A vida a serviço do Evangelho

André Florêncio

Se quisermos anunciar o Evangelho, precisamos lançar fora da nossa vida todo medo

André Florêncio. Foto: Jorge Ribeiro/cancaonova.com

Colocar a vida a serviço do Evangelho não é algo simples. Deus não escolhe somente os sacerdotes ou aqueles que são gabaritados, pois, para Ele, não importa a capacidade das pessoas.

Quando falamos do Evangelho, falamos de Deus ser manifestado por meio das pessoas. Quem nos convida a sermos evangelizadores não são as nossas capacidades, e sim a nossa própria vida.

Para vencermos com a nossa própria vida, precisamos superar obstáculos que nos impedem de evangelizar. O medo é um desses obstáculos. Precisamos ter disposição e lançar fora todo e qualquer medo que nos impeça de caminhar na salvação.

Uma das primeiras coisas que São João Paulo II disse no início do seu pontificado foi: “Não tenhas medo!”.

A Palavra meditada está em Mateus 14,27.

Lançar fora o medo 

No primeiro momento de dificuldade vem o medo. O que fez Pedro afundar foi o medo, e se quisermos anunciar o Evangelho, precisamos lançar fora da nossa vida todo medo . Mas como vamos lançar fora o medo de falar de Deus? Medo de ser de Deus? Medo de ousar diante daquilo que as pessoas têm pregado?

Precisamos nos posicionar como evangelizadores na nossa família, no nosso bairro, na nossa cidade, no nosso trabalho. Quantas são as oportunidades que temos de evangelizar, mas por receio, medo e vergonha deixamos de evangelizar.

Precisamos evangelizar da forma mais simples possível: sendo uma pessoa de Deus e com um olhar que vem d’Ele.

Quando somos colocamos à prova daquilo que acreditamos, é como se o vento começasse a se agitar e temos medo de continuar caminhando rumo a Deus. O medo de não sofrer com uma situação é quase sempre um escape. É uma fuga, como se começássemos a afundar na nossa vida de evangelizador.

Usarei o livro: ‘Música, chamado e serviço’, para apresentar três coisas que precisamos enfrentar para lançar fora o medo de evangelizar.

Assumir a nossa fé cristã

Precisamos assumir, de verdade, o católico apostólico e romano que somos. Assumamos a nossa fé cristã. Se não for assim, é bom repensarmos algumas coisas. Precisamos assumir a nossa fé, porque, caso não a assumamos, nunca seremos um evangelizador de verdade.

Deus entende o processo que enfrentamos quando assumimos essa capacidade de evangelizar com a nossa vida. Ele entende os nossos medos, os nossos anseios e nos compreende. Quando caímos e pedimos socorro, prontamente, Ele levanta a mão para nos levantar. O problema todo é que não queremos mais evangelizar com essa verdade de quem somos, abandonamos a nossa vida de cristãos e vamos nos adaptando de acordo com aquilo que o mundo quer que sejamos.

Evangelizar com o testemunho

Outro ponto que trago nesse livro é: evangelizar com o nosso testemunho. A partir do momento que abondamos a nossa luta, não temos mais testemunho para dar aos nossos filhos, para a nossa família, para os nossos amigos e deixamos de assumir a nossa vida missionária.

Algumas pessoas fogem dos confessionários, porém, quando contamos os nossos pecados a Deus, Ele nos dá a chance de retomar o testemunho de vida que precisamos ter.

Precisamos ter disposição

Outra coisa para lançarmos fora o medo é termos a disposição. Muitas pessoas não têm medo, mas não têm disposição, não têm uma palavra para falar ao irmão, não movimentam uma palha para que o Evangelho seja proclamado.

O que nos faz ir para o Céu são as virtudes que adquirimos, porque deixamos para fora de nós o medo e temos a disposição de estar com o Senhor. Se não tivermos disposição de criar em nós uma vida de virtudes, não adiantará ficarmos somente rezando. Não adianta ficarmos sentados pedindo a graça do perdão, se não sairmos do lugar.

Provavelmente, você não conseguirá evangelizar aqueles que estão na sua casa; mas evangelize no seu trabalho; na casa do seu vizinho, enfim, precisamos transformar o mundo e não sermos seduzidos por ele.

Veja pregação completa:

Transcrição e adaptação: Karina Silva.

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