Castidade um sim ao verdadeiro Amor

Evan Lemoine
Foto: Robson Siqueira/cancaonova.com

Nossa Senhora recebeu, por meio do Espírito Santo, Cristo em seu ventre. Assim como ela, nós também somos chamados a receber o Salvador dentro de nós.

Na história da humanidade, Maria foi a única que se abriu completamente para nós. Ela doou-se completamente a Ele, que retribuiu fazendo dela canal de graça ao permitir que ela concebesse Jesus.

Quando Adão estava sozinho no Paraíso, Deus percebeu que isso não era bom. O homem olhava todos os animais e não se identificava com nenhum, pois sentia que faltava algo.

Diante da tristeza do homem, Deus o colocou em um profundo sono e retirou-lhe uma das costelas. O simbolismo, nessa atitude, garante que homens e mulheres são iguais perante a dignidade de filhos de Deus; porém, ao mesmo tempo, possuem suas diferenças que, por fim, são complementares.

Deste ato, Deus gerou Eva e a colocou junto de Adão para que ele nunca mais se sentisse sozinho. Por isso ele diz que, a partir daquele momento, existia alguém que era carne da sua carne e osso do seu osso.

O documento do Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, diz que somos a única criatura na terra que Deus amou como filhos, pois todas as outras coisas existem para, de alguma forma, nos servir e ajudar.

Nós fomos criados não para servir qualquer outra criatura, mas para sermos sinais do próprio Deus, pois precisamos encontrar o Criador em nossa companheira e ela em nós.

O Beato João Paulo II, na Teologia do Corpo, fala de nossa existência como um dom de Deus, ao qual somos chamados a receber a criação divina como um dom.  A parte mais bela é que as pessoas manifestam esses dons de forma diferente, pois o Senhor sabe de cada coisa que o mundo precisa. Só podemos ser luz, neste mundo, porque fomos criados como imagem e semelhança do Pai.

Sendo assim, cada um de nós revela Deus de forma única, de forma que Ele só pode ser manifestado por você. Seja por meio do seu sorriso, seus olhos ou qualquer outra parte do seu corpo.

Por isso não podemos tentar ser outra pessoa, pois jamais seremos, sequer, iguais a ela, afinal não foi para isso que Deus nos criou. O mesmo acontece quando tentamos modificar nosso corpo de alguma forma. Quando fazemos isso, o nosso rosto, por exemplo, não é mais o mesmo e o dom de Deus não pode mais ser manifestado em sua totalidade.

Antes do pecado original, Eva estava salva de qualquer malícia do olhar de Adão. Isso acontecia, porque, assim como era desejo de Deus, o corpo humano inspirava admiração, desejo e doação.

A definição do verdadeiro amor é a doação do melhor que você pode proporcionar para alguém. E quando isso acontece em um relacionamento, a doação plena acontece, pois ambos desejam o melhor para o outro. E não é coincidência que esse é o mesmo desejo de Deus para todos nós.

O verdadeiro amor de alguém, ao contrário do que imaginamos, tem sim um preço. Mais do que um valor monetário ou declarações de amor, o preço que uma pessoa pode pagar pelo amor é uma entrega plena e livre de qualquer interesse.

Quando compreendemos o verdadeiro amor, estamos prontos para compreender também o significado do sexo no matrimônio. Ele deve expressar o amor conjugal e os votos matrimoniais, e não ser tratado como um brinquedo ou um simples momento de prazer.

O que você prefere: Sexo como um brinquedo ou sexo como representação do amor verdadeiro que é a imagem e semelhança de Deus?

O Beato João Paulo II nos diz que o verdadeiro intuito do namoro é discernir se a outra pessoa realmente nos faz feliz e nos completa. Se, por algum motivo, o relacionamento não deu certo, não tem problema, porque a experiência deve fazer você ser uma pessoa melhor para alguém que ainda virá.

A primeira pergunta que devemos nos fazer não é se aquela pessoa possui o melhor sorriso ou o melhor corpo do mundo, mas sim se ele será um bom marido, um bom pai e, principalmente, se o nosso amor nos levará para Deus.

Transcrição e adaptação: Gustavo Souza

Confira um trecho deste show:

 

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