Insensato ou Prudente: o que escolho ser?

Insensato ou prudente: o que escolho ser?
Pregador: Renné Viana

No Evangelho de São Mateus, a partir do capítulo 24, entramos em um conjunto de textos conhecido como sermão escatológico. Nesses textos, Jesus e os apóstolos falam sobre os acontecimentos dos últimos tempos, antes da volta gloriosa de Jesus. Dentro desse contexto, encontramos o capítulo 25, onde Jesus ensina os discípulos através da parábola das dez virgens.

A parábola das dez virgens

“O Reino dos Céus pode ser comparado a dez virgens que, numa festa de casamento, levando suas lâmpadas, saíram para acolher o noivo. Cinco delas eram insensatas e outras cinco eram prudentes. As insensatas levaram suas lamparinas, mas não levaram óleo consigo. As prudentes, porém, além de suas lamparinas, levaram óleo nas vasilhas.” (Mateus 25,1-4)

Na história, o noivo demorou a chegar, e todas as virgens adormeceram. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: “O noivo está chegando, ide acolhê-lo!”. As prudentes tinham óleo suficiente para manter suas lâmpadas acesas, mas as insensatas, não. Enquanto foram comprar mais óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa. A porta foi fechada e, ao retornarem, as insensatas suplicaram: “Senhor, Senhor, abre-nos a porta!”. Mas ele respondeu: “Em verdade vos digo, não vos conheço”. E Jesus conclui: “Vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora”.

O significado da parábola

Essa passagem nos ensina sobre a importância da preparação espiritual. No casamento judaico da época, a figura do noivo era muito importante. Ele enviava um amigo de confiança para preparar tudo antes de encontrá-lo com a noiva. Como não existiam meios de comunicação rápidos, esse processo podia demorar, fazendo com que os participantes tivessem que estar sempre vigilantes.

De maneira simbólica, Jesus é o noivo, e sua chegada representa sua segunda vinda. As virgens prudentes representam aqueles que vivem preparados, com a lâmpada da fé sempre acesa. As insensatas são aqueles que negligenciam sua vida espiritual, deixando para buscar o “óleo” (graça de Deus) quando já for tarde demais.

Essa história nos convida a refletir: estamos sendo prudentes ou insensatos? Como está nossa relação com Deus? Estamos com as lâmpadas acesas ou deixamos nossa fé se apagar?

Que possamos escolher ser prudentes, estar preparados e manter nossa luz brilhando para quando o Noivo chegar!

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