“Isto é obra do Senhor”: a história viva da Canção Nova

“Isto foi obra do Senhor, é um prodígio aos nossos olhos” (Salmo 117, 23).

Essa passagem do Salmo 117 ecoa com força quando olhamos para a história da Canção Nova. É impossível não reconhecer que, por trás de tudo o que essa obra realiza e representa, há a mão de Deus conduzindo, sustentando e fazendo florescer aquilo que começou como um pequeno sonho de fé no interior do Brasil.

Canção Nova, mais que um projeto, uma obra de Deus

Padre Jonas Abib, fundador da Canção Nova, dizia com emoção: “A coisa mais linda foi eu entender que a Canção Nova é uma obra de Deus”.

Ele, o primeiro a ouvir o chamado, o visionário que iniciou tudo, reconheceu que o protagonismo não era dele, mas do Senhor. Isso por si só já diz muito sobre a essência desta missão: não é obra de homens, mas de Deus.

Se você já chorou ouvindo uma música da Canção Nova, já sorriu com os testemunhos ou sentiu que uma pregação falou diretamente ao seu coração, você já experimentou esse prodígio. Quantas pessoas foram tocadas, curadas, transformadas por meio dessa obra que alcança o Brasil e o mundo com a força do Espírito Santo!

Nem sempre foi como vemos hoje. No início, não havia estrutura, nem estúdios, nem equipamentos modernos. Havia fé, coragem e uma sede de Deus.

A Canção Nova começou com encontros simples em uma fazenda em Areias (SP), num tempo em que a Diocese de Lorena nem tinha casa de retiro. A sala da fazenda servia de auditório; a antiga cocheira virou capela; os bancos eram pedaços de eucalipto cortados na hora. O altar improvisado compartilhava espaço com galinhas botando ovos.

Mas ali, naquela simplicidade, Deus fazia maravilhas.

Mesmo com a estrada difícil, com longas caminhadas e carros atolando na subida do rio, os encontros aconteciam. As dificuldades não impediam, apenas moldavam a fé e o compromisso de quem acreditava naquele chamado. Um desses jovens era Nelsinho Corrêa, que chegou à fazenda com apenas 15 anos e saiu decidido a ajudar aquele “padre sozinho com um violão” que fazia tudo — pregava, cantava, varria, empurrava carro e inspirava corações.