A generosidade no casamento
Frei Gilson pregou sobre o tema: Generosidade no casamento, falando sobre o amor que faz a vida frutificar.
As pessoas casam para serem uma só carne, e o matrimônio é um compromisso para toda a vida. E agora, quero abordar outra propriedade essencial: a abertura à vida e a generosidade.
Não existe casamento sem sacrifício. O casamento exige generosidade e, sem isso, o amor não floresce. Em nossa sociedade atual, muitas pessoas estão fechadas ao sacrifício, principalmente no que diz respeito à abertura à vida. O argumento mais comum é: “Filho dá trabalho. Preciso abdicar de minhas conquistas pessoais, do meu trabalho, da minha liberdade.” Mas esse tipo de pensamento, muitas vezes, esconde uma verdade: o medo do sacrifício.
Quem ama se sacrifica pelo outro. Isso é o amor verdadeiro! Para o casamento cristão, ser aberto à vida significa estar disposto a abrir mão de muitas coisas em favor do outro e da família. O amor não se resume ao que é confortável ou conveniente, mas ao que é necessário para que o outro cresça, se desenvolva e seja cuidado.
O amor sacrificial
No Evangelho de Efésios 5,25, lemos: “Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” O amor sacrificial é o que Deus pede para o marido. Um amor que não se olha primeiro, mas se entrega por completo, sem esperar nada em troca. A mesma entrega deve ser vivida pelas mulheres, como lemos em 1 João 3,16: “Nisto temos conhecido o amor: Jesus deu sua vida por nós; também nós devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.”
O sacrifício é a essência do amor verdadeiro. João 15,13 nos ensina: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”. O casamento exige essa entrega mútua, onde ambos, marido e mulher, devem se preocupar com os interesses do outro.
O egoísmo não pode fazer parte da relação, porque o casamento é uma união que exige generosidade, dedicação e renúncia.
O casamento é uma vida de sacrifício
A vida de casal é feita de momentos em que precisamos renunciar às nossas vontades para fazer o outro feliz. Em Mateus 16,24, Jesus nos desafia: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo”. O verdadeiro amor exige que você se coloque em segundo plano para que o outro tenha a prioridade. Isso se reflete no simples ato de pensar no outro, de se preocupar com as necessidades do cônjuge, mesmo nas pequenas ações do dia a dia.
Pergunte-se: “Eu estou disposto a me sacrificar por meu cônjuge?”
A fertilidade do amor
Agora, falo sobre a abertura à vida, um tema que sempre gera debates. Para o casamento católico, estar aberto à vida não é apenas uma escolha, mas um compromisso com o amor que gera fruto. Como Gênesis 1,28 nos ensina: “Frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra”. Deus criou o ser humano para ser fecundo. O amor cristão é um amor que gera vida, que frutifica. E esse fruto, muitas vezes, exige sacrifício. Um casal que se recusa a ser fecundo, que se fecha ao dom da vida, está recusando o maior presente que Deus pode dar.
O amor não é egoísta. O verdadeiro amor se doa sem esperar retorno. Em 1 Coríntios 13,5, lemos que “O amor não busca os seus próprios interesses.” Em Gálatas 6,2, somos instruídos a “ajudar uns aos outros a carregar os vossos fardos.” No casamento, isso significa que, juntos, o marido e a mulher devem dividir as responsabilidades, as alegrias e os desafios da vida.
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