Professor Felipe Aquino

As dores de Maria

Nossa  Senhora sempre nos protege

A América foi, muitas vezes, invadida por holandeses, franceses, que não eram católicos. Porém, sempre os portugueses conseguiram vencer esses povos, e se não fossem eles, talvez a América não seria católica. Nossa Senhora sempre protegeu a nossa Pátria.
 
A primeira coisa que Nossa Senhora pede é uma capela, por isso foi feita uma capelinha na beira do Rio Paraíba; depois, a grande Basílica de Aparecida, que é para nós um marco. E temos que construir mesmo. Um dia, perguntaram para um rapaz perto de mim, por que vemos uma multidão de pessoas muito simples, e aí perguntaram para o rapaz: “Você não acha que esse santuário é muito luxuoso? Você não acha que deveria pegar esse dinheiro e dar aos pobres?” E ele respondeu: “Mas foram os pobres que construíram este santuário, são os pobres que deixam o dinheiro aqui, e são eles que querem que a Mãe de Deus seja glorificada e que tenha uma casa bonita para abençoar seus filhos aqui”.

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Não tenho deixado de receber, aos pés de Nossa Senhora Aparecida, o que eu preciso. Há um tempo, um netinho meu com um ano de idade apareceu com um caroço enorme no pescoço, e os médicos disseram que era câncer. A família se desesperou, o padrinho da criança, que é o meu filho mais velho, fez uma promessa de ir a pé de Jacareí a Aparecida para que este tumor não fosse um câncer. E eu fiz a minha promessa de ir nove dias na Missa no Santuário; e quase todos os meus filhos fizeram alguma coisa. Resultado: quando foi feito o exame em São Paulo, detectaram que não era um câncer. Depois de uma semana, o tumor desapareceu e nunca mais o Vinicius teve nada.

De vez em quando, a gente tem que arrancar uma graça do céu através de Nossa Senhora. Ela sabe tirar do coração de Deus o que é melhor para nós.

Porque a Mãe pediu, Jesus transformou a água em vinho; e porque a mãe pediu, Ele fez. Transformou 600 garrafas de água em vinho da melhor qualidade, porque a sua mãe pediu.

Por que Ele atendeu sua mãe de maneira tão carinhosa? Porque a mãe tudo fez por Ele. Maria tudo fez e faz por Jesus e pela Igreja, e porque é pela Igreja, ela está fazendo para a nossa salvação.

Maria é a imagem da Igreja, e ela deve ser como Maria. Jesus fez tudo através de Maria. Ele não precisava, mas quis precisar de uma mulher. Ele quis ter uma mãe e escolheu Maria, predestinada, diz o Catecismo da Igreja. Antes da criação do mundo, Deus já tinha eleito Maria, por ser a mulher mais humilde que Ele encontraria na Terra. Ele olhou para a pequenez e humildade de sua serva, como ela canta no Magnificat. Ele tomou a forma humana em uma mulher por obra do Espírito Santo.

As sete dores de Maria

A Igreja reza conforme ela crê, e uma devoção antiquíssima que a Igreja venera são as sete dores de Maria.

A primeira dor de Maria:

A espada que Simeão fala a Maria.
O menino é apresentado no templo aos quarenta dias, porque Jesus quis cumprir toda a Lei, e estando debaixo da lei, nos libertar da lei. Maria e José foram entregar o seu primogênito a Deus e deixavam um casa de pombos pelo resgate do menino, mas ela sabia que aquele resgate seria provisório, e por isso Simeão disse uma espada transpassaria a sua alma.

O mundo se volta contra a Igreja, contra o Papa, porque ele não aceita o aborto, a eutanásia, o divórcio. A imprensa diz que o Papa está travando o Concilio Vaticano II. A imprensa esquece que quem escolheu esse Papa foi o Espírito Santo em um dos Conclaves mais rápidos do mundo, no segundo dia.

Os bispos entenderam: é este o homem da hora. Mas o mundo que não conhece as coisas de Deus fica pisando no Papa, porque ele é sinal de contradição. E a espada continua atravessando o coração da Igreja.

Maria guardava tudo em seu coração e na fé, está tudo nas mãos de Deus, porque nada acontece sem que Deus saiba. E Maria entendeu, certamente naquela hora, que sua vida seria uma vida de sofrimentos.

Segunda dor de Maria

Maria, com o menino com 40 dias, teve que atravessar o deserto para fugir de Herodes, teve que sair da sua terra. Esta é a devoção que a Igreja chama de Nossa Senhora do Desterro, é a Nossa Senhora que teve de deixar sua casa, sua pátria, sua língua, para salvar o menino, o Filho de Deus.

Terceira dor de Maria

Depois a espada aparece quando o menino tinha doze anos, quando o menino vai para o Templo, e ficaram procurando o menino três dias. Imagina o sofrimento desta mãe, sabendo que tinha perdido o Filho de Deus, e o evangelista diz que quando eles encontraram o menino, Maria disse: “Porque fizeste isso, teu pai e eu estávamos aflitos”. A única coisa que deve afligir o nosso coração é de perdermos Jesus, porque se perdemos Jesus, perdemos tudo.

Quarta dor de Maria

A quarta espada é quando Maria encontra o Filho no caminho do Calvário, o mais belo do filho dos homens. Ela O encontra coroado de espinhos, flagelado e sangrando. Que mãe poderia passar por um sofrimento tão grande? Mas ela continuou ao lado de Jesus e foi até o Calvário.

Quinta dor de Maria

Quinta dor é quando ela estava no Calvário, vendo seu filho sendo levantado no madeiro da cruz, vendo o seu filho por três horas pendurado na cruz, vendo os soldados sorteando suas vestes, ouvindo Jesus perdoar, vendo Ele dizer: “Meu Deus, por que me abandonaste?”; e depois Ele disse: “Mãe, eis aí o teu filho”. Na agonia da morte, Ele ainda teve forças para entregar a sua mãe a todos nós.

Sexta dor de Maria

Sexta dor, Nossa Senhora aos pés da cruz, e ouvindo Jesus dizer: “Pai, em tuas mãos Eu entrego o meu Espírito”. E Maria continua ali, com o coração estraçalhado. Jesus entrega a ela a humanidade, para que ela fosse a mãe da humanidade. No meio do Concilio, o Papa parou e proclamou: Nossa Senhora é a Mãe da Igreja. A mesma mulher que gerou a cabeça da Igreja gerou também o corpo, os membros da Igreja.

Sétima dor de Maria

“Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. No lugar em que Ele foi crucificado, havia um jardim, e, no jardim, um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade da Páscoa”.

É a Mãe da Igreja, a Mãe de cada um de nós, que nunca desampara a Igreja e nunca desampara a cada um de nós.

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