Dom Bosco, homem que se fez pequeno para os pequenos

Padre Wagner Ferreira

Meus irmãos e irmãs, Dom Bosco nos é colocado como modelo de quem fez de sua vida um testemunho do Evangelho. Fez-se pequeno, por isso é um gigante no Reino dos Céus. Ele fez de sua vida um serviço, um dom, sobretudo, pela causa da salvação da juventude. Nascido em 1815, teve uma educação cristã católica por causa do testemunho de sua mãe. Ele viveu num período conturbado, pois, na Europa, especialmente na Itália, por causa de pensamentos modernos e da força do pensamento marxista, inúmeras revoluções aconteciam no continente europeu, como as revoluções operárias. Por isso, os trabalhadores estavam vivendo muitos sofrimentos econômicos, no trabalho. Nesse contexto, as crianças e os jovens viviam em verdadeira indigência. Dom Bosco sentiu em seu coração o apelo de Deus para fazer alguma coisa pela causa juvenil.

Homem movido pelo Espírito do Senhor, que dá a ele a maravilhosa criatividade de fazer acontecer –, na pobreza e na simplicidade, sem o apoio da Igreja e das autoridades civis –, os oratórios para acolher os jovens e adolescentes. No início, por intermédio de atividades esportivas, ele transmitia aos jovens a catequese cristã, os ensinamentos do Evangelho, formando o coração daquela juventude conforme o Evangelho de Deus. Dom Bosco se fez pequeno com os pequenos para ganhá-los para o Reino de Deus. Essa foi a sua pedagogia.

Devemos aprender com esse grande homem de Deus essa pedagogia, pois fazendo-se pequeno, ele se tornou um grande pastor dos jovens. Aqui está um grande ensinamento para os pais, educadores, professores e todos aqueles que exercem uma função de autoridade: quem quer ser pastor, tem de se fazer pequeno com os pequenos, assim como se fez Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus é Rei e Senhor doando-se, fazendo de Sua vida um dom para a humanidade. Ele veio para dar a vida em resgate pela multidão.

Todos os santos e santas de Deus assumem em sua vida a autoridade do Bom Pastor, que não é humana nem despótica, mas uma autoridade de quem serve, que vem do Alto, é autoridade e dom de Deus.

A família salesiana é uma família de tantos santos e santas, como o pequeno Domingos Sávio e tantos outros missionários salesianos, membros desta grande família, os quais dão exemplo de santidade, porque encarnaram em suas vidas o Evangelho de Deus para conduzir os pequenos.

Bendizemos a Deus pelo testemunho de Dom Bosco e com ele o testemunho de todos os santos e santas da família salesiana. Queremos pedir ao santo salesiano a sua intercessão para abençoar as nossas crianças, adolescentes e jovens, para que possam assumir com ele um apelo à santidade, um chamado de Deus, que não é restrito a poucos, mas é um chamado para todos

Sejam santos segundo o modelo de Dom Bosco. Quero voltar-me também a partir do monsenhor Jonas Abib e a todos da família Canção Nova: sejam santos, sejam simples, pequenos, exerçam a autoridade que Deus nos concedeu para a evangelização segundo o modelo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate da multidão. Peço aos membros da comunidade vida e aliança da Canção Nova, engajados, funcionários da Fundação João Paulo II e instituições afiliadas à Canção Nova, a você sócio contribuinte, evangelizadores: na solenidade de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, sejamos todos santos na simplicidade, aprendendo que a santidade é a simplicidade da criança que se faz pequena com os pequenos para ganhá-los para o Reino dos Céus.

“Dai-me almas e ficai com o resto” é o que está escrito na urna de Dom Bosco. Que os pais, educadores, todos nós da família Canção Nova, da família salesiana, acolhamos esse apelo desse grande santo italiano: que nossa vida seja um dom para os irmãos para que, um dia, cheguemos imaculados à glória de Deus.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Transcrição e adaptação: Michele Mimoso

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