Jesus está vivo!
Diga isso com força, com fé no coração: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos!”
Não poderia haver maneira melhor de começar essa Festa das Tendas do que com essa certeza: Jesus vive, caminha conosco e está no meio de nós.
Um sonho nascido da misericórdia
Ontem, celebramos uma data muito especial: o 26º aniversário do primeiro “sim” dado pelo Padre Antonello e por Maria Paula, justamente na festa de Santa Teresa d’Ávila. Naquele dia, em uma simples casa de retiros na periferia de São Paulo, nasceu um sonho. Eles disseram:
“Vamos voltar a sonhar. Vamos construir uma comunidade onde seja possível viver o Evangelho com liberdade —
sem tantas regras, sem medos, guiados pelo Espírito Santo.”
Assim começou a caminhada da Aliança de Misericórdia, após um tempo de discernimento acompanhado pelo Padre Jonas Abib — sempre presente no coração de todos.
Naquela noite, que também marcava o Ano da Misericórdia, nasceu um movimento que até hoje testemunha o amor de Deus. João Paulo II consagrou o terceiro milênio a Divina Misericórdia, e foi nesse contexto que brotou o desejo de evangelizar com alegria, liberdade e compaixão.
Somos pecadores perdoados, transformados pela graça. Como dizia Padre Pedro, “a misericórdia de Deus transforma pecadores em santos e em testemunhas vivas do Seu amor.”
Cristo vivo entre nós
Testemunhar a misericórdia é testemunhar Cristo vivo, presente entre nós. Por isso, gostamos de celebrar juntos, porque sabemos que onde dois ou três estão reunidos em Seu nome, ali Ele está. O essencial não é ver o Padre Henrique ou quem quer que esteja à frente, mas ver Jesus, que hoje deseja encontrá-lo e lembrá-lo o quanto Ele o ama profundamente. E que alegria começar a Festa das Tendas com uma Quinta-feira de Adoração! Foi justamente na adoração que tantas inspirações nasceram: a Cristoteca, as evangelizações de rua e tantas “loucuras evangélicas” que brotaram do coração de quem acreditou que Ele está.
Amou-nos até o fim
Nada disso é por acaso. São João, ao narrar a Última Ceia, não repete as palavras da instituição da Eucaristia, como fazem os evangelhos sinóticos. Em vez disso, ele escreve no capítulo 13,1: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Até o fim! Isso significa até a última gota de sangue, até a última célula do seu corpo, até o esgotamento total por amor a nós. Na Eucaristia, Jesus permanece presente concretamente em corpo, sangue, alma e divindade.
Mas “até o fim” também quer dizer até o fim dos tempos. “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20)
Eu gosto muito dessa expressão dos jovens: “Tá ligado?” Porque, se você está ligado, Ele está! O problema é que, muitas vezes, nós não estamos. Ficamos distraídos, perdemos tempo, e não reconhecemos o valor da Eucaristia.
Lembro-me de um pastor evangélico que dizia: “Não sei se os católicos acreditam mesmo na Eucaristia, porque, se Jesus estivesse ali, eu entraria de joelhos e me prostraria no chão.” E é verdade: quantas vezes nos acostumamos à graça! Precisamos redescobrir o valor desse mistério e tomar posse do maior bem que existe: Cristo Jesus vivo na Eucaristia.
O mistério da presença real
Na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (capítulo 11), ele descreve a instituição da Eucaristia, reafirmando o que os evangelhos sinóticos já haviam narrado. Em nenhum momento o verbo “ser” é usado como “simbolizar”. Por isso a Igreja Católica crê firmemente que Jesus está realmente presente em corpo, sangue, alma e divindade no Santíssimo Sacramento do altar.
O jovem São Carlo Acutis dizia que a Eucaristia é “a autoestrada para o Paraíso” (autostrada del paradiso). E ele tinha razão. A Eucaristia é o caminho mais direto para o Céu, a presença viva de Jesus que nos sustenta, renova e transforma.
Confira a pregação completa no vídeo abaixo: