Alexandre Oliveira e Roseni

O mundo tem ensinado a amar da forma errada

O amor segundo o mundo, um caminho perigoso

O mundo nos tem ensinado a amar de forma errada. Mas será que o mundo é realmente capaz de amar? Essa foi a primeira pergunta que me veio à mente ao receber esse tema. Nosso Senhor Jesus Cristo, na Santa Ceia, ao se despedir de seus discípulos disse: “Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu. Mas porque não sois do mundo e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia” (João 15,19).

Fica claro que o mundo tem um jeito próprio de amar. E embora não queiramos nos deter muito nesse jeito, é preciso partir dele para compreendermos a resposta de Deus diante dessa forma de “amor”.

O aviso de João: Não amem o mundo

Abra sua Bíblia em Primeira João, capítulo 2,15: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza, não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa e também a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

O apóstolo João nos revela que o jeito de amar do mundo, que não vem do Pai, se manifesta em três frentes:

  1. A Concupiscência da Carne: Desejos intensos e descontrolados que se opõem à razão.
  2. A Concupiscência dos Olhos: A busca insaciável por tudo o que é visualmente atraente, o desejo de possuir o que vemos.
  3. A Soberba da Vida (ou Ostentação da Riqueza): A vanglória, a busca por reconhecimento e poder baseada em bens materiais ou status.

A palavra “concupiscência” pode soar complicada, como um nome de remédio, não é mesmo? O Catecismo da Igreja Católica, a partir do número 2515, explica que a concupiscência é qualquer forma veemente, ou seja, intensa, de desejo humano. É um apetite sensível que se opõe à nossa razão, levando-nos a agir por instinto.

Todos nós carregamos essa inclinação, essa terrível herança do pecado original. Não é um pecado em si mesma, mas uma inclinação que nos leva a cometê-lo. É a luta constante entre a carne e o espírito que o apóstolo Paulo descrevia: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero” (Romanos 7,19).

Essa luta, esse combate espiritual, existe dentro de nós e também em nossos relacionamentos. A concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida são as expressões do mundo que nos ensinam a amar de uma forma que nos afasta do amor do Pai.

Diante disso, qual a sua reflexão sobre o amor que você tem vivido? Ele se alinha com o amor do Pai ou com as inclinações do mundo?

Confira a pregação completa no vídeo abaixo: 

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