Padre Roger Luis

Escolhidos para a santidade

A bênção e a escolha: nosso chamado à santidade

Meus irmãos, minhas irmãs, queridos jovens, a liturgia de hoje nos convida a uma atenção especial, pois o Senhor deseja dar uma direção preciosa para a nossa caminhada. Essa busca por uma vida nova, uma vida de PHN, um caminho de santidade, visa nos preparar para o júbilo final, quando o Senhor voltará em sua segunda vinda para julgar os vivos e os mortos. Não sabemos se nossa geração verá o Senhor, mas devemos viver como se Ele fosse voltar nela. É por isso que existe o PHN: um treinamento anual para nos preparar para esse encontro definitivo, onde teremos que prestar contas de nossa vida.

Para iniciar esta partilha, nos voltamos à carta aos Efésios, capítulo 1, versículos 3 e 4: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda bênção espiritual nos céus, em Cristo. Nele Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor.”

A primeira verdade que precisamos assumir é: “Eu sou abençoado com toda a bênção espiritual”. Tomar posse dessa palavra muda a nossa perspectiva. Em Cristo, Deus nos escolheu antes da fundação do mundo com um propósito claro: sermos santos e íntegros. Este é o projeto original de Deus para mim e para você. Essa é a nossa vocação comum, o chamado de todo batizado, como nos recorda o Concílio Vaticano II ao falar da vocação universal à santidade na Lumen Gentium. A sua vocação, o seu chamado, é ser santo. Deus o escolheu, e Ele promove momentos como este para que vivamos esse processo.

A sua vocação, o seu chamado, é ser santo. Deus o escolheu, e Ele promove momentos como este o PHN para que vivamos esse processo.

 

O exemplo de Jacó: O trapaceiro chamado por Deus

A história de Jacó nos ajuda a entender o processo de transformação que Deus quer realizar em nós. Jacó, cujo nome significa “aquele que segura no calcanhar”, mas também “usurpador” e “trapaceiro”, fez jus ao seu nome. Ele negociou a primogenitura de seu irmão Esaú por um prato de lentilhas e, mais tarde, enganou seu pai cego, Isaque, para roubar a bênção que pertencia ao irmão mais velho. Rebeca, sua mãe, sabendo da profecia de que “o mais velho servirá ao mais novo” (Gn 25,23), o ajudou nessa trapaça. Esaú, revoltado, planejou matá-lo, forçando Jacó a fugir para a casa de seu tio Labão.

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A fuga e a purificação

Na fuga, Jacó tem uma experiência transformadora. Ao dormir, ele sonha com uma escada que liga a terra ao céu, com anjos subindo e descendo. Naquele momento, o trapaceiro, o usurpador, entende que Deus caminha com ele, que não o abandonou. Esta é uma mensagem para nós: o PHN é este lugar de encontro, onde Deus nos recorda que Ele caminha conosco, que tem propósitos para nossa vida e que Seus sonhos se cumprirão.

A purificação de Jacó continua na casa de Labão. Ele se apaixona por Raquel, mas é enganado pelo tio e acaba casando-se primeiro com Lia. O trapaceiro é purificado pela trapaça. O Evangelho fala de provas, sofrimento e purificação para os discípulos. Após trabalhar 14 anos, ele finalmente se casa com Raquel e, depois de muitas provações, decide voltar para sua terra.

A luta decisiva: de Jacó a Israel

O retorno exigia o reencontro com Esaú. Sozinho, na noite anterior, Jacó precisa confrontar a si mesmo e sua história de usurpação. E naquela noite de solidão, que podemos comparar a um PHN, um homem luta com ele até o amanhecer. Jacó se agarra a ele e diz: “Eu não te deixarei ir, se não me abençoares” (Gn 32,27). Naquele momento, sua identidade é transformada. O homem pergunta seu nome, e após a resposta, declara: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste” (Gn 32,29).

Deus muda o nome de Jacó, muda sua história. Ele deixa de ser o “trapaceiro” para ser “aquele que luta com Deus”. A partir daquele momento, Jacó entende que Deus luta as suas lutas, que há um propósito maior. A marca que ficou em seu corpo, o mancar, foi um sinal para que ele entendesse que sua autossuficiência deveria acabar, e que a partir de agora, ele viveria na dependência de Deus.

*Transcrição e adaptação: Adailton Batista

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