar com' e não um 'estar contra'. O competidor ao meu lado não é um rival, não é um divisor, mas uma pessoa que comigo busca o mesmo objetivo. O competidor respeita quem está ao seu lado, valoriza o esforço e a vitória do outro.”

E ainda conclui: “Bento XVI, em um de seus discursos, disse que o esporte 'ajuda a construir uma sociedade civil, na qual o antagonismo é substituído por uma sã concorrência e onde o encontro é preferível ao conflito'”.

 

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