Eu faço parte dos 30 anos da Canção Nova, testemunha Eugênio Jorge

Eugênio Jorge
Foto: cancaonova.com

A minha história com a Canção Nova começou no ano de 1981, quando eu fui ao primeiro Rebanhão em Cruzeiro (SP). Lá eu vi o monsenhor Jonas, o Nelsinho Corrêa, a Luzia Santiago e vivi minha primeira experiência de batismo no Espírito Santo. Dali por diante, começamos a acompanhar a rádio, que já estava começando, conhecemos o Clube do Ouvinte. Eu fui um dos primeiros sócios [do Clube do Ouvinte] aqui de Cruzeiro. Eu ainda era jovenzinho, mas, já trabalhava e fiz questão de ajudar no Clube do Ouvinte também.

Em 1982, participei de um Festival de Música Cristã, no qual o monsenhor Jonas era um dos jurados; do qual Nelsinho Corrêa também participou. Nós três ainda não nos conhecíamos pessoalmente. Eu ganhei o primeiro lugar na “categoria individual” com a música “És o Deus de Israel – És precioso” e o Nelsinho o primeiro lugar na “categoria coral” com a música “Anuncia-me”.

Monsenhor Jonas gostou muito de minha música e pediu para gravá-la no LP “Quem Dera” com Ricardo Sá em 1983. Ali começou a nossa trajetória juntos, porque eu tinha acabado de sair do quartel e comecei a ser convidado por ele para acompanhá-los no lançamento do disco, para testemunhar sobre a canção, pois ela nasceu de meu coração enquanto eu servia o quartel militar na Aeronáutica em São José dos Campos (SP); foi a primeira música que compus.

Dali por diante, eu comecei a viajar com o monsenhor Jonas para participar dos shows do lançamento do “Quem Dera”. Até que, em 1985, efetivamente fui trabalhar na Canção Nova – no DAVI (Departamento de Audiovisuais) – começando então toda uma história de evangelização, de muitas viagens missionárias com este grande homem de Deus. Eu era como uma sombra dele, literalmente falando, ele bem branquinho, eu bem “branquinho”. Viajava com ele por todos os cantos do Brasil, então, começou a acontecer uma coisa linda, porque justamente nas viagens, ele me fez descobrir o ministério de evangelização, que eu tinha, o talento que eu tinha para ministrar o louvor, a música. Assim, nos encontros, ele começou a me empurrar para que eu cantasse nos encontros junto com ele. E eu – que até então era só o técnico do DAVI, que gravava as palestras e fazia as duplicações –, comecei a cantar nos encontros com ele. E daí por diante comecei a fazer as duas coisas, e também a fazer as orações.

Viajávamos muito, só nós dois, muitas vezes, para muitos cantos do Brasil, e eu tinha de ser polivalente e preparar o povo para receber a Palavra de Deus. Foi assim que conheci mais profundamente a Canção Nova, trabalhando no DAVI, ouvindo e lançando as palestras, produzindo os LP’s e as capas, na época. Depois gravando os programas de rádio, que eram enviados para mais de 30 rádios do Brasil inteiro. (Não sei se você sabe que a Rádio Canção Nova só pegava em Lorena, Cruzeiro, Cachoeira Paulista). Dessa forma, para que a voz da evangelização chegasse mais longe, nós enviávamos programas todos os meses para diversas rádios de norte a sul do país. E, assim, a voz do monsenhor Jonas – a voz do Evangelho – se fazia ouvir até em rádios seculares, no Espírito Santo, em Goiás (Goiânia), no Ceará (Fortaleza) e em tantos outros lugares. Lá, onde as portas se abriam para o Evangelho. E, assim, esse trabalho de evangelização e a intimidade minha com o fundador da Comunidade Canção Nova foram acontecendo.

Antes que a Chácara de Santa Cruz fosse da Canção Nova, um outro senhor era dono dela; na hora do almoço, tínhamos a oportunidade de pedir para o caseiro, que morava na chácara, para poder ir lá chupar laranja; havia um pomar maravilhoso. Depois a Canção Nova adquiriu esse local e começou todo esse movimento para que chegasse hoje no que é. Essa grande obra que é o Rincão do Meu Senhor, que é o Centro de Evangelização, e toda esta estrutura que está aí. Mas, eu conheci isso aí tudo cheio de barro, era tudo terra; no tempo de formigas, o formigueiro enchia e vivíamos correndo atrás delas. Era muito lindo esse tempo, muito bom, muito promissor, nós já víamos nestas terras que realmente elas seriam frutíferas para o Reino de Deus – pelos frutos que davam nas laranjeiras, nas mangueiras, nas jabuticabeiras, que eram plantadas. Muitos frutos já eram produzidos e agora os “frutos” são as pessoas que são resgatadas para o Reino de Deus.

Bem, de fato, não há um só lugar neste Brasil e também fora, como os Estados Unidos, Japão, entre outros – nos quais temos a oportunidade de evangelizar através da música – que não tenha um testemunho de alguém que foi alcançado pelo Evangelho, por Jesus Cristo, por meio da Canção Nova. É verdade que ela é só um canal, mas Deus tem usado poderosamente dela e daqueles que trabalham nela, para chegar ao coração de muitos Brasil afora: de norte a sul dos rincões de nosso país. Eu testemunho isso com toda a certeza de que Deus tem atingido os corações e o grande sinal de tudo isso é que todos os meses essas pessoas, que têm o coração agradecido, nos ajudam, nos apóiam na campanha [Projeto Dai-me Almas] para que possamos fechá-la e continuar mantendo todo o Sistema Canção Nova de Comunicação no ar, 24 horas por dia. Este é o grande sinal, o milagre acontece todos os meses na Canção Nova com a ajuda de um povo que acredita em Deus e que ama essa obra de Deus.

Eu sou testemunha viva do quanto a Canção Nova tem beneficiado as pessoas com o Evangelho que ela anuncia!

Mesmo que eu dissesse que não sou, isso é impossível, pois, na verdade, eu sou Canção Nova! Hoje eu não sou da Canção Nova “estrutura”, porque isso não é possível tendo em vista o trabalho realizado (e a intensidade deste) aqui no “Mensagem Brasil”. Mas aonde quer que eu vá, eu sou Canção Nova, seja no Brasil seja no outro lado do mundo, como lá no Japão; seja onde for, eu sou Canção Nova e a defenderei com a própria vida se necessário for, porque eu tenho certeza de que a Canção Nova é uma obra de Deus. Ela é admirável aos nossos olhos. Eu sou Canção Nova, eu sou da família Canção Nova, meu coração é Canção Nova, eu sou o fruto desta árvore maravilhosa, que se chama Canção Nova, uma obra de Deus.

Eugênio Jorge
Mensagem Brasil



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