Sofrimentos ativos

Moisés Rocha
Foto: Wesley Almeida/ Foto CN
Vamos continuar falando sobre o tema do meu segundo livro: "Aprendendo a lidar com o sofrimento". De manhã, já falamos sobre o sofrimento passivo, ou seja, o que adquirimos sem culpa. Não fazemos nada, mas sofremos. Agora, falaremos sobre o sofrimento ativo, que é aquele que chega à nossa vida se tivermos alguma participação.

O primeiro sofrimento ativo é aquele que chega devido ao pecado pessoal. Por exemplo, você é casado e diz que sofre muito. Mas, daí eu lhe pergunto quando começou a sofrer e você diz: “Ah, sabe, Moisés, um tempo atrás eu adulterei. Já confessei e me arrependi, mas agora minha esposa joga isso na minha cara sempre”. Meu filho, desculpe falar, mas você é uma besta mesmo. Você é o único culpado da realidade em que está vivendo.

Deus nunca vai tirar as conseqüências dos atos que você cometeu. Quando pecamos, Deus está fiel e justo para nos perdoar. Mas o perdão não tira de nós a responsabilidade de sofrer as conseqüências do pecado cometido. Esse sofrimento que hoje o alcançou pode ser conseqüência de algo que você tenha feito. Temos de reparar o ato que cometemos. Se você peca, é impossível não sofrer. “O salário do pecado é a morte”, como diz a Palavra de Deus. Talvez as situações de morte que você vive em sua casa sejam conseqüência de um pecado que você não quer deixar. Se você não romper com o pecado, as situações que você vive não sairão da sua vida.

Há pessoas que só conhecem Jesus pela dor. Se você não quer sofrer no casamento, tire o pecado dele: tire toda fofoca, ciúme, falta de confiança. Há muitas pessoas que vivem uma luta tremenda no casamento e Jesus não pode ajudar porque ainda não deram o primeiro passo. Há algo bloqueando a sua cura e libertação e isso pode ser o seu pecado. Tire esse pecado da sua casa, meu filho!

Você precisa tomar uma decisão. Diga para Jesus que o seu pecado e a sua miséria vão embora porque você quer voltar para a casa sem o preço deste sofrimento. Mas, para isso, você precisa tomar uma decisão. Queira arrancar o pecado da sua vida, deixe que Jesus seja o centro da sua vida! Vá se confessar! A sua cura está no sacramento da confissão.

Existem pessoas que querem parar de sofrer, mas não querem deixar de pecar. A sua dificuldade ou enfermidade podem se chamar pecado. Mas não basta apenas se confessar, você também precisa comungar. Jesus precisa alimentar você. Mas escute bem: apenas o Nosso Senhor pode fazer isso. Quantas pessoas estão há anos na Igreja, mas continuam se arrastando. Não adianta ir à Santa Missa comungar e se confessar, mas também ir ao motel, ao barzinho, ao forró. Hoje é o dia da sua salvação. Dê o seu passo para Jesus.

"Se não convertermos o nosso interior, ele pode ser uma grande porta para o inimigo entrar".
Foto: Wesley Almeida

O segundo sofrimento ativo chega à pessoa que comete idolatria, ou seja, naquelas pessoas que colocam alguém ou algo no lugar de Deus. A idolatria tem quatro dimensões. A primeira é a de si próprio, ou seja, aquela pessoa arrogante, auto-suficiente. “Você vai à Missa, amor? Eu não preciso, eu sou um pai exemplar”. Você não é nada sem Deus, meu filho!

A segunda dimensão da idolatria é referente a pessoas. Quantos pais colocam os filhos como o "deus" da casa? O Senhor da sua vida é Jesus Cristo ou o seu filho? Às vezes você pode idolatrar o seu marido, ou seu ídolo da televisão, ou seu coordenador da Igreja, ou quem sabe seu pai. A terceira é a idolatria de coisas. Você compra tudo: cigarros, bebidas alcoólicas, roupas no shopping; mas não ajuda a Igreja do Senhor Jesus. Daí vem o sofrimento financeiro e eu lhe pergunto: você paga o dízimo?

A última dimensão da idolatria é aquela que adora outros deuses. A Bíblia é clara em dizer que espiritismo, budismo e essas coisas são condenadas por Deus. Não adianta ir à Missa e ler horóscopo.

A terceira e a última forma de sofrimento ativo é o adquirido devido a defeitos de caráter. Largar o pecado não é difícil, o difícil é converter o caráter. Há defeitos que se não trabalharmos serão sempre portas abertas para o demônio. Você vai à Missa, dá a vida para Jesus, mas continua vaidosa, metida, fresca, ignorante ou é uma pessoa difícil, grossa, que passa por cima dos outros. Você está na Igreja, mas Jesus ainda não é o Senhor da sua vida. Falta a outra metade da sua conversão.

Existem pessoas que Deus não cura porque a única forma de mantê-las na Igreja é por meio da doença. Se não convertermos o nosso interior, ele pode ser uma grande porta para o inimigo entrar.

Não adianta ficar sentado no banco da Igreja se o seu coração for um sepulcro. Talvez você esteja sofrendo por essas três coisas que eu lhe falei. Então, infelizmente, a culpa é sua. Esse sofrimento foi procurado pelas suas próprias mãos. Reaja, meu filho! Busque o Senhor Jesus, Ele é justo e fiel. Amém.

Transcrição e adaptação: Ariane Fonseca


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