Permanecer na Palavra: caminho de libertação e comunhão com Deus
Um grande louvor e ação de graças a Deus por todo o bem que a Aliança tem feito nestes 25 anos. Quantas almas reconduzidas a Deus! Quantas pessoas salvas! Pessoas que estavam longe e que vão se tornando aliança com Deus. Exatamente por causa dessa aliança com Deus, aliança muito unida à misericórdia divina, é que eu gostaria de colocar esse tema tão importante para a espiritualidade da Aliança de Misericórdia: “Permanecer em comunhão com a Palavra de Jesus”.
O chamado de Jesus à permanência na Palavra
Jesus diz no Evangelho de São João, capítulo 8,31:
“Jesus dizia aos judeus que nele creram:
Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos.
Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Opa! Há uma coisa diferente aqui. Não são os judeus que o iriam matar — aqueles antagonistas de Jesus que São João muitas vezes menciona. Aqui, trata-se dos judeus que acreditaram n’Ele, ou seja, aquele resto de Israel, o povo de Deus preparado ao longo dos séculos e que, finalmente, recebe Jesus.
Permanecer na Palavra para ser discípulo da Verdade
“Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos. Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Permanecer na Palavra para ser discípulo com a verdade que liberta. Mas Jesus não para por aí. Os judeus creram, mas ainda não creram profundamente. A fé começou — e fé é assim mesmo, gente: podemos ter pouca fé, uma fé “mais ou menos” ou uma fé imensa. A fé cresce! Fé não é uma coisa estática. A fé aumenta.
Então, os judeus já creram, mas disseram:
“Somos descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém.
Como dizes tu: sereis livres? Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Como assim libertará? Nós não fomos escravos!”
E aí Jesus responde:
“Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é escravo do pecado.”
A fé que ainda não rompeu com o pecado
Aqui, Jesus está falando de um estágio da vida espiritual em que a pessoa já tem fé, mas a fé ainda não foi forte o suficiente para romper com o pecado. E é isso que eu quero dizer a você que ainda está lutando com pecados. Estou falando de pecados graves, não de “pecadinhos”. Não estou falando de “ah, cochilei durante o terço”. Não!
Estou falando de pecados sérios. De quem ainda está lutando com as drogas, de quem ainda vive no adultério, no sexo desregrado, na pornografia, na masturbação, de quem ainda luta com a honestidade, de quem vive contando mentiras que prejudicam os outros.
Mentirinha é um pecado leve — é pecado, mas leve. Mas mentiras que prejudicam os outros, injustiças, roubo, corrupção —
tudo isso amarra o coração no pecado.
A luta interior e o exemplo de Santo Agostinho
Você que vive ainda amarrado com o pecado, você que está naquela situação de Santo Agostinho antes da conversão, veja: Santo Agostinho ia à igreja, ouvia Santo Ambrósio pregar, aquilo aquecia o coração dele, ele ficava entusiasmado com a Palavra de Deus, mas não conseguia dar o passo.
Todas as vezes que ele pensava em deixar o pecado, aparecia, em sua imaginação, aquele pecado dizendo: “Mas você vai me deixar? Como vai conseguir viver sem mim? Não, mas é tão bom…”
E assim, Santo Agostinho ia adiando o passo, adiando a conversão.
Confira a pregação completa no vídeo abaixo: