Experimentar o verdadeiro Natal

Padre Vagner Baia

Quando deixamos de escutar Deus, os pecados entram em nossa vida e vão nos destruindo aos poucos. Infelizmente, encontramos muitas pessoas ao nosso redor sofrendo desse mal e sendo consumidas pelo fato de terem virado as costas para o Senhor.

Um dos sinais mais claros disso é o tempo que estamos vivendo: o Natal. Pense agora, por um instante, em quantas pessoas você conhece que não celebram o Natal como ele deveria ser celebrado. Isso é apenas um sinal do que o mundo tem feito, rejeitando-se a acolher o próprio Cristo que vem.

Isso acontece porque a primeira catequese que a criança deveria receber, dentro do próprio lar, não tem mais acontecido. É com os pais que ela deveria entender que o presente que ela ganha no Natal é para celebrar o nascimento de Jesus e não para alimentar a fantasia de um personagem criado pelo comércio para aumentar as vendas desse período.

A origem da história desse personagem vem da história de São Nicolau, um bispo da Igreja Católica, que, na época do Natal, saia com um saco distribuindo presentes para as crianças, deixando-os nas janelas das casas.

No dia de hoje, celebramos a festa litúrgica de São João Evangelista, o qual, desde o seu berço, soube reconhecer o Cordeiro, Aquele que tira o pecado do mundo.

São João esteve com Jesus nos momentos mais importantes de Sua vida pública, comprovando, em cada gesto, a responsabilidade de ser o “discípulo mais amado”.

Infelizmente, muitas pessoas fazem o caminho inverso de São João, afastando-se, cada vez mais, do Cristo quando buscam a verdade em outros lugares. Mas não podemos culpá-las, pois elas nunca tiveram alguém que lhes falasse sobre a importância e o significado de momentos importantes para a Igreja, como o Natal.

Você pode ter certeza que se os jovens entendessem o significado deste momento na vida de um cristão, eles fariam de tudo para passá-lo junto de sua família.

Esse tipo de atitude poderia evitar inúmeros problemas, pois são em festas de Natal que muitos deles, longe de suas famílias, têm o primeiro contato com a bebida alcoólica ou as drogas.

Quando uma família alimenta esse tipo de relação [distante de Deus], o relativismo religioso começa a ser inserido nessa realidade. Aquilo que antes eram valores a serem cultivados e protegidos, agora são barganhados em troca de momentos de prazer e falsas realizações.

A fé, quando não é madura e bem fundamentada, transforma-se em mercadoria, a qual vai para onde oferecem mais. Por isso, muitas pessoas vão para outras igrejas em troca de falsas promessas de riquezas, sucesso profissional e amor.

Quando confiamos em Deus, nada nem ninguém é capaz de nos desviar do caminho correto. Muitas vezes, as doenças se instalam em nossas vidas, porque somos negligentes com nosso próprio corpo. A medicina foi criada pelo Senhor para que pudéssemos conhecer melhor nosso corpo e assim evitar muitos males.

Nossa fé não pode ser como uma onda do mar, levada de um lado para o outro. Ela precisa estar firme n’Aquele que é maior do que qualquer seita, bruxaria ou mal que possa nos abater. Acredite em Deus, e não existirá mal capaz de destruir seu alicerce, que é o próprio Cristo.

 
Transcrição e adaptação: Gustavo Souza
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