Padre Roger Luis

Alegra-te, filho amado!

Faça a experiência de encontrar a verdadeira alegria que está escondida no seu coração

Vamos refletir a Palavra de Deus em Jeremias 31,1. Peço ao Senhor permissão para anunciar a Sua Palavra e que Ele prepare o coração de cada um que vai receber a “semente” dessa palavra.

São palavras que nos provocam a olhar para a nossa vida e para as realidades que ainda precisam ser trabalhadas. Essas palavras que ouvimos do profeta Jeremias são de um povo que estava triste e que tinha se desviado do projeto de salvação do Senhor, mas a Palavra do Senhor nos mostra pessoas buscando a alegria.

Quais são os cemitérios da nossa alegria?

Talvez, olhando as alamedas do cemitério, iremos olhar para as lápides e veremos frases de tristeza, de pessoas que não souberam viver a verdadeira alegria. Deus habita o seu coração, mas pode ser que lá exista um cemitério de alegrias que foram esquecidas, por isso convido todos a passear por essas alamedas e descobrir as alegrias que lá ficaram. Devemos descobrir que as alegrias são sempre possíveis.

Muitas dessas alegrias precisam ser ressuscitadas. A alegria é uma virtude diferente do amor, mas é um afeto, e desse acontece a irradiação do sentimento verdadeiro. E todo aquele que ama conhece a Deus.

O fruto da tristeza é o egoísmo, e isso se dá quando não conseguimos enxergar o outro. Às vezes, a alegria está diante de nós, no entanto, olhamos para todas as outras possibilidades e achamos que não seja possível tê-la e, assim, voltamos para o nosso comodismo.

Quantos de nós perdem a vida para o comodismo e acabam se deixando viver na acomodação. Temos medo de nos depararmos com a verdade, uma verdade que exige de nós um compromisso e um posicionamento, porque nenhum ideal se torna real sem sacrifício, renúncia e entrega.

As pessoas ficam com medo de sair do seu aconchego para viver o sacrifício. Nenhum ideal se torna real sem o sacrifício, por isso devemos dar passos em direção a Deus, ao outro, enfrentar o sacrifício e acreditar na verdade.

Precisamos aceitar  isso, nenhum ideal se tornar real sem sacrifício, então, devemos colocar todas as verdade à luz do amor. Deus nos faz acreditar que com a fé nós enxergamos tudo diferente!

Santo Agostinho nos diz que a pior coisa que experimentamos na vida é não nos arriscarmos. Nós precisamos ter a coragem de avançar! A primeira coisa que precisamos entender é que Deus é amor, e é amando que vamos encontrar a alegria, pois quem não ama permanece na morte.

Para sairmos das crises de tristeza, precisamos entender o que Jesus nos disse, porque a nossa verdadeira alegria está em dar, e não em receber; esse é o segredo.

Muitas vezes, ficamos acumulando coisas e não conseguimos achar espaço para a alegria, sendo assim, precisamos aprender a desapegar para experimentar a alegria.

Onde está a perfeita alegria?

Ela não está em acumular bens, em ter razão; ela está em reconhecer Deus em cada realidade. Mesmo no sofrimento, na cruz, na perseguição e nas portas fechadas, precisamos saber encontrar a perfeita alegria.

Não chegaremos ao final do ano tristes, se encontrarmos a perfeita alegria. E também só chegaremos felizes e com a cabeça erguida quando tivermos a coragem de sairmos de nós mesmos e deixar para trás os sentimentos ruins que acumulamos ao longo da vida.

A fé nos faz enxergar tudo diferente. Precisamos entender que para nós existe uma vocação e existe um Deus que nos ama, e estamos aqui chamados por Deus para viver uma vocação. Quando encontramos a verdadeira alegria, descobrimos que a vida nessa terra tem sentido. Sigamos aquela estrela, acreditemos e encontremos a verdadeira alegria que é Cristo.

Muitas vezes, nos deixamos envolver pelos piscas-piscas e pelos fogos de artifício, e assim não olhamos para a estrela, que nos leva a Jesus. Não podemos perder o sentido real que é Cristo!

Comece o ano procurando entender onde está a verdadeira alegria. Não permita que seu coração seja habitado por um cemitério de tristezas, mas, neste ano novo, faça a experiência de encontrar a verdadeira alegria, Jesus Cristo.

Transcrição e adaptação: Alessandra Borges

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