Homilia – Solenidade da Assunção da Virgem Maria
É com muita alegria que encerramos este nosso acampamento “No Combate da Oração” celebrando a solenidade da Assunção da Virgem Maria. A Igreja nos aponta Maria, a Santa Mãe de Deus, como modelo e como aquela que habita no Céu de corpo e alma. Celebrar o Dogma da Assunção é reconhecer que Maria foi elevada ao Céu após a sua dormição.
O Dogma da Assunção
A Igreja professa que a Assunção da Virgem Maria é uma verdade desde os primeiros séculos. Embora o dogma tenha sido proclamado oficialmente em 1950 pelo Papa Pio XII, o testemunho dessa verdade vem desde os Santos Apóstolos, que foram testemunhas da graça da dormição de Maria e do seu túmulo vazio. Grandes santos e teólogos, como São João Damasceno, São Tomás de Aquino e Santo André de Creta, já apontavam a Assunção como sinal da pureza e glória de Maria.
Santo André de Creta, por exemplo, apresentou dois motivos para compreendermos a Assunção:
- Imaculada Conceição e Ausência do Pecado: Maria, concebida sem o pecado original pelos méritos de Cristo, não poderia estar sujeita à corrupção da morte, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6,23).
- União da Carne de Maria e Jesus: A carne de Maria é a mesma carne de Jesus. Assim, é justo que Maria participe da mesma glória de seu Filho.
O Papa Pio XII, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, definiu a Assunção como dogma, determinando sua celebração no dia 15 de agosto.
A Virgem Maria no Combate Espiritual
Na primeira leitura de hoje (Ap 12), vemos a imagem da mulher revestida de sol, com uma coroa de doze estrelas e a lua sob seus pés, perseguida pelo dragão. Essa mulher é Maria, que luta pela salvação dos filhos de Deus. São Luís Maria Grignion de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria, descreve Maria como aquela que esmagará a cabeça da serpente e lutará contra o demônio nos últimos tempos.
Maria possui um ódio especial contra o maligno. O demônio a teme porque ela, sendo humilde e pequena, vence-o com o poder de Deus. São Luís afirma que o demônio teme mais um suspiro de Maria do que as orações de todos os santos juntos.
O Testemunho de Santa Gemma Galgani
Santa Gemma Galgani intercedeu intensamente pela conversão de um pecador inveterado, que recusava a graça de Deus. Quando seus pedidos a Jesus pareciam não surtir efeito, ela invocou a intercessão de Maria. De imediato, Jesus concedeu a graça: o pecador foi tocado por uma visão de Maria, arrependeu-se e confessou todos os seus pecados. Esse testemunho mostra o poder da intercessão da Mãe de Deus.
As aparições de Fátima
Em Fátima, Nossa Senhora revelou aos pastorinhos a necessidade da oração e da penitência pela conversão dos pecadores. Em 13 de julho, os pastorinhos tiveram a visão do inferno, que os levou a intensificar suas orações e sacrifícios.
Nossa Senhora pediu:
- A reza do Santo Rosário todos os dias.
- Penitências pela conversão dos pecadores.
- A oração: “Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, especialmente as que mais precisarem.”
O Rosário é uma arma poderosa. Durante a Primeira Guerra Mundial, Nossa Senhora prometeu a paz como fruto da oração do Rosário. Hoje, diante de tantas guerras espirituais, somos chamados a renovar nossa fé nesta devoção.
O chamado à conversão
Maria é nossa Mãe e nos aponta o caminho da oração, da penitência e da conversão. Assim como ela foi apressadamente à casa de Isabel, também nós precisamos ter pressa na intercessão e na busca pela santidade. Os tempos são maus, mas Maria nos entrega as armas espirituais para vencermos o combate.
Propósitos Práticos:
- Rezemos todos os dias o Santo Rosário.
- Façamos penitências pela conversão dos pecadores.
- Vivamos uma vida de santidade e entrega, buscando a comunhão com Deus.
Assista à pregação completa:
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